Um dos objetivos do Governo Federal com o CPNU é expandir a abertura de vagas para a carreira pública em cidades mais isoladas do país. Isso porque, a seleção terá polos de aplicação de provas em 220 cidades.
Ao todo, são 6.640 vagas distribuídas por 21 órgãos e ministérios federais. As chances estão divididas por blocos temáticos, a seleção é organizada por uma única banca, assim como proporciona ao candidato concorrer com apenas uma inscrição para diferentes órgãos e vagas.
Neste conteúdo, além das vantagens apresentadas pelo Concurso Público Nacional Unificado, vamos falar das diferenças entre o CPNU e os concursos tradicionais realizados pelos órgãos públicos.
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Candidatos concorrem a um grupo de vagas
Em concursos públicos tradicionais, o candidato escolhe o cargo que deseja ocupar e se inscreve para concorrer às vagas disponibilizadas no órgão.
Já no no Concurso Público Nacional Unificado, as oportunidades estão distribuídas por blocos temáticos, que dividem as chances entre as diversas áreas do conhecimento.
Desta forma, dependendo da formação do candidato, existe a possibilidade de concorrer a 1.326 oportunidades com apenas uma inscrição. Esse caso ocorre no Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública. São 1.131 vagas para quem tem nível superior completo em qualquer área.
No entanto, também há 195 vagas para graduados em Administração, totalizando 1.326 oportunidades com apenas uma inscrição.
Mesmo com a oferta de 6.640 vagas imediatas, a seleção também irá formar um cadastro de reserva, que terá três vezes mais vagas que o total ofertado para cada edital/bloco.
É importante ressaltar que, apesar do total de oferta de vagas em cada bloco, o candidato deverá ter os requisitos exigidos no edital para ocupar determinadas vagas. Como por exemplo, no Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor, com 971 vagas.
O candidato que possui graduação em Direito e deseja conseguir uma vaga no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para o cargo de auditor-fiscal do trabalho (AFT), não conseguirá ter o requisito para ocupar a vaga de médico na Advocacia Geral da União (AGU).
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Uma inscrição para vários cargos
Se compararmos o CPNU com um concurso público do âmbito legislativo como, por exemplo, para o Tribunal Regional Federal (TRF). Geralmente, nas seleções para as áreas de apoio dos TRFs são oferecidas vagas para técnicos e analistas, ambos de nível superior.
A carreira de técnico judiciário exige nível superior em qualquer área. E, muitas vezes, o cargo de analista judiciário oferece também chances para quem possui graduação em qualquer área. Mas nesse caso, não é possível concorrer para mais de um cargo no Tribunal.
Já no Concurso Público Nacional Unificado é possível realizar a inscrição para um determinado cargo e também poder assumir outro, caso possua os requisitos para outras vagas do Bloco Temático ao qual concorre.
No CPNU, o candidato pode escolher o bloco, fazer um ranking de preferência, elencando as carreiras que deseja concorrer por ordem de prioridade, desde que tenha os requisitos necessários.
Passo a passo para inscrição no CPNU:
- escolher o bloco temático;
- escolher os cargos;
- ordenar preferência entre os cargos;
- ordenar preferência das especialidades.
Inscrições até fevereiro
O prazo para se inscrever no Concurso Público Unificado vai até o dia 9 de fevereiro, por meio da conta GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata e bronze).
Após autenticar a conta, o candidato será redirecionado ao site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora do concurso, para concluir o processo.
A taxa custa R$60, para cargos de nível médio, e R$90, para os de nível superior. Só é permitida a inscrição para apenas um bloco temático.
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Estudar para vagas e órgãos por apenas uma banca organizadora
Quando o assunto é aprovação em concurso público é inevitável não pensar em preparação para as provas objetivas, baseando-se nas características da banca organizadora da seleção.
Nesse caso, o CPNU tem como vantagem permitir que o candidato possa estudar as características das questões de uma só banca e concorrer a diversos cargos dentro de uma área do conhecimento/bloco temático.
É possível no Concurso Público Nacional Unificado estudar para os concursos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas e para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ambos oferecem vagas de nível médio por meio do Bloco 8 do CPNU.
Além disso, caso o candidato possua especializações técnicas específicas, pode concorrer às chances disponíveis para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Órgãos federais com diferentes objetivos e estratégias.
As provas objetivas e discursivas estão marcadas para o dia 5 de maio e serão realizadas nos turnos da manhã e da tarde, em 220 cidades do país. A proposta do governo é seguir os moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aplicar uma "prova unificada".
Prova única para diversos cargos e órgãos
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será realizado por meio de duas etapas. Na primeira, além de provas objetivas e discursivas, os candidatos terão que passar por perícia médica e o procedimento de verificação de cotas.
Já a segunda etapa do concurso será composta por uma avaliação de títulos, de caráter classificatório.
Um dos ponto positivos que podemos levantar é o fato de realizar uma única prova e poder concorrer a vagas para vários órgãos.
No Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, com 1.016 vagas, há chances para trabalhar na Funai, IBGE, AGU, MCTI e outros.
Obviamente, para alguns cargos será necessário formações específicas para tomar posse como servidor. No entanto, já abre uma excelente oportunidade de escopo de vaga.
Secretária detalha Concurso Unificado em entrevista
A Folha Dirigida por Qconcursos fez uma entrevista exclusiva com a secretária adjunta de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e coordenadora da Comissão de Governança do CPNU, Regina Camargos.
Ela falou sobre como os candidatos devem escolher o bloco temático no CPNU, como funciona o ranking de preferência entre os cargos e quando serão feitas as convocações e como será a lotação dos aprovados.
Além disso, a secretária detalhou as provas do Concurso Público Nacional Unificado e ainda deu dicas do que poderá ser cobrado na Redação. Por fim, fim ainda falou sobre como será o aproveitamento do cadastro de reserva que será formado.