FGTS emergencial: Caixa libera saques para nascidos em junho

Confira o calendário de pagamentos e saiba como funciona o benefício

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Publicado em:03/08/2020 às 12:15
Atualizado em:03/08/2020 às 12:15

Nesta segunda-feira, 3, a Caixa Econômica Federal liberou os novos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores nascidos no mês de junho (cerca de 5 milhões de pessoas).

No primeiro momento, o dinheiro ficará disponível na poupança digital apenas para pagamentos e compras no débito. No caso dos aniversariantes em junho, o saque em dinheiro e a transferência só serão liberados no dia 8 de outubro.

+ Saiba como antecipar saque do auxílio e FGTS emergencial

O valor do saque é de até um salário mínimo, o equivalente a R$1.045. Para esse valor, será levado em consideração a soma das contas ativas e inativas do FGTS. O pagamento está sendo realizado de acordo com o seguinte calendário:

 

Nascidos em Crédito na poupança Saque e transferência
janeiro 29/06 25/07
fevereiro 6/07 8/08
março 13/07 22/08
abril 20/07 5/09
maio 27/07 19/09
junho 3/08 3/10
julho 10/08 17/10
agosto 24/08 17/10
setembro 31/08 31/10
outubro 8/09 31/10
novembro 14/09 14/11
dezembro 21/09 14/11

 

É possível verificar o valor do saque pelos canais de atendimento da Caixa: aplicativo FGTS, site e/ou telefone 111 (opção 2). O banco alerta que não envia mensagens solicitando senhas e informações pessoais, além de não pedir confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp.

Se o trabalhador tem direito ao benefício e a conta poupança digital não for aberta automaticamente, é necessário acessar o aplicativo do FGTS para poder atualizar os dados e conseguir receber o dinheiro.
 

FGTS emergencial
 Calendário do FGTS emergencial segue até novembro
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

Como funciona o FGTS emergencial?

O saque emergencial do FGTS foi instituído pela Medida Provisória (MP) nº 946. O objetivo é ajudar os trabalhadores que foram afetados pela pandemia do novo Coronavírus. 

Com essa iniciativa, o governo federal pretende beneficiar cerca de 60 milhões de trabalhadores e, dessa forma, injetar R$ 37,8 bilhões na economia. A liberação do crédito é feita de forma automática para as pessoas que tem saldo disponível no fundo de garantia.

Caso o trabalhador não queira receber o dinheiro, é necessário indicar a negativa até dez dias antes da sua data de pagamento. Entretanto, se o dinheiro for depositado na poupança e não for movimentado até 30 de novembro, os valores corrigidos retornam à conta do FGTS.

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Desempregados na pandemia poderão sacar todo saldo do FGTS

Na última quinta-feira, 30, o Senado aprovou Medida Provisória (MP) 946/2020, que autoriza o acesso dos trabalhadores ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) durante a pandemia do novo Coronavírus. A MP também extingue o PIS-Pasep.

Como o texto sofreu alterações no Senado, será necessário voltar à Câmara. De acordo com a Agência Brasil, os senadores fizeram sugestões de alterações junto ao relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que também é líder do governo na Casa. 

Após um acordo, ficou acertado que será permitida a movimentação da totalidade dos recursos da conta vinculada ao FGTS pelo trabalhador que tenha pedido demissão ou sido demitido sem justa causa durante o período de pandemia. 

O trabalhador que optou pelo saque-aniversário também terá acesso integral ao recursos em caso de demissão. No modelo em vigência, ao optar pelo saque-aniversário o trabalhador fica dois anos sem ter acesso ao saldo total da conta.

Veja também: Saiba como gastar estrategicamente o saque emergencial do FGTS

Apesar de ter apoiado as alterações propostas pelos senadores, o relator ressaltou que o governo não tem compromisso de sanção com a modificação, visto que pretende garantir a aplicação dos recursos do FGTS em habitação e saneamento, sem apostar na criação de novas modalidades de saques e de seus recursos. 

Segundo a Agência Senado , o prazo da vigência do texto vence nesta terça-feira, 4. No entanto, lideranças partidárias ressaltaram o compromisso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do relator da proposição naquela Casa, deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), de votar o texto na semana que vem.