O Concurso Unificado deve ter uma nova data anunciada em duas semanas. O prazo foi informado pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, que deu detalhes sobre a logística para definir o momento da aplicação.
Segundo a chefe da pasta, é preciso garantir que o Rio Grande do Sul estará em condições, bem como todo o restante do país.
"O que eu posso dizer é que eu acho que, em duas semanas, a gente já vai ter uma nova data. Mas, se ela vai ser em maio, junho ou julho, realmente não posso dizer agora, nesse momento, porque realmente depende muito das condições. Só queria reforçar a dificuldade que a gente tem. Primeiro, o próprio Rio Grande do Sul, pois a gente precisa saber quando os locais de provas estarão disponíveis e que já tenhamos retomado uma normalidade. Mas não é só o Rio Grande do Sul, que é um ponto importantíssimo de atenção, mas também o restante do país. Eu preciso garantir os locais de provas e que as pessoas que fariam a aplicação estarão disponíveis. Então a gente precisa de umas duas semanas para fazer todo esse processo de garantia da logística e estabelecer uma nova data", disse.
A fala da ministra Eshter Dweck foi dada em entrevista ao UOL News, na noite da última sexta-feira, 3.
As provas do Concurso Nacional Unificado foram adiadas durante coletiva de imprensa realizada no Planalto. Na ocasião, a chefe da pasta esteve acompanhada do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta e de membros da Fundação Cesgranrio.
O adiamento das provas se deu em função das fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul
A possibilidade de adiamento já tinha sido sugerida desde a quarta, 1º, após o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmar que o estado estava "inviabilizado", após as fortes chuvas na região.
No entanto, o MGI chegou a manter a aplicação e emitiu um comunicado no final da quinta-feira, 2. Ao perceber que o cenário se agravou, o Governo Federal voltou atrás e decidiu adiar os exames em todo o país.
O cronograma do Concurso Unificado previa para 5 de agosto o início da convocação para posse e cursos de formação.
Segundo Esther Dweck, os ministros cujos órgãos têm vagas no CNU já foram avisados que haverá um atraso na entrada desses novos servidores.
Afinal, o adiamento das provas vai acarretar em uma nova data e, logo, mudará as próximas etapas do CNU, inclusive a posse dos aprovados.
"Eu tenho falado com os ministros que têm vagas no concurso, e que estão ansiosos pelos novos servidores, que provavelmente em agosto não será mais a data de entrada. Já estávamos com tudo pronto; com os cursos de formação prontos".
A ministra, em seguida, novamente reforçou que em duas semanas a nova data deverá ser divulgada.
"Em duas semanas a gente vai ter uma nova data. Todo mundo vai poder se reprogramar. Vamos tentar antecipar o máximo a divulgação da nova data para os candidatos".
Sobre a aplicação das provas ainda em maio, Esther disse que provavelmente isso não ocorrerá.
"Precisaríamos de um 'tempinho' para garantir essa logística e garantir a maior segurança possível na realização das provas".
Quanto ao adiamento, o Governo Federal informou que o objetivo é garantir que todos possam realizar as provas nas mesmas condições em todo o país e que o resultado tenha o respaldo jurídico necessário.
Ministra Esther Dweck confirma adiamento das provas do Concurso Unificado
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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Cabe destacar aos candidatos que o edital do Concurso Unificado prevê situações como a atual no Rio Grande do Sul.
Segundo o que consta no item 11.16 do edital de abertura, "o candidato afetado por problemas logísticos, durante a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado, poderá solicitar a devolução do valor pago a título de taxa de inscrição em até cinco dias úteis após o dia de aplicação das provas".
Já o item 11.16.1 do documento diz que "são considerados problemas logísticos, para fins de devolução do valor pago a título de taxa de inscrição, fatores supervenientes, peculiares, eventuais ou de força maior, como: desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do CPNU devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural) que incorra em comprovado prejuízo imprevisível e insuperável ao candidato".
Portanto, o CNU prevê duas possibilidades para devolução do valor pago pela taxa de inscrição:
De acordo com os editais, situações de barulho que não comprometam a aplicação da prova, assim como calor, frio ou desconforto com mobiliário durante a realização dos exames não são cenários que resultarão em devolução da taxa de inscrição.
Também não serão aceitos pedidos de ressarcimento por causa da anulação de questões e nem por registro em branco ou sem descrição completa.
Assim que foram remarcadas, a aplicação das provas objetivas e discursivas do Concurso Unificado ocorrerá em dois turnos, sendo manhã e tarde. Confira os horários:
Turno da manhã
Turno da tarde
No turno da manhã, os inscritos nos blocos de nível superior (1 a 7) deverão responder a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e a uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Para o bloco de nível médio (8), os participantes farão 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
No período da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), serão cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Já os candidatos no bloco de nível médio (8) farão mais 40 questões objetivas.
Será eliminado quem obtiver aproveitamento inferior a 40% da pontuação nas provas objetivas de Conhecimentos Gerais e Específicos ou nota zero na prova discursiva.
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