Lei que reajusta salário em 9% é publicada pelo Governo Federal

Foi publicada a lei que reajusta o salário do servidor público federal em 9%. Pagamento iniciou em junho de 2023.

Política e Concursos
Autor:Mateus Melis
Publicado em:18/09/2023 às 12:56
Atualizado em:18/09/2023 às 13:22

Foi publicada e sancionada a Lei 14.673/2023, que reajusta o salário do servidor público federal em 9%. Além de impactar na remuneração dos cargos, o documento também eleva o auxílio alimentação de R$458 para R$658.


Conforme demonstrado pelo portal do Senado, a Lei é resultado da Medida Provisória (MP) 1.170/2023, aprovada com alterações pelo Congresso Nacional. O aumento é retroativo e começou a ser pago em junho.


O reajuste veio após negociações entre o Governo Federal e entidades sindicais das demais carreiras do poder Executivo.


A correção no salário do servidor alcançará mais de 1 milhão de pessoas (entre ativos e aposentados), com impacto orçamentário de R$9,62 bilhões em 2023 e de quase R$14 bilhões em 2024.


A publicação da Lei 14.673/2023 impacta nas remunerações iniciais dos concursos públicos já autorizados pelo Governo Federal.


Até o momento, mais de 8 mil vagas já foram anunciadas (entre novos editais e provimentos adicionais de concursos já realizados). Veja:

  • Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): agente de atividades agropecuárias (100); agente de inspeção (100); auditor-fiscal federal agropecuário (200); e técnico de laboratório (40);
  • Inmet: analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);
  • Incra: analista administrativo (137); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);
  • MEC: técnico em assuntos educacionais (220);
  • Inep: pesquisador-tecnologista em informações e avaliações educacionais (50);
  • Capes: analista em ciência e tecnologia (50);
  • FNDE: especialista em financiamento (100);
  • ICMBio (provimento-adicional): técnico (50); e analista (110);
  • MRE: oficial de chancelaria (50+50 mais cadastro);
  • INPI: analista (40); pesquisador (40); e tecnologista (40);
  • Inmetro: analista executivo (40); e pesquisador (60);
  • DNIT: analista administrativo (50); e analista em infraestrutura (50);
  • ANM (provimento adicional): especialista em recursos minerais (24);
  • MME/PGPE: administrador (30);
  • Carreiras Transversais ATE: analista de infraestrutura (300) - aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
  • Carreiras Transversais ATI: analista em tecnologia (300) - aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
  • Ministério do Trabalho e Emprego: auditor-fiscal do trabalho (900);
  • CNPq: analista em ciência e tecnologia (50);
  • Censipam: analista em ciência e tecnologia (50);
  • Ministério da Saúde - CPST e C&T: tecnologista (220);
  • Fiocruz: analista de gestão em saúde (100); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100);
  • MCTI: analista em ciência e tecnologia (296); pesquisador (253); e tecnologista (265);
  • Funai: agente em indigenismo (152); e nível superior - diversas carreiras (350); e
  • MMA: analista ambiental (98).

De acordo com o texto do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, já encaminhado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional, a expectativa é de 40.752 vagas para o poder Executivo.


Do total, 40.555 são para provimento, enquanto as demais 197 são para a criação de cargos. O texto prevê provimentos para a carreira de diplomata, efetivos militares e quadro de professores e técnicos administrativos de universidades e institutos federais.


Para cargos do Poder Executivo, a expectativa é de provimento de mais de 15 mil vagas. Apesar de não indicar o cargos, o texto prevê as 8 mil vagas já autorizadas, incluindo àquelas que estarão no Concurso Nacional Unificado.


O Concurso Nacional Unificado é liderado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A adesão é voluntária e, até o momento, os seguintes órgãos já estão confirmados, sendo eles:

Pré-confirmados

  • IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística);
  • APO (Analista do planejamento e orçamento, vinculado ao Ministério do Planejamento);
  • MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação);
  • CVM (Comissão de Valores Mobiliários); e
  • Agências Reguladoras (com exceções).

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Publicado o reajuste de 9% dos servidores do Governo Federal

(Foto: EBC)


Concurso Nacional Unificado terá vagas divididas por blocos temáticos

Também conhecido como "Enem dos Concursos", o edital unificado será dividido em blocos temáticos, conforme indicado pelo MGI. Veja:


  1. Administração e Finanças Públicas;
  2. Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
  3. Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
  4. Educação Ciência, Tecnologia e Inovação;
  5. Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
  6. Trabalho e Previdência;
  7. Dados, Tecnologia e Informação Pública; e
  8. Nível intermediário (cargos de nível médio).


Conforme apurou a Folha Dirigida por Qconursos, serão 11 editais. As inscrições poderão ser feitas no portal da banca que ficará responsável pelo Concurso Nacional Unificado.


A expectativa é de que os candidatos sejam avaliados por meio de provas objetivas, com questões gerais comum a todos os cargos, além de itens de conhecimentos específicos da área desejada. Os candidatos também serão avaliados por meio de provas discursivas.


Com o Concurso Nacional Unificado, o Governo Federal buscará democratizar o acesso ao serviço público. As provas deverão ser aplicadas em diversos polos espalhados pelo Brasil:

  • 50 na região Nordeste;
  • 49 na região Sudeste;
  • 39 na região Norte;
  • 23 na região Sul; e
  • 18 na região Centro-Oeste.