Concurso TJ RJ: analista sem especialidade aceita qualquer graduação?

No novo concurso TJ RJ, as 31 vagas de analista judiciário sem especialidade aceitarão nível superior em qualquer área? Descubra a seguir!

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Publicado em:23/01/2020 às 14:21
Atualizado em:23/01/2020 às 14:21

Das 160 vagas previstas para o concurso TJ RJ, 31 serão para analista judiciário sem especialidade. É comum que os cargos de analista tenham como requisito o nível superior. Mas, será que o sem especialidade permite graduação em qualquer área?

A resposta é não. Ao contrário do que muitos pensam, os analistas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sem especialidade devem ter nível superior em áreas específicas.

Em outubro de 2019, a presidência do órgão expediu uma resolução para o cargo ter como pré-requisito graduação em uma das seguintes áreas:

  • Administração;
  • Direito;
  • Economia.

As remunerações da carreira são de R$8.059,89. No último edital para analistas sem especialidades, divulgado em 2012, os candidatos puderam ter nível superior em qualquer área. 

Porém, no ano seguinte, o tribunal publicou uma resolução em que a carreira passava a restringir as graduações à Administração, Direito, Contabilidade e Economia. Em 2019, o atual presidente do TJ, desembargador Claudio de Mello Tavares deixou o requisito ainda mais específico, com a retirada do nível superior em Contabilidade.   

O novo concurso para o TJ do Rio terá ainda outras 44 vagas para analistas judiciários. Desse total, duas serão para contador; dez para execução de mandados (oficial de justiça); cinco para psicólogo; cinco para assistente social.

Além de cinco oportunidades para comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso; seis para médico; uma para médico psiquiatra; duas para analista de infraestrutura; uma para analista de projetos; duas para analista de segurança da informação; duas para analista de sistemas; e uma para analista de gestão de TIC.

TJ RJ prepara novo concurso com 160 vagas para técnicos e
analistas judiciários (Foto: Divulgação/PGE-RJ)

 

As demais 85 chances do concurso serão para técnico de atividades judiciária sem especialidade. Nesse caso, o cargo exige apenas o ensino médio completo para inscrição. Os salários iniciais são de R$5.556,06.

As áreas e carreiras foram confirmadas no regulamento do concurso TJ RJ, divulgado em novembro de 2019. Confira o resumo a seguir:

CARGO REQUISITO REMUNERAÇÃO
Técnico de atividade judiciária sem especialidade Nível médio completo R$5.556,06
Analista judiciário sem especialidade Nível superior em Administração, Direito ou Economia R$8.059.89
Analista judiciário - Contador Nível superior em Contabilidade R$8.059.89
Analista judiciário - Psicólogo Nível superior em Psicologia R$8.059,89
Analista judiciário - Assistente Social Nível superior em Serviço Social R$8.059,89
Analista judiciário - Comissário da Infância, Juventude e Idoso Nível superior em Administração, Serviço Social, Sociologia, Psicologia, Pedagogia ou Direito R$8.059,89
Analista judiciário - Médico Nível superior em Medicina R$8.059,89
Analista judiciário - Médico Psiquiatra Nível superior em Medicina R$8.059.89
Analista judiciário - Analista de Negócios Nível superior na área R$8.059.89
Analista judiciário - Analista de Infraestrutura Nível superior na área R$8.059.89
Analista judiciário - Analista de Projetos Nível superior na área R$8.059.89
Analista judiciário - Analista de Segurança da Informação Nível superior na área R$8.059.89
Analista judiciário - Analista de Gestão de TIC Nível superior na área R$8.059.89
Analista judiciário - Analista de Sistemas Nível superior em Análise de Sistemas R$8.059,89
Analista judiciário - Execução de Mandados Nível superior em Direito  R$9.972,05

 

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Concurso TJ RJ: edital pode sair ainda em janeiro

É possível que o edital do concurso TJ RJ seja publicado ainda no mês de janeiro. Essa foi a previsão passada pelo presidente do tribunal, desembargador Claudio de Melo Tavares, em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA.

De acordo com ele, as provas serão realizadas no primeiro semestre deste ano. Para cumprir tais prazos, o órgão realiza todos os trâmites internos necessários. O Cebraspe (antigo Cespe/UnB), por exemplo, já foi contratado como banca organizadora.

Ele será o responsável por receber as inscrições do concurso e aplicar as etapas de seleção, como provas objetivas. O TJ e a banca ainda não revelaram se as questões de prova serão de múltipla escolha ou no estilo 'certo' e 'errado', como o Cebraspe tem adotado nos últimos anos.

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Também não há confirmação oficial se uma questão em desacordo com o gabarito anulará os pontos de um acerto. O que já está definido é que os candidatos a técnico judiciário (nível médio) serão submetidos apenas a provas objetivas.

Enquanto os participantes a analista judiciário (nível superior em diferentes áreas) serão avaliados por provas objetivas, discursivas e de títulos. Tais informações constam na dispensa de licitação que oficializa o Cebraspe como banca, publicada no Diário da Justiça Eletrônico de 9 de janeiro. 

Por sua vez, o contrato firmado com o Cebraspe  confirma que as taxas de inscrição serão de R$80 para técnico judiciário e R$100 para analista. O tribunal estima receber cerca de 80 mil candidaturas. 

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Provas podem ter estrutura do concurso de 2014

A estrutura das provas não deve trazer grandes mudanças em relação ao último concurso TJ RJ, realizado em 2014. Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, o diretor de Gestão de Pessoas do tribunal, Gabriel Albuquerque Pinto, apontou que a próxima seleção deve apresentar o mesmo formato das anteriores.

"As pessoas podem se basear pelos editais anteriores. As disciplinas vão sofrer a atualização necessária da legislação. Mas a estrutura vai ser mantida, pois é a que vem dando certo ao longo da história do tribunal", informou.

Em 2014, o concurso teve a Fundação Getúlio Vargas (FGV) como banca organizadora. A avaliação objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, foi composta por 100 questões de múltipla escolha.

 As perguntas foram distribuídas em três grupos, cada um contendo as seguintes disciplinas:

  • Grupo I: Língua Portuguesa (30), Raciocínio Lógico (10);
  • Grupo II: Noções de Direito Administrativo e Constitucional (10), Noções de Direito Processual Civil (15), Noções de Direito Processual Penal (15);
  • Grupo III: Noções de Custas Judiciais (10) e CODJERJ, Consolidação Normativa e Legislação Complementar (10).

Foi classificado na objetiva quem, simultaneamente, acertou, no mínimo 50% do total da prova, 40% do total dos grupos II e III, ou acertou, no mínimo, uma questão em cada umas das disciplinas contidas nos três grupos. [VIDEO id="9110"]