A Polícia Militar do Rio de Janeiro enviou mais uma notificação ao Ibade, banca do concurso PMERJ, pedindo o acesso ao banco de dados. Caso não responda, o contrato com a organizadora poderá ser rescindido.
Esta é quarta tentativa da PMERJ de receber da banca as informações que precisa. De acordo com dados obtidos pela reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos, a corporação enviou uma notificação à banca nas seguintes datas:
Em todas elas, não houve retorno. Dessa vez, a gestora do contrato, major Danielle Suzye, deu um prazo de 48 horas para que o banco de dados seja disponibilizado pelo Ibade.
Se houver uma nova negativa da banca, poderão ser aplicadas as punições previstas em contrato.
"Ressalto a importância da observância do prazo estipulado, uma vez que eventuais atrasos na entrega poderão acarretar em agravamento na análise quanto à possível punição a ser aplicada, conforme previsto no contrato em vigor."
A PMERJ pede que a banca disponibilize o banco de dados cadastrais completo dos candidatos inscritos no concurso, de forma física e digital, com a máxima urgência.
Conforme noticiado pela Folha Dirigida por Qconcursos, entre as punições previstas em contrato e que podem ser aplicadas ao Ibade esta a rescisão.
Inclusive, a própria corporação encaminhou ao Ibade uma notificação prevendo a punição. Nela, lista-se todas as infrações cometidas pela banca organizadora contratada na aplicação das provas.
As irregularidades listadas pela PMERJ ao Ibade vão desde a não execução dos serviços previstos no termo de referência até o não pagamento dos fiscais, além de responsabilidades técnicas, logísticas e de operação.
Segundo a PMERJ, embora o Ibade tenha acusado o recebimento das notificações enviadas, até o momento não respondeu. Além disso, a corporação confirma que uma punição ainda não foi aplicada, mas há possibilidade de rescisão.
O documento prevê a rescisão do contrato, por ato unilateral, sem direito à indenização ao Ibade, conforme previsto nos artigos 77 e 78.
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Concurso para soldados da PMERJ teve provas anuladas pelo governo e segue sem nova data
(Foto: PGE RJ)
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A demora no retorno por parte da banca organizadora pode ser o principal entrave para que a nova data de aplicação das provas seja anunciada.
Até o momento, a PMERJ e o Governo do Estado ainda não anunciaram uma previsão. Vale lembrar que as provas foram anuladas por determinação do governador Cláudio Castro.
Segundo Castro, uma nova prova será aplicada. No entanto, o governo não afirma se será escolhida uma nova banca ou se seguirá com o Ibade à frente da organização.
As provas do concurso PMERJ foram marcadas por denúncias de candidatos. Eles relataram atraso na abertura e fechamento dos portões, uso de celulares, fiscais despreparados e mais. Além disso, uma operação da corporação prendeu 20 criminosos.
No domingo, 27, Folha Dirigida por Qconcursos esteve no campus de Nova Iguaçu da Estácio de Sá, realizando a cobertura dos exames.
Por lá, os portões fecharam com quase 30 minutos de atraso. As provas começaram somente às 11h, com duas horas de atraso, e não haviam fiscais suficientes.
Em grupos de mensagens, candidatos trocaram detalhes da prova e passaram respostas. Veja todos os detalhes aqui!
A Polícia Militar do Rio de Janeiro oferece 2 mil vagas para soldados. Desse quantitativo, 200 são para sexo feminino e 1.800 para o sexo masculino.
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