Concurso Polícia Civil do Espírito Santo para delegado é anulado

O cancelamento atende a um parecer da Procuradoria-Geral do Estado, após candidatos questionarem critérios de correção das provas.

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Publicado em:20/03/2020 às 08:10
Atualizado em:20/03/2020 às 08:10

O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, decidiu anular o concurso PC ES para delegado. A decisão foi divulgada por meio de uma publicação no Diário Oficial do desta sexta-feira, 20. 

Com início em 2019, os candidatos chegaram a realizar as provas objetivas e discursivas. Mas devido a um processo administrativo instaurado pelo Núcleo da Assembleia Legislativa da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES) para apurar irregularidades, o certame estava suspenso desde o início de 2020. 

De acordo com a Defensoria Pública, a suspensão foi uma medida de prudência jé que o concurso estava em um contexto de falta de informações e de críticas por parte da doutrina especializada em relação ao gabarito oficial adotado pela banca, caracterizando um “flagrante a violação a diversos princípios da Administração Pública”.

Já o cancelamento atende a um parecer da Procuradoria-Geral do Estado que recomendou que o concurso fosse anulado, após um grupo de candidatos procurá-los para questionar os critérios de correção da prova discursiva. 

Diante dessas reclamações, questionamos o Instituto Acesso, responsável pelo certame, a nos informar qual a qualificação das pessoas que elaboraram os exames e não obtivemos resposta. Os problemas encontrados foram nos critérios de correção da prova, pois alguns itens nem sequer existiam. Informou a defensora pública Flávia Benevides.

Segundo a defensora, a intenção da anulação foi resolver a situação de maneira extrajudicial, para que não haja prejuízo a nenhum dos candidatos. 


 

Concurso PCES para delegado é anulado. (Foto: divulgação)
Concurso PC-ES para delegado é anulado. (Foto: divulgação)


Ganhos do concurso PC-ES eram de R$10 mil

concurso PC ES para o cargo de delegado ofertou 33 vagas imediatas, com remuneração inicial de R$10.058,56 para uma carga horária de 40 horas semanais em regime de tempo integral e com dedicação exclusiva. 

Para concorrer era necessárario bacharelado em Direito e três anos de prática forense após a conclusão do curso de Direito, ou três anos de atividade policial, em qualquer instituição de segurança pública, devidamente comprovada.

Os concorrentes foram avaliados por meio de provas objetiva e discursiva, no dia 14 de julho de 2019, no município de Vitória-ES. As provas tiveram um total de 20 questões. 

As próximas etapas da seleção seriam exame de aptidão física, exame de sanidade física e mental, exame psicotécnico, prova oral, avaliação de títulos, comprovação do tempo mínimo de prática forense ou atividade policial, sindicância de vida pregressa e, por fim, um curso de formação profissional.