Na última sexta-feira, 3, um acordo foi firmado e assinado por membros do Governo Federal para oficializar o adiamento das provas do Concurso Nacional Unificado.
O documento foi assinado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e pelo procurador-geral da União, Marcelo Eugenio Feitosa Almeida, ao vivo, durante a coletiva de imprensa.
Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o acordo foi homologado pelo Centro Judiciário de Conciliação da Justiça Federal do Distrito Federal no último sábado, 4.
Este acordo foi firmado entre a AGU e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE RS), juntamente à Defensoria Pública da União (DPU).
Os órgãos levaram em consideração a calamidade pública do Estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta fortes chuvas há mais de uma semana.
"O acordo leva em consideração que foi decretado estado de calamidade pública no estado e que 80 mil moradores do Rio Grande do Sul se inscreveram para realizar as provas em dez municípios do estado – a maior parte deles fortemente atingidos pelas chuvas", disse a AGU.
De acordo com a AGU, antes de chegar ao adiamento, a DPU instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias extraordinárias e avaliar a adoção de medidas para proteger a população afetada.
Portanto, com a conciliação, a União assumirá o compromisso de adiar o Concurso Unificado, enquanto a DPU e o Estado do Rio Grande do Sul não adotarão medidas administrativas ou judiciais para questionar a decisão.
O objetivo do governo é o de manter respaldo jurídico, além de prezar por uma decisão que mantenha a igualdade de condição entre todos os candidatos.
Governo Federal homologa acordo que adia provas do Concurso Nacional Unificado (CNU)
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Previstas para serem aplicadas em 5 de maio, as provas do Concurso Nacional Unificado foram adiadas em função das enchetes que atingem o Estado do Rio Grande do Sul.
A decisão foi anunciada oficialmente pela ministra Esther Dweck, que afirmou ainda não haver uma nova data definida.
"A logística não possibilita a divulgação de uma nova data da prova com certeza no momento. Em algumas semanas teremos essa resposta", disse a ministra.
Em nota, o Governo Federal chegou a publicar que a nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional.
No entanto, em seguida, na noite de sexta-feira, 3, a ministra Esther Dweck estabeleceu um prazo e fala que em duas semanas já pode ter a nova data definida.
Durante entrevista ao programa UOL News, a chefe da pasta da Gestão e Inovação disse considerrar esse o prazo mínimo para conseguir realizar toda a logística necessária para chegar a uma nova data.
"O que eu posso dizer é que eu acho que em duas semanas a gente já vai ter uma nova data. Mas, se ela vai ser em maio, junho ou julho, realmente não posso dizer agora, nesse momento, porque realmente depende muito das condições. (...) Eu preciso garantir os locais de provas e que as pessoas que fariam a aplicação estarão disponíveis. Então a gente precisa de umas duas semanas para fazer todo esse processo de garantia da logística e estabelecer uma nova data."
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Quando forem remarcadas, as provas objetivas e discursivas do Concurso Unificado serão realizadas em dois turnos, sendo manhã e tarde. Confira os horários:
Turno da manhã
Turno da tarde
No turno da manhã, os inscritos nos blocos de nível superior (1 a 7) deverão responder a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e a uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Para o bloco de nível médio (8), os participantes farão 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
No período da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), serão cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Já os candidatos no bloco de nível médio (8) farão mais 40 questões objetivas.
Será eliminado quem obtiver aproveitamento inferior a 40% da pontuação nas provas objetivas de Conhecimentos Gerais e Específicos ou nota zero na prova discursiva.
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