O reajuste salarial dos servidores públicos federais foi abordado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Haddad afirmou na última quarta-feira, 10, que este ano o reajuste não será possível pois "o orçamento já está fechado".
Já para os próximos anos, a equipe econômica está fazendo cálculos para verificar se há espaço no orçamento para efetuar o aumento para o funcionalismo.
Segundo Haddad, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) se reuniu para atender um pedido da ministra Esther Dweck para ver o espaço para reajustes até 2028.
A JEO é formada pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Gestão e pela Casa Civil da Presidência da República. Ela é a instância do governo para tomar decisões sobre o orçamento.
Ministros Haddad e Dweck abordam reajuste salarial dos servidores
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Já a ministra Esther Dweck disse, nesta quinta, 11, durante o programa 'Bom dia, ministra', relembrou que o Governo Federal já concedeu, em 2023, aumento de 9% a todos os servidores federais.
Além disso, a proposta é conceder outros 9% ao longo do mandado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos anos de 2025 e 2026. Atualmente, o governo está discutindo como proporcionar esse aumento.
O governo também realiza mesas de negociação para a reestruturação de diversas carreiras.
Durante reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, realizada na quarta, 10, o Governo Federal apresentou proposta para promover o reajuste nos benefícios dos servidores, com vigência a partir de 1º de maio de 2024.
O auxílio-alimentação, por exemplo, passará de R$658 para R$1 mil.
Além dele, os valores do auxílio-saúde e auxílio-creche serão de R$215 e R$484,90, respectivamente.
Agora, as carreiras irão consultar suas bases para dar uma resposta ao governo. Isso deverá acontecer até a próxima segunda, 15, prazo final para ser publicada a portaria reajustando os benefícios.
As negociações relativas à estruturação de carregas e reajustes de remuneração também ocorrerão nas mesas específicas e temporárias, que deverão ser instaladas até julho deste ano.
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Outra pauta discutida internamente no governo é a Reforma Administrativa.
A ministra Esther Dweck explicou nesta quinta, 11, que a atual gestão não costuma usar o termo 'reforma', pois é associado a uma lógica reducionista da força de trabalho.
Ela explicou que os trabalhos atuais são para um processo de transformação do Estado com foco no cidadão.
Segundo a ministra, já estão sendo executados projetos de transformação digital de de modernização e inovação.
A ideia atual não é fazer uma mudança na Constituição, por exemplo. O governo trabalha na aprovação de projetos de leis separados. Como por exemplo, o PL dos supersalários.
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