Em greve, servidores do RJ cobram concurso Ministério da Saúde
Servidores dos hospitais federais do RJ entram em greve e cobram realização de novo concurso Ministério da Saúde. Veja!
Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:15/05/2024 às 12:59
Atualizado em:15/05/2024 às 14:03
Os servidores dos hospitais federais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira, 15, por tempo indeterminado. Entre as reivindicações está a realização de um novo concurso Ministério da Saúde para ingresso de efetivos.
A greve também reivindica:
a transferência dos servidores da rede federal de saúde para a carreira da Ciência e Tecnologia;
o cumprimento do acordo de greve de 2023;
o pagamento do adicional de insalubridade, em grau máximo, e do piso da enfermagem em valores integrais;
a prorrogação de todos os Contratos Temporários da União (CTUs) até a realização de concurso público; e
o reajuste linear em índice que recomponha o efetivo poder de compra dos salários.
Os servidores também rejeitam quaisquer propostas de fatiamento, privatização ou entrega da rede de unidades federais de saúde à Empresa Brasileira de Gestão Hospitalar (Ebserh), a organizações sociais ou à gestão do município do Rio de Janeiro.
Passeata dos servidores da rede federal rumo ao DGH, realizada em abril
(Foto: Mayara Alves/Sindsprev RJ)
Neste primeiro dia da greve, servidores e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev RJ) iniciaram a distribuição de cartas à população usuária das unidades de saúde,
Nas cartas, a categoria explica as razões da paralisação e denunciando o processo de sucateamento da rede federal do Rio.
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Sem concurso, hospitais federais do RJ somam cargos vagos
“Nós temos um déficit dentro dos hospitais federais do Rio de Janeiro, incluindo os institutos, de cerca de 12 mil funcionários. Isso inclui os administrativos, assistente social, enfermagem, médicos, psicólogos, todos esses”, evidenciou o sindicalista.
A oferta é para o cargo de tecnologista em diferentes áreas, com exigência de nível superior e remuneração inicial de R$6.662,68 mais benefícios.
“Isso é muito pouco. São 220 vagas para dividir entre todas as instituições. Isso não resolve. O que resolve é abrir o concurso adequado para suprir o verdadeiro déficit, fazer uma reestruturação da carreira e valorização salarial”, defendeu o diretor do Sindsprev RJ.
O sindicalista defendeu uma valorização salarial e a reestruturação das carreiras. De acordo com ele, é preciso trabalhar para que os servidores permaneçam nos quadros a longo prazo.
Segundo o sindicalista, com baixos salários, os profissionais da Saúde preferem atuar nos hospitais da rede privada.
"Tem que ter uma política adequada de salário para que as pessoas de fato aceitem vir trabalhar no hospital público", expôs.
Ministério da Saúde abriu 1.889 vagas temporárias no RJ
A oferta foi para atuação nos hospitais e institutos federais do Rio de Janeiro, em cargos dos níveis médio/técnico e superior.
Do total de oportunidades, 479 foram para contratação imediata e 1.410 para formação de cadastro de reserva. Os salários iniciais chegavam a R$11 mil.
Os aprovados no processo seletivo estão sendo contratados pelo período de até seis meses, podendo ocorrer prorrogações previstas em lei.
A lotação e o exercício dos contratados está a critério do Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro, que alocará o aprovado em uma das seguintes unidades:
Hospital Federal de Andaraí (HFA);
Hospital Federal de Bonsucesso (HFB);
Hospital Federal da Lagoa (HFL);
Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE); Hospital Federal de Ipanema (HFI);
Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF);
Instituto Nacional de Cardiologia (INC);
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO); e
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
As inscrições ficaram abertas até março, pelo site do Instituto Carlos Chagas. Os candidatos foram selecionados por avaliação de títulos e experiência profissional.
No vídeo abaixo, confira entrevista com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev RJ), Sidney Castro, sobre a carência no Ministério da Saúde e a necessidade de um concurso com mais vagas: