Concurso Unificado: governador do RS pede adiamento das provas
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pede o adiamento das provas do Concurso Nacional Unificado devido às fortes chuvas na região.
Autor:Redação Folha Dirigida
Publicado em:01/05/2024 às 19:33
Atualizado em:02/05/2024 às 16:42
A aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), no Estado do Rio Grande do Sul, está "inviabilizada" após as fortes chuvas que atingiram a região. A declaração é do governador Eduardo Leite, que concedeu entrevista nesta quarta-feira, 1º.
"Vamos recomendar, sim, ao Governo Federal que essa situação seja contornada de alguma forma. Esse concurso ficou completamente inviabilizado neste fim de semana para a população gaúcha. Vamos solicitar que seja encaminhado algum tipo de solução para o Concurso Nacional Unificado. Não sei avaliar qual neste momento, mas tenho a confiança de que será dado algum tipo de solução pelo Governo Federal, para não punir a população gaúcha, que pretendia participar do concurso e que vai ter restrições neste momento por conta das condições climáticas que romperam estradas e afetaram famílias, que têm transtornos incontáveis nessas localidades", disse.
Governador Eduardo Leite na coletiva realizada nesta quarta, 1º de maio
Edital do CNU prevê devolução de taxa de inscrição
O edital do Concurso Unificado prevê situações como a atual no Rio Grande do Sul.
De acordo com o item 11.16 do edital de abertura, "o candidato afetado por problemas logísticos, durante a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado, poderá solicitar a devolução do valor pago a título de taxa de inscrição em até cinco dias úteis após o dia de aplicação das provas".
Já o item 11.16.1 do documento diz que "são considerados problemas logísticos, para fins de devolução do valor pago a título de taxa de inscrição, fatores supervenientes, peculiares, eventuais ou de força maior, como: desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do CPNU devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural) que incorra em comprovado prejuízo imprevisível e insuperável ao candidato".
Ou seja, o governo pode optar por manter as provas devolvendo a taxa de inscrição para os candidatos do estado gaúcho.
Em nota publicada nesta quarta, 1º de maio, a pasta afirmou que atua com uma equipe in loco e em diálogo com autoridades locais, sem descartar mudanças na logística para a região, que possui polos de prova confirmados.
Veja a nota na íntegra:
"A organização do Concurso Nacional Unificado está acompanhando a situação no Rio Grande do Sul com equipe in loco e em diálogo com autoridades locais. Qualquer alteração logística necessária nas cidades atingidas por chuvas será anunciada pelo Ministério da Gestão".
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram, pelo menos, dez mortos e 21 pessoas desaparecidas.
De acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil do Estado nesta quarta-feira, 1º, 107 municípios foram afetados, 1.431 pessoas estão desalojadas e 1.145 foram levadas para abrigos.
A prioridade do governo local é o resgate de famílias ilhadas. Na última terça-feira, 30, o governador Eduardo Leite conversou, por telefone, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que garantiu apoio federal nas ações.
Os temporais atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira, 29, e a previsão da Defesa Civil é de que o volume de chuvas continue elevado até a próxima sexta-feira, 3.
Estradas foram bloqueadas, escolas foram danificadas e suspenderam as aulas, além de haver municípios com problemas no abastecimento de água, energia elétrica e telefonia.
Segundo o boletim da Sala de Situação, a previsão indica um aumento do volume de chuvas nas regiões Noroeste, Centro, Sul e Grande Porto Alegre.
O principal reflexo é a elevação do nível dos rios Caí e Taquari, que já ultrapassaram a cota de inundação em todas as estações monitoradas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
A instabilidade persistente no estado, ocasionada por uma região de baixa pressão atmosférica estacionada em seu território, deve deslocar-se para a Serra e o Litoral Norte a partir de quinta, 2. No sábado, 4, a frente fria deverá avançar em direção à divisa com Santa Catarina, com consequências para o nível do rio Uruguai.
O campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), em Porto Alegre, é o que receberá mais candidatos em todo o país. Foram alocados 12.374 inscritos no local.
Coordenador falou sobre adiamento e reaplicação de provas
No dia 25 de abril, em entrevista exclusiva à Folha Dirigida por Qconcursos, o coordenador-geral de Logística do CNU, Alexandre Retamal, afirmou que o MGI não trabalhava com a possibilidade de reaplicação das provas.
Na ocasião, o coordenador falou que o monitoramento da situação climática em todas as cidades de prova estava sendo feito.
"É claro que se acontecer alguma situação grave, esse assunto vai ser levado para a ministra (Esther Dweck) e para uma decisão dentro do governo, mas a nossa expectativa e o nosso trabalho é para que isso não aconteça", disse na ocasião.
Conforme destacado anteriormente, os editais do concurso, inclusive, preveem a devolução da taxa de inscrição em caso de fatores supervenientes e eventuais, como a falta de energia elétrica que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural ou fenômenos naturais com comprometimento da infraestrutura do local.
Veja a entrevista completa com o coordenador-geral de Logística do CNU:
Provas do Concurso Unificado estão marcadas para domingo, 5
Os candidatos do Concurso Unificado serão avaliados por provas objetivas e discursivas nos turnos da manhã e da tarde, do dia 5 de maio. Veja os horários:
Turno da manhã
Abertura dos portões: 7h30
Fechamento dos portões: 8h30
Início da aplicação: 9h
Término da aplicação: 11h30
Término da aplicação para candidatos que necessitem de tempo adicional para realização das provas e tenham solicitado no ato da inscrição: 12h30
Duração da prova: 2h30
Turno da tarde
Abertura dos portões: 13h
Fechamento dos portões: 14h
Início da aplicação: 14h30
Término da aplicação: 18h
Término da aplicação para candidatos que necessitem de tempo adicional para realização das provas e tenham solicitado no ato da inscrição: 19h.
Duração da prova: 3h30
No turno da manhã, os inscritos nos blocos de nível superior (1 a 7) deverão responder a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e a uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Para obloco de nível médio (8), os participantes farão 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
No período da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), serão cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Já os candidatos no bloco de nível médio (8) farão mais 40 questões objetivas.
Será eliminado quem obtiver aproveitamento inferior a 40% da pontuação nas provas objetivas de Conhecimentos Gerais e Específicos ou nota zero na prova discursiva.
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CNU bateu recorde com mais de 2 milhões de inscritos
No total, estão disponíveis 6.640 vagas imediatas para diferentes cargos de níveis médio e superior de 21 órgãos do Poder Executivo Federal.
Essas oportunidades estão agrupadas por oito blocos temáticos, que representam as áreas de Políticas Públicas Brasileiras. Só foi possível se candidatar para um dos blocos temáticos.
Abaixo, confira a relação candidato por vaga, de acordo com o bloco temático do CNU:
Bloco 1 - Infraestrutura, Exatas e Engenharias
Vagas: 727
Inscritos: 121.838
Concorrência: 167,59 candidatos
Bloco 2 - Tecnologia, Dados, e Informação
Vagas: 597
Inscritos: 77.943
Concorrência: 130,55 candidatos
Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas
Vagas: 530
Inscritos: 102.922
Concorrência: 194,19 candidatos
Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor
Vagas: 971
Inscritos: 336.284
Concorrência: 346,32 candidatos
Bloco 5- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos
Vagas: 1.016
Inscritos: 300.766
Concorrência: 296,02 candidatos
Bloco 6 - Setores Econômicos e Regulação
Vagas: 359
Inscritos: 74.283
Concorrência: 206,91 candidatos
Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública