Guedes diz que 32 milhões podem voltar a receber auxílio emergencial

Segundo o ministro da Economia, o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial depende de ajustes fiscais.

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Publicado em:05/02/2021 às 08:10
Atualizado em:05/02/2021 às 08:10

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o auxílio emergencial pode voltar a ser pago, porém apenas para a metade do número de beneficiários que receberam em 2020 — dessa forma, cairia de 64 milhões para 32 milhões.

Além disso, o ministro disse que a retomada do benefício depende do acionamento de "cláusulas necessárias". Segundo ele, o eventual pagamento de novas parcelas depende da criação de um novo marco fiscal que consiga travar outros gastos do governo.

“Os invisíveis, esses nós estamos focalizando a ajuda. É possível, temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal, robusto o suficiente para enfrentar eventuais desequilíbrios”, disse.

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No ano passado, o auxílio emergencial foi pago a trabalhadores informais, desempregados e beneficiários do Bolsa Família. Inicialmente, foram cinco parcelas de R$600 mais uma extensão com quatro parcelas de R$300. O pagamento se encerrou em dezembro.

Guedes diz que 32 milhões podem ter auxílio em 2021 se houver ajuste fiscal
(Foto: Anderson Riedel)

A declaração de Guedes foi feita em um pronunciamento no Ministério da Economia ao lado do recém-eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). À imprensa, Pacheco afirmou que se dirigiu até o ministro para externar a preocupação do Congresso para com a pandemia.

Segundo o presidente do Senado, essa "é uma preocupação em relação à assistência social, a um socorro que seja urgente, emergencial, para poder ajudar a camada mais vulnerável". 

"O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez", disse o ministro Paulo Guedes na sequência.

Responsabilidade fiscal

Em seu pronunciamento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou ter sentido que Guedes quer buscar soluções para o tema, porém, neste momento, será necessário ter responsabilidade fiscal.

"Fazer isso com cautela, com prudência, com observância de critérios para evitar que as coisas piorem. Mas, obviamente, nós temos que ter a sensibilidade humana e eu vim como senador e presidente do Congresso Nacional externar essa sensibilidade política de que nós temos que socorrer essas pessoas", declarou.

 

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