Exclusivo! Concurso Unificado tem projeto questionado por bancas

O Concurso Nacional Unificado (CNU), ou Enem dos Concursos como vem sendo chamado, está na fase de escolha da banca, e TR é alvo de questionamentos.

Concursos Previstos
Autor:Redação Folha Dirigida
Publicado em:10/11/2023 às 09:05
Atualizado em:11/11/2023 às 08:03

O projeto básico do Concurso Nacional Unificado (CNU), ou Enem dos Concursos como vem sendo chamado, pode ser um entrave para o cronograma do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).


Isso porque a banca, conforme previsto pelo governo, deve ser contratada ainda este mês. No entanto, o processo tem enfrentado alguns obstáculos, sendo um deles o próprio termo de referência (projeto básico).


O documento é utilizado como um espelho para a elaboração do edital e enviado às bancas, para que apresentem suas propostas.


No entanto, segundo o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), que foi convidado a participar do processo, o termo de referência precisava de mais informações, o que fez a banca enviar questionamentos ao governo.

"O Idecan foi consultado pelo CNU, mas fez questionamentos sobre o TR (termo de referência) por achar que faltavam informações importantes. A banca aguarda resposta", disse em exclusiva à Folha Dirigida por Qconcursos nesta semana.

Em resposta à Folha Dirigida por Qconcursos, fontes ligadas ao MGI informaram que questionamentos são comuns, por parte das bancas, e que muitas não seguiram no processo, pois não cumpriam as qualificações devido ao porte e complexidade do CNU, o que "também já era esperado".


Apesar do Idecan informar que aguarda por resposta, a banca não está na disputa.


Como já revelado por fontes ligadas ao Governo Federal à Folha Dirigida por Qconcursos, apenas cinco organizadoras enviaram suas popostas, sendo elas:

  • Cebraspe;
  • Fundação Getulio Vargas (FGV);
  • Fundação Cesgranrio;
  • Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades); e
  • Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).

Cronograma do Concurso Unificado prevê banca até dia 22

A publicação do edital, aplicação das provas e organização do chamado "Enem dos Concursos" ficará sob responsabilidade de uma banca organizadora, que será anunciada neste mês de novembro.


Segundo o regulamento do Concurso Unificado, publicado no início de outubro, a previsão é de que a contratação da organizadora ocorra até o dia 22 de novembro


Vale lembrar que o Concurso Unificado será realizado nos moldes do Enem, em uma prova única de conhecimento para todos os cargos.


Em seguida, os candidatos poderão concorrer dentro dos blocos temáticos, elencando as carreiras de preferência.


A oferta total será de 6.640 vagas para carreiras dos níveis médio e superior. Mais de 20 órgãos aderiram ao CNU e estarão presentes nesta 1ª edição.


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Concurso Nacional Unificado está em fase de escolha da banca

(Foto: Agência Senado)

Concurso Unificado terá edital em dezembro

Com o Concurso Nacional Unificado, o objetivo do governo é centralizar os concursos autorizados neste ano e democratizar o acesso ao serviço público.


As provas serão realizadas em várias cidades, como ocorre no Enem, e não apenas nas capitais dos estados.


Será possível concorrer a vagas em mais de um cargo, pagando apenas uma taxa de inscrição. O edital já tem previsão de data para ser publicado, veja a seguir:

  • edital: 20 de dezembro de 2023;
  • provas: até março de 2024;
  • resultado final da etapa unificada: até maio de 2024;
  • cursos de formação, quando cabível: até julho de 2024;
  • posse dos novos servidores: até agosto de 2024.

O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Pereira Cardoso Júnior, também já adiantou que será publicado um edital por bloco temático


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Órgãos confirmados no CNU

No total, 22 órgãos e entidades do Executivo Federal assinaram o termo de adesão ao Concurso Nacional Unificado. Veja a lista a seguir:

  • IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 895 vagas;
  • Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas): 502 vagas;
  • Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária): 742 vagas;
  • Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária): 440 vagas;
  • Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia): 80 vagas;
  • MTE (Ministério do Trabalho e Emprego): 900 vagas;
  • Ministério da Saúde: 220 vagas;
  • AGU (Advocacia Geral da União): 400 vagas;
  • Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar): 40 vagas;
  • Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): 40 vagas;
  • Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários): 30 vagas;
  • ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar): 35 vagas;
  • MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços): 110 vagas;
  • MCTI em partes (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação): 296 vagas;
  • MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública): 130 vagas;
  • MinC (Ministério da Cultura): 50 vagas;
  • MEC (Ministério da Educação): 70 vagas para ATPS;
  • MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania): 40 vagas;
  • MPI (Ministério dos Povos Indígenas): 30 vagas;
  • MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento): 60 vagas;
  • MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e as carreiras transversais: 1.480 vagas;
  • Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira): 50 vagas.

Veja como serão as inscrições do Enem do Concursos

As inscrições do Concurso Nacional Unificado, também chamado de Enem dos Concursos, serão realizadas após a publicação do edital, no site da banca organizadora contratada.


Primeiro, o candidato terá que escolher um bloco temático. Só será possível se inscrever para um dos blocos temáticos.


Em seguida, o concorrente irá listar, por ordem de prioridade, quais carreiras dentro do bloco quer concorrer. Desde que tenha todos os requisitos necessários.


Desta forma, uma mesma pessoa poderá concorrer a mais de um cargo dentro do bloco temático e pagando apenas uma taxa de inscrição.

Provas serão menos focadas na memorização e "decoreba" 

O secretário de Gestão e Inovação do Governo Federal, Roberto Pojo, falou sobre as provas do Concurso Nacional Unificado.


Em entrevista publicada pela Folha de São Paulo, no dia 28 de outubro, ele afirmou que as questões serão menos focadas na memorização e "decoreba" de conteúdos


O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que está à frente da organização do concurso unificado, quer captar outras habilidades dos candidatos. Como, por exemplo, a capacidade analítica


Pojo explicou que nos concursos atuais, questões específicas de leis costumam ser cobradas boa parte das vezes. No entanto, nem sempre esse conhecimento é usado no dia a dia de trabalho. 

"A orientação é modificar esse 'decoreba' para algo que seja capaz de capturar outras habilidades, capacidade cognitiva, e muito mais do que o ferramental", disse o secretário, que atua no MGI desde janeiro deste ano.

Essas mudanças na forma de cobrança buscam ampliar a diversidade entre os candidatos, uma vez que o formato atual pode privilegiar quem se dedica integralmente aos concursos diante daqueles que têm jornadas duplas. 

"Se eu forço (o candidato) a decorar muita coisa, ele precisa de tempo. Isso gera uma concorrência desleal entre aqueles que podem parar de trabalhar e ficar fazendo cursinho contra pessoas que são adequadas para atuar no Estado, mas têm de dividir o tempo com outras atividades", apontou Pojo. 

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