PEC da Polícia Penal SP é elaborada e passa por análise da PGE
Minuta da PEC da Polícia Penal de São Paulo é elaborada pela Secretaria de Administração Penitenciária e passa por análise da PGE SP. Veja!
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Publicado em:03/11/2020 às 15:55
Atualizado em:03/11/2020 às 15:55
A minuta da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para regulamentação da Polícia Penal de São Paulo já foi elaborada. O texto foi redigido, inicialmente, pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) com a participação de sindicatos.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), por sua vez, já fez a análise da minuta. Dessa forma, agora, o texto depende do aval da Secretaria de Casa Civil e da assinatura do governador João Doria para que seja enviada ao Legislativo.
As informações foram publicadas no site da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 29 de outubro. O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) apresentou à Casa Civil um requerimento sobre o andamento da PEC.
Ele questionou sobre a demora em avaliar a PEC da Polícia Penal. "O Estado mais rico da federação, que tem o maior sistema prisional da América Latina, não dá sinal de regulamentar sua Polícia Penal. E nós sabemos por quê", afirmou o deputado.
Gianazzi completou: "A Constituição agora deixa claro que a segurança penitenciária é de prerrogativa exclusiva do Estado, com todos os seus quadros preenchidos por concurso público. E isso se choca com o projeto de privatizar os presídios".
Em dezembro de 2019, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional 104 que instituiu a Polícia Penal como órgão responsável pela segurança dos estabelecimentos prisionais dos estados.
Segundo o texto, os agentes penitenciários serão transformados em policiais penais e a regulamentação do cargo depende de cada estado. Porém, São Paulo ainda não encaminhou uma proposta para adequar a Constituição do Estado à nova ordem jurídica.
A PEC estadual será a primeira etapa para a regulamentação da nova instituição, que precisará ainda ser estruturada em lei orgânica.
Além disso, os atuais agentes de segurança penitenciária (ASP) e de escolta e vigilância penitenciária (AEVP) deverão ter seus cargos transformados por lei complementar.
Criação da Polícia Penal SP e o impacto nos concursos
Com a mudança dos agentes penitenciários para carreira policial, eles serão equiparados aos integrantes das demais polícias brasileiras. No entanto, com atribuições específicas, que serão reguladas em lei.
Transformação dos cargos de agente penitenciário em policial penal;
Equiparação dos agentes penitenciários aos policiais (poder de investigação, salários e benefícios, por exemplo);
Segurança dos estabelecimentos penais e escolta de presos (liberando a PC e PM dessas atividades).
O deputado estadual de São Paulo, Carlos Giannazi (PSOL), já tinha cobrado que o Governo do Estado encaminhe uma Proposta de Emenda Constitucional para regulamentar a Polícia Penal SP .
O assunto foi abordado na tribuna da Assembleia Legislativa no dia 14 de outubro.
"Aproveito a oportunidade para exigir que o governo encaminhe proposta de emenda constitucional regulamentando a polícia penal. Essa regulamentação já ocorreu no ano passado no Congresso Nacional e até agora São Paulo não fez sua regulamentação", destacou Giannazi.
Em alguns estados brasileiros, a Polícia Penal está em processo de regulamentação e tem concursos previstos. Como por exemplo, em Minas Gerais, Alagoas, Ceará e no Acre.
O último concurso para agente de segurança penitenciária de São Paulo ocorreu em 2017. O edital trouxe a oferta foi de 1.034 vagas, das quais 934 para homens e 100 para mulheres. Para se inscrever foi preciso ter o ensino médio completo.
Os candidatos foram submetidos a prova objetiva, prova de condicionamento físico, avaliação psicológica, investigação social e comprovação de conduta. Na época em que o edital foi publicado, o salário inicial do cargo era de R$3.548,27.