Presidente reforça urgência de novo concurso Bacen após dez anos

Há dez anos sem concurso Bacen, presidente Roberto Campos Neto reforça necessidade de um novo edital. Pedido é para 545 vagas!

Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:04/07/2023 às 09:35
Atualizado em:04/07/2023 às 10:41

Há dez anos, o Banco Central do Brasil (Bacen) não realiza novos concursos públicos. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, admitiu, no último dia 29 de junho, que há necessidade de novos funcionários. 


De acordo com ele, o Bacen passa por um momento difícil com demandas dos funcionários. Sem reposição e com acúmulo de tarefas, Campos Neto afirmou que há áreas “estranguladas”. 

"O BC tinha algumas demandas para melhorar as condições dos funcionários que não foram aprovadas no fim do governo passado, o que gerou uma insatisfação dos servidores. Temos funcionários saindo todos os anos e estamos há muito tempo sem concurso, com áreas estranguladas", afirmou o presidente. 

Campos Neto disse ainda que já conversou com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, responsável pela autorização dos concursos federais, sobre a necessidade de um aval para o Bacen.


"Conversei com a ministra da Gestão, Esther Dweck, precisamos de concursos", acrescentou. 


Segundo o presidente da instituição financeira, é preciso pensar em soluções para manter o corpo funcional do Banco Central trabalhando e fazendo as entregas. Ele citou a possível criação de um bônus de produtividade, semelhante à gratificação que foi regulamentada para auditores fiscais da Receita Federal.


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Bacen busca autorização para um novo concurso público

(Foto: Divulgação)


Sem valorização, muitos servidores do Banco Central têm saído para a iniciativa privada ou procurado outros concursos no próprio Governo Federal. 


Desde segunda-feira, 3 de julho, os servidores deram início a uma operação padrão, com a promessa de maior lentidão na prestação de serviços e paralisações parciais diárias.


Os funcionários reivindicam medidas de reestruturação de carreira, criação do bônus de produtividade e novos concursos. 

Ministra Esther diz que concurso Bacen está em análise

No último dia 16 de junho, a ministra Esther Dweck realizou uma coletiva de imprensa para anunciar a autorização de mais de 4 mil vagas em concursos federais para este ano. O Banco Central, porém, não foi contemplado.


Folha Dirigida por Qconcursos esteve presente na coletiva e questionou a ministra o motivo do Bacen não ter um concurso autorizado. De acordo com a titular da pasta, a reposição de servidores na instituição ainda está em estudo. 

"O pedido do Bacen ainda está em análise", falou a ministra.

O Banco Central solicita novo concurso com 545 vagas distribuídas entre os seguintes cargos:

  • técnico: 110 vagas;
  • analista: 410 vagas; e
  • procurador: 25 vagas.

A carreira de técnico do Banco Central requer somente o nível médio completo. Com o reajuste anunciado pelo Governo Federal, as remunerações passarão para R$8,5 mil, incluindo o novo auxílio-alimentação de R$658. 


Para o cargo de analista é preciso ter o nível superior em qualquer área de formação. Os salários, depois da aprovação no concurso Bacen, serão superiores a R$21 mil.


Já para concorrer às vagas de procurador os requisitos serão o nível superior em Direito, registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e três anos de experiência jurídica. Após o ingresso, os ganhos serão maiores a R$23 mil por mês.


A proposta é que as vagas sejam preenchidas em 2025 e 2026. No primeiro ano, seriam providos 205 cargos de analista, 55 de técnico e 13 de procurador. Já em 2026, seriam 205 de analista, 55 de técnico e 12 de procurador. 


Nos últimos anos, o Banco Central solicitou o preenchimento de 245 vagas por concurso público. Porém, os pedidos não foram atendidos. 


Quer se preparar para concursos? Então confira as próximas seleções previstas nas regiões:

À espera de concurso, Bacen tem 3 mil cargos vagos

De acordo com dados de maio de 2023, o Banco Central tem quase metade do seu quadro funcional sem preenchimento. Dos 6.470 cargos previstos em Lei, há 3.120 vagos. 


Faltam 439 técnicos, 2.538 analistas e 143 procuradores. Dessa forma, mesmo se um novo concurso for autorizado com as 545 vagas solicitadas, não será suficiente para suprir o déficit na instituição.


O último concurso Bacen ocorreu em 2013. Na época, o edital trouxe a oferta de 500 vagas para técnicos e analistas.


O Cebraspe (Cespe/UnB) foi o organizador da seleção. Os candidatos foram submetidos a prova objetiva sobre Conhecimentos Básicos e Específicos e avaliação de títulos. 


Os aprovados ainda passaram por um programa de capacitação. As provas foram aplicadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador.


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