Sem previsão de concurso, o Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, passará a ser gerido pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública vinculada ao Governo Federal. A transição da gestão foi iniciada na terça-feira, 15.
A prioridade é sanar gargalos históricos, como, por exemplo, a falta de pessoal. Por esse motivo, em até 45 dias, serão contratados mais de 2 mil profissionais temporários para atuação no hospital.
A oferta incluirá diversos cargos, como médicos, enfermeiros, auxiliares e funcionários administrativos.
Um dia após o início da transição para o GHC, os preparativos da seleção para novos funcionários do hospital já avançaram.
Foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta, 16, o contrato com o Instituto Nacional de Qualificação e Capacitação (INQC).
O Instituto ficará responsável por conduzir as etapas do processo seletivo e por realizar os exames médicos admissionais dos funcionários.
Ainda não há informações se será cobrada uma prova objetiva ou se a seleção será feita apenas com base nos currículos dos profissionais.
Hospital de Bonsucesso terá contratação de novos profissionais
(Foto: Divulgação/MS)
O extrato do contrato, publicado no Diário Oficial, adianta que a oferta será para cargos de níveis médio, técnico e superior, tendo os seguintes valores de inscrição:
Ainda conforme o extrato, o edital do processo seletivo deverá trazer as oportunidades em cadastro de reserva. Mas, em nota oficial, o Ministério da Saúde já confirmou que serão contratados mais de 2 mil profissionais por meio da seleção.
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Em seu Planejamento Estratégico para o Ciclo 2024-2027, o Hospital Federal de Bonsucesso chegou a mencionar a ausência de concursos para a substituição de mão de obra especializada como uma ameaça.
A abertura de concursos para o ingresso de servidores efetivos vem sendo cobrada há anos pela categoria dos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Em maio deste ano, por exemplo, foi iniciada uma greve de servidores. Entre as reivindicações estava a abertura de um concurso Ministério da Saúde.
Em entrevista ao Qconcursos Folha Dirigida, em setembro de 2023, o diretor do Sindsprev RJ, Sidney Castro, destacou o déficit da rede e a necessidade de um concurso, com oferta expressiva de vagas.
“Nós temos um déficit dentro dos hospitais federais do Rio de Janeiro, incluindo os institutos, de cerca de 12 mil funcionários. Isso inclui os administrativos, assistente social, enfermagem, médicos, psicólogos, todos esses”, evidenciou o sindicalista.
A seguir, assista a entrevista com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev RJ) sobre a carência no Ministério da Saúde e a necessidade de um concurso com mais vagas:
Um novo concurso Ministério da Saúde para efetivos poderá ser autorizado ainda este ano.
O pedido para o ingresso de servidores está em análise no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), pasta responsável pelo aval dos concursos federais.
Fontes do governo informaram à reportagem que a autorização está entre as prioridades até o final de 2024. O número de vagas e os cargos não foram informados.
Em 2023, o Ministério da Saúde chegou a receber um aval para 200 vagas efetivas. Esse quantitativo foi incluído no Concurso Nacional Unificado (CNU), cujas provas foram aplicadas em agosto deste ano.
As 220 vagas foram destinadas ao cargo de tecnologista, de nível superior e, em algumas especialidades, como a de Tecnologia da Informação (TI), com formação específica.
O tecnologista do Ministério da Saúde tem salário inicial de R$6.662,68. O valor é composto pelo vencimento básico de R$5.211,48 mais a Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia (GDACT) de R$1.451,20.
Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é de que os novos concursados, via CNU, sejam lotados nas secretarias de:
