Número de trabalhadores com carteira assinada diminui, aponta estudo
Estudo realizado aponta queda no número de trabalhadores formal no mercado de trabalho.
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Publicado em:18/05/2022 às 13:05
Atualizado em:18/05/2022 às 13:05
Segundo levantamento feito pela LCA Consultores, o número de trabalhadores com carteira assinada no mercado de trabalho diminuiu no período entre 2014 e 2022. O grupo representou 38,1% no 1º trimestre de 2022 e segue bem distante do pico de 43% alcançado em 2014.
O estudo foi realizado a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE e representa uma queda de 2,8 milhões de contratos pela modalidade.
Por outro lado, trabalhadores por conta própria ou sem registro em carteira aumentou em 6,3 milhões em 8 anos.
Quando o assunto são os trabalhadores com carteira assinada, esse grupo representou, no 1º trimestre de 2022, 36,3 milhões, contra 39,1 milhões no 1º trimestre de 2014.
O cálculo não inclui os trabalhadores do setor público, somente os profissionais do setor privado que trabalham sob o regime CLT e que executam trabalhos domésticos com carteira assinada.
Brasil perde 2,8 milhões de trabalhadores com carteira em 8 anos
(Foto: Reprodução)
Trabalhadores por conta própria ganham espaço
Nos últimos 8 anos, a categoria de trabalhadores por conta própria teve um saltou de 22,5% para 26,5% do total de ocupados, sendo assim a que mais cresceu.
Outra modalidade que teve aumento no número de pessoas enquadradas é a de emprego sem carteira assinada, que passou de 11,6% para 12,8%.
Se considerarmos as duas formas de atividade, o número representa 39,3% do total de brasileiros com trabalho, totalizando 37,5 milhões.
O estudo também trouxe um aumento de 4,1%, de 2014 a 2022, da população com alguma ocupação no país. Ao todo, o número representa 3,8 milhões de pessoas a mais.
Desta forma, é possível concluir que a geração de renda e a expansão do mercado de trabalho tem tido como protagonista a informalidade e também pelo empreendedorismo.
Outros pontos também podem ser considerados para o encolhimento do número de brasileiros com carteira assinada como a própria crise econômica, as transformações tecnológicas e estruturais no mercado de trabalho, além da busca por trabalhos mais flexíveis.