Concurso Polícia Civil-RN: banca organizadora sai nos próximos dias

Apesar do atraso, a banca do concurso para a Polícia Civil do Rio Grande do Norte poderá ser divulgada nos próximos dias. Segundo informações transmitidas pela instituição nesta sexta-feira, 18, o processo de escolha está em fase de justificativas e deverá ser concluído em breve. 

Anteriormente o secretário e Administração do Estado, Ediran Teixeira, havia dado previsão para que o nome da empresa fosse divulgado até setembro. O motivo do atraso não foi informado. A expectativa é que o edital seja publicado ainda este ano, até novembro. 

De acordo com Teixeira, em entrevista postada nas redes sociais da Associação dos Delegados de Polícia Civil-RN (Adepol-RN), o concurso está sendo tratado com prioridade pelo Governo. 

A seleção é aguardada desde 2017, quando foi anunciada pelo Governo estadual, mas teve preparativos interrompidos. Em 2018 os trâmites foram retomados e foi formada a comissão organizadora, mas o grupo já sofreu várias alterações desde então.

A última foi em 14 de agosto, com a inclusão de membros agentes e escrivães, a pedido do sindicato da categoria (Sinpol-RN). Foi a terceira retificação da comissão organizadora desde sua criação. 

Concurso terá 307 vagas de nível superior

De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, Ana Cláudia Saraiva, o edital do concurso vai ofertar 307 vagas, número superior ao que havia sido divulgado anteriormente. As oportunidades são em cargos de nível superior. 

A maior oferta será para a carreira de agente de polícia, que possui remuneração inicial de R$3.022,11. Mais 26 vagas de escrivão e 41 de delegado, cujos iniciais são de R$3.022,11 e R$12.303,27, respectivamente. 

Com as progressões nas carreiras as remunerações podem alcançar valores ainda maiores, chegando a R$18 mil no caso de delegado e R$6 mil nas outras duas carreiras. Sem editais em validade, a instituição já acumula mais de 3 mil cargos desocupados nesses cargos.

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Último concurso foi aberto há mais de dez anos

Publicado em 2008, o último concurso da PC-RN já teve validade expirada. Foram concorridas 438 vagas, sendo 107 de escrivão, 263 de agente e 68 de delegado. O organizador foi o Cebraspe (antigo Cespe/UnB). 

Os candidatos foram avaliados por meio de seis etapas:

1. prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório;
2. prova discursiva, de caráter eliminatório;
3. avaliação física, de caráter eliminatório, exceto para o cargo de escrivão;
4. prova prática, de caráter eliminatório, somente para o cargo de escrivão
5. exame psicotécnico, de caráter eliminatório; e
6. Curso de Formação, de caráter eliminatório. 

Na primeira foram cobradas 10 questões de múltipla escolha, sendo 30 de Conhecimentos Básicos e 70 de Conhecimentos Específicos. A primeira parte abrangeu Língua Portuguesa, Noções de Informática e Atualidades.

Na prova discursiva os candidatos tiveram que redigir um texto narrativo, descritivo ou dissertativo de até 30 linhas. O tema poderia abordar qualquer área de conhecimento prevista no programa do edital. 

Confira quais foram os temas cobrados em 2008 e mais detalhes sobre as etapas de avaliação:

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Polícia Civil-RN atua com menos de 26% do efetivo ideal

Enquanto o concurso da Polícia Civil do Rio Grande do Norte não sai, o déficit nas carreiras policiais já passa de 3 mil cargos. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol-RN) em junho. 

O grupo denuncia a precariedade do quadro e critica a demora para divulgação do edital. A instituição só poderá repor essas vagas quando homologar os resultados do próximo concurso, já que não possui outra seleção vigente.

De acordo com o presidente do Sinpol-RN, Nilton Arruda, o número de policiais civis em junho era de 1.383. No entanto, a Lei estabelece que sejam 5.150. Deste modo, a instituição trabalha com apenas 26% do que é considerado ideal.

Em nota mais recente, o sindicato faz uma alerta para a precariedade do quadro e informa que em dez anos o efetivo será menor que 500 policiais, se não houver novas contratações. Segundo levantamento do grupo, 869 policiais civis estarão aptos a se aposentar até 2029.

“Com baixo efetivo e a perda mensal de policiais que se aposentam, as investigações se tornam cada vez mais lentas e inconclusivas. Com um déficit de 73,6%, a PC-RN possui 3.792 cargos vagos, conforme Lei Estadual 417/2010, que deveriam ser preenchidos para suprir a demanda investigativa de um dos estados mais violentos do Brasil.”

A diminuição do efetivo, para o sindicato, é uma realidade preocupante. No início de janeiro deste ano, ainda de acordo com o Sinpol-RN, o efetivo era de 1.401 policiais, entre agentes, escrivães e delegados. Em outubro, porém, caiu para 1.358.