Dia do Advogado: inspirações e dicas de aprovados no Exame da OAB

Neste Dia do Advogado, confira as histórias de Eudes e Kassia, que largaram outras carreiras para ingressar na advocacia!

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Publicado em:11/08/2020 às 05:00
Atualizado em:11/08/2020 às 05:00

Em uma sociedade justa e democrática, a advocacia tem papel fundamental. Além de defender os interesses de pessoas físicas e jurídicas, o advogado auxilia na manutenção da ordem jurídica do Estado Democrática de Direito.

Pautados por um código de ética profissional, esses profissionais colaboram com a boa aplicação das leis, além da defesa dos Direitos Humanos e da Justiça Social. E nesta terça-feira, 11, é comemorado o Dia Nacional do Advogado.

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A data é marcada pela criação do primeiro curso de Direito no Brasil, por D. Pedro I. Por isso, neste dia, FOLHA DIRIGIDA conversou com dois advogados, que contaram suas histórias e motivações, além de dicas de preparação para o Exame da OAB.

 

Dia do advogado
Nesta terça-feira, 11, é comemorado o Dia do Advogado
(Foto: Freepik)

 

Para tentar reduzir injustiças, Eudes decidiu recomeçar na advocacia

Formado em Turismo e Hotelaria, Eudes Vasconcelos já contava com mais de 20 anos de experiência e tinha conquistado o tão sonhado "sucesso profissional". Em 2016, após as Olimpíadas, ele decidiu que iria mudar de carreira.

A desigualdade no país foi um dos motivos que levou Eudes a tomar essa decisão. "Decidi que queria trabalhar com o objetivo de tentar reduzir as injustiças, ainda tão alarmantes e presentes no Brasil".

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Enquanto trabalhava na hotelaria e no turismo carioca, ele conta que presenciou diversas experiências de injustiça. Pela função social que o advogado exerce, Eudes decidiu largar o cargo de gerente geral.

"O ser humano decente deve se incomodar com o abuso do poder e nós não podemos nos conformar com tal situação, sendo um dever moral do advogado trabalhar para mitigar os efeitos dessa injustiça", enfatiza.

Para poder exercer a advocacia, só a faculdade de Direito não basta. É preciso ser aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para Eudes, o maior desafio foi escrever à mão a peça processual da segunda fase do exame. 

Eudes largou o cargo de gerente para iniciar na advocacia
(Foto: Arquivo Pessoal)


Ele conta que a experiência de outra graduação e os excelentes professores da faculdade o ajudaram a enfrentar a prova, mas frisa a necessidade de estudar. E esse estudo, por sua vez, demanda organização. "Estudar sempre é o segredo, contudo é importante planejamento e estratégia", aconselha.

O novo advogado explica que, durante a sua preparação para o Exame da Ordem, ele seguiu a seguinte estratégia:

  • No primeiro momento, fez um simulado para identificar os seus pontos fracos e onde deveria focar maior atenção nos estudos;
  • Em seguida, começou a praticar as questões;
  • E, por fim, criou o hábito de escrever uma peça a cada dia ou dois dias.

Veja também: Como fazer um planejamento de estudos para OAB?

 

'Resolver problemas' foi o que atraiu Kassia para a advocacia

Assim como Eudes, Kassia Simões também fez uma transição de carreira. Antes de começar o curso de Direito, ela trabalhava no ramo da Moda e, desde então, já havia notado a sua aptidão por resolver problemas. 

Apesar da distinção entre as áreas, ela explica que se motivava pela resolução e encerramento de casos. "Acredito que a aspiração de qualquer profissional do Direito seja solucionar os problemas das pessoas de maneira a produzir um resultado o mais ético possível", comenta.

Assim como todos os profissioanis, para poder exercer a profissão ela também precisou passar pelo Exame da Ordem. Segundo ela, no dia das avaliações, as grandes dificuldades foram a ansiedade e a segurança.

Ela explica que o segredo é conseguir se manter tranquilo durante a prova, e isso vale para ambas as fases.

"Tanto na primeira fase, quanto na segunda, é necessário não esquecer de respirar e tentar agir com calma na hora de marcar, ou redigir a peça"

Kassia saiu do ramo da Moda para ingressar no Direito 
(Foto: Arquivo Pessoal)


Para quem vai fazer o exame, a dica que ela dá é ter autoconfiança, mas também entender que uma prova não consegue medir toda a "potencialidade" de uma pessoa e que não é uma "situação de vida ou morte".

Kassia conta uma analogia que aprendeu com um professor de que "uma prova é como um retrato. Às vezes somos muito bonitos, mas na foto não saímos bem, naquele evento". Por isso, ela conta que não ir bem na prova, por algum motivo, é normal. 

Em relação à preparação para o exame, ela aconselha que quem está no início da faculdade já comece pensar na prova e organizar os estudos durante toda a graduação.

"Porque muito do que eu acertei foi através de uma lógica que nasce da Constituição e se ramifica posteriormente em segmentos. Dentro desses segmentos, veja qual mais gosta - direito público ou privado, civil ou penal, etc. -  e, dentro disso, se dedique ainda mais".

Por ser mãe e ainda trabalhar, a forma que Kassia conseguiu estudar foi através de resumos feitos durante toda a graduação. Ela conta também que estudou de madrugada, pois era o horário que tinha disponível devido às suas obrigações diárias. "Se eu consegui, todos conseguem!", finaliza.

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