Em campanha, Sebrae estimula MEIs a se reinventarem na crise
Campanha apresenta empresários que transformaram a forma de gerar renda
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Publicado em:02/06/2020 às 12:00
Atualizado em:02/06/2020 às 12:00
A nova campanha do Sebrae “MEI. Reinvente. Repense. Recrie”, lançada no dia 18 de maio, já acumula mais de 250 mil acessos na sua página, ajudando microempreendedores a lidarem com a crise causada pela pandemia.
É um ambiente exclusivo para o MEI, dentro do Portal do Sebrae, onde estão disponíveis gratuitamente diversos conteúdos criados especificamente para a categoria. Isso inclui diversas ferramentas para que o empreendedor possa se reinventar e continuar em operação, por meio de mudanças estratégicas e planejadas. São ofertados:
De acordo com o Sebrae, em virtude do isolamento social para conter o avanço da Covid-19, muitos dos 10 milhões de MEI precisaram paralisar temporariamente suas atividades. De acordo com pesquisa da empresa, 58% tiveram que suspender suas vendas durante a pandemia e 31% mudaram a forma de funcionamento.
Por isso, foi lançada a campanha com o objetivo de apoiar esses microempreendedores. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, salientou a importância dos MEI’s para o país, neste momento, como oportunidades de geração de renda e de emprego.
E a campanha é um reconhecimento do Sebrae ao papel fundamental que esses 10 milhões de empreendedores têm na economia brasileira:
“Neste momento, oferecer suporte à categoria é primordial para que o país supere a crise e retome seu crescimento. Por meio dessa campanha, estamos disponibilizando todo o corpo técnico especializado do Sebrae para auxiliar o MEI na reinvenção de respostas para os problemas que estão sendo enfrentados.”
Casos de sucesso do Sebrae estimulam outros empreendedores
Um dos tipos de conteúdo da nova campanha que merece destaque são os cases de sucesso na crise. Microempreendedores que transformaram a forma de gerar renda usando informações disponibilizadas pelo Sebrae.
Entre o público cativo que tem consumido os cursos, lives e demais informações gratuitas, está Sandra Costa, que atua como MEI há mais de 10 anos, e Maria Cristina, dona de uma pequena empresa com 30 anos de mercado.
Ambas adquiriram novas habilidades para encarar a crise causada pela pandemia do novo Coronavírus. A terapeuta holística Sandra Costa é proprietária da Zyon Terapias há 30 anos e atua formalmente como MEI desde 2009, em São Paulo.
Com as medidas de isolamento social, a empresária suspendeu os atendimentos e ficou 40 dias sem pacientes. Antes da pandemia, mesmo possuindo redes sociais, sua atuação era basicamente presencial.
“Esse tempo sem atender serviu para mergulhar e repensar o meu negócio. Comecei a atuar mais ativamente nas redes, oferecendo conteúdo relacionado às terapias diariamente para meu público. Também usei a rede de contatos com pacientes para convidá-los a iniciar os atendimentos virtuais. Apesar da resistência inicial, considero um sucesso, retomei os atendimentos e os feedbacks têm sido muito positivos”, diz a terapeuta.
Segundo a profissional, o Sebrae foi fundamental neste redirecionamento. Ela conta que o último conteúdo que consumiu foi o webinar com Rafael Somera, falando sobre técnicas de vendas.
“(...) Simplesmente incrível, ele escreveu o livro ‘O Homem que aprendeu a vender’. Na live tivemos a oportunidade de aprender técnicas que nos diferenciam substancialmente no mercado. Dicas de atendimento personalizado, tratamento com cliente e pós-venda, tudo gratuito.”
No Paraná, Maria Cristina Scheidt é outra empresária que está aproveitando os conteúdos da campanha para transformar sua atuação e amenizar os efeitos da crise. Ela é dona de uma pousada, que paralisou os serviços há mais de 60 dias.
Para manter a proximidade com os clientes, decidiu criar páginas nas redes sociais com informações sobre a hospedagem. Apesar de já ter perdido o período de alta temporada, ela avalia que a iniciativa pode ajudar a conseguir novos clientes:
“Trabalho nesse ramo há 30 anos, nunca vivi uma crise como essa. Nunca tivemos que fechar a pousada por tanto tempo. Mas há males que vêm para o bem, eu cresci com isso, iniciei nossa atuação nas redes sociais e espero que colabore com a divulgação da nossa pousada.”
A microempresária afirma que já realizou um curso de gestão financeira e consultorias por meio do Sebrae, que sempre considerou como um parceiro do seu negócio:
“(...) Meu objetivo é pegar dicas de como atuar nas redes sociais para chamar atenção dos clientes para a nossa ilha (Ilha do Mel). Espero que a pandemia passe logo, que a situação seja normalizada e possamos voltar a receber as pessoas.”