Prova OAB Direito do Trabalho: veja dicas de estudo para disciplina

Em entrevista à Folha OAB, o professor Leandro Antunes falou sobre a preparação em Direito e Processo do Trabalho para o Exame da OAB.

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Publicado em:11/09/2020 às 16:00
Atualizado em:11/09/2020 às 16:00

Juntas, as disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho possuem 11 questões na 1ª fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Isso faz com que esses conteúdos tenham grande relevância dentro da prova.

Na 2ª fase, o Direito do Trabalho é uma das sete áreas que podem ser escolhidas e uma das preferidas pelos candidatos. Ao longo das 22 edições organizadas pela FGV, 27% dos participantes escolheram essa área para a prova prático-profissional.

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Dessa forma, Direito do Trabalho é a segunda área mais escolhida, ficando atrás apenas de Direito Penal que teve preferência de 30% dos candidatos. Portanto, não dá para negar a importância dessa área dentro do exame.

Em conversa com à Folha OAB, Leandro Antunes, professor de Direito e Processo do Trabalho, deu dicas de preparação para as duas fases do Exame da Ordem.

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Direito e Processo do Trabalho têm 11 questões no Exame da Ordem
(Foto: Pixabay)

 

Direito do Trabalho e Processo do Trabalho na 1ª fase do Exame da OAB

Com 17 matérias, uma maneira eficiente de planejar os estudos é focar naquelas que possuem maior número de questões e entre elas estão Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, com seis e cinco questões, respectivamente. 

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Durante os estudos, a leitura, a prática e a revisão serão as suas aliadas. Estude para entender o assunto, resolva provas antigas para mensurar sua evolução e revise os conteúdos que causarem dúvidas. 

O professor frisa que é também importante estar preparado para o dia da prova e indica que, na hora de resolver as questões, "você tem que ir naquelas questões que você tem um certo atrativo, uma certa disponibilidade".

Se você está bem preparado para as 11 questões da área trabalhista, não adianta deixá-las para responder no final da prova. Leandro conta que isso é um erro, pois "se deixar para o final, sua mente já [vai] estar cansada".

Então, a dica que ele dá é começar respondendo as questões que você tem conhecimento e mais familiaridade no assunto. Durante a prova, “vão ter algumas questões que você vai olhar e não vai lembrar”, por isso, o professor aconselha pulá-las. 

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Não quer dizer que você não terá que responder essas questões, mas sim que você não deve perder tempo batendo a cabeça em algo que você não está lembrando, enquanto deixa de responder o que já sabe. No final, você volta em todas as questões que pulou e tenta resolvê-las.

Dicas para o dia da prova

Outra dica que o professor dá é não ser "apressadinho" e marcar uma resposta sem ler todas as alternativas, pois, segundo ele, "pode ter uma mais correta, uma pegadinha no meio ou alguma jogada da banca".

“Marcar no cartão-resposta só depois de você ter certeza do que você está fazendo", pontua. Ele conta que teve um aluno que perdeu a aprovação por ter marcado errado no cartão-resposta. 

Para ser aprovado na 1ª fase é preciso obter 40 pontos, o equivalente a 50% da prova. Segundo Antunes, não há diferenças entre quem passou com 41 pontos e quem passou com 79. 

“Quantidade de pontuação e acertos não vão definir quem é melhor ou pior”, afirma.

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Direito do Trabalho na 2ª fase do Exame da OAB

Foi aprovado na 1ª fase e escolheu Direito do Trabalho como área da 2ª fase OAB? O professor explica que há três peças que são mais recorrentes no histórico de provas da OAB e, por isso, possuem maior probabilidade de serem cobradas. São elas:

  • Reclamação trabalhista;
  • Contestatação;
  • Recursos ordinários.

Isso não quer dizer que não possa vir a serem cobradas outras peças, mas, segundo ele, essas estão presentes na maioria dos últimos exames. Ele explica também que grande parte das questões da área trabalhista estão na Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT).

A dificuldade acaba sendo procurar onde está determinada questão dentro da CLT. A dica para a 2ª fase é realizar simulados do exame com provas antigas da Fundação Getulio Vargas, atual organizadora. 

Faça a prova com o modelo da FGV, para treinar o espaço que terá para escrever. Também aproveite para treinar a consulta e a distribuição do tempo entre as questões discursivas e a peça processual. 

Começar pela peça ou pelas questões?

Segundo Leandro, essa é uma decisão pessoal e ambas valem a mesma pontuação. No entanto, o conselho que ele dá para os seus alunos é começar pela peça processual, pois exige uma grau de complexidade maior.

"A cabeça pesou no meio da peça, vai fazer uma questão", indica. E na hora de responder as questões, o professor explica que não adianta responder com 'sim' ou 'não' e citar o artigo, a resposta precisa ser completa e cumprir os pontos exigidos pela banca.

Isso não quer dizer que "quanto mais eu escrever, maior vai ser a pontuação". O professor frisa que não adianta fazer texto grande, é necessário que a resposta seja completa e objetiva.

“Na OAB não é quanto mais eu escrever, mais pontos eu ganho; é quanto mais preciso, mais objetivo e mais eu atacar o ponto eu vou conseguir a pontuação máxima”, explica. 

A correção da questão é feita por um espelho com alguns pontos, se o candidato não atingir esses pontos cobrados ele vai zerar a questão. “O candidato tem que saber dosar muito essa questão do tamanho do texto"

Para os candidatos que puderem se preparar com um professor, ele aconselha a sempre seguir as orientações que tiverem durante a mentoria. E, por fim, Leandro afirma que todos que fazem o exame têm um motivo para isso, e isso deve se tornar uma motivação interna para a aprovação.

 
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