Muitos de nós já sentiram isso. A ideia de que, mesmo estudando, o sucesso é algo distante, talvez para os outros, mas não para nós. Esse sentimento de estagnação, de frustração, é o principal sintoma da Síndrome do Impostor, que atinge milhares de concurseiros.
Mas por que isso acontece? A síndrome do impostor não é uma falha de caráter, e sim uma sensação persistente de que você é uma fraude, mesmo com evidências de competência.
É a dúvida constante da sua própria capacidade, que pode ter raízes profundas, muitas vezes na infância, onde aprendemos que nosso valor depende de sermos perfeitos ou de não cometermos erros.
O círculo vicioso do impostor
A síndrome do impostor age como um ciclo vicioso:
- O Desafio: você se depara com uma prova, um simulado ou um novo conteúdo.
- O Pensamento sabotador: Imediatamente, vem o pensamento de que você não vai conseguir, de que é um fracasso.
- O comportamento: Como reação, você se entrega a um estudo compulsivo ou, ao contrário, evita estudar por medo de errar.
- O resultado: Mesmo que o resultado seja positivo, você o desvaloriza, atribuindo-o à sorte ou ao acaso. E o ciclo se repete.
Esse ciclo retroalimenta a ansiedade, a autossabotagem e a insegurança crônica, criando uma enorme pressão emocional.
Isso tem uma explicação biológica: quando estamos sob estresse, nosso cérebro libera uma alta dose de cortisol, o hormônio do estresse.
Ele bloqueia áreas do nosso cérebro responsáveis pelo raciocínio, concentração e memória, resultando nos temidos "brancos" e na sensação de que não sabemos de nada.
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Liberando a pressão: estratégias para mudar o jogo
Se você se identificou com esse perfil, a boa notícia é que não precisa ser assim para sempre. A nossa mente é neuroplástica, ou seja, podemos construir novas conexões neurais e padrões de pensamento mais saudáveis.
A chave está em mudar a forma como você lida com seus próprios pensamentos.
1. Identifique e questione os pensamentos sabotadores: quando a dúvida surgir, não a aceite como verdade. Questione. Se você acha que só foi bem em uma prova porque "estava fácil", pergunte-se: "Será que estava fácil mesmo, ou eu tinha o conhecimento necessário para acertar as questões?"
2. Faça um inventário de conquistas reais: sua visão está distorcida? É hora de colocar as evidências à mostra. Anote a quantidade de questões que você resolveu, as horas de estudo, os simulados que fez e as metas que alcançou. Visualize suas evoluções em um inventário. Isso vai mostrar ao seu cérebro que, sim, você é capaz e está progredindo.
3. Abandone o perfeccionismo: não é preciso saber 100% de tudo antes de começar. O perfeccionismo leva à paralisia e impede o progresso. Acredite na sua evolução, e não na perfeição.
4. Pratique a autocompaixão: aprenda a ser gentil consigo mesmo. Pare de se punir por cada erro. Errar não te invalida, te ensina. Cada erro é uma oportunidade para corrigir a rota e aprender.
5. Equilibre os hormônios do bem-estar: se o cortisol do estresse está alto, é hora de liberar outros hormônios. Pratique atividades prazerosas, como exercícios físicos, um hobby ou o simples ato de respirar e relaxar. Isso vai equilibrar seu sistema nervoso e te dará a energia e o bem-estar necessários para se manter no jogo.
Lembre-se: a dúvida não significa ausência de competência. Você tem a capacidade. É hora de confiar no seu processo, pois o seu esforço e a sua dedicação são o que realmente te levarão à aprovação.
Qual dessas estratégias você vai colocar em prática para começar a quebrar o ciclo da síndrome do impostor?
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