Após conclusão de estudos, SMF-Rio deve definir comissão do concurso
A Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro (SMF-Rio) deve definir comissão do concurso após conclusão de estudos.
Autor:
Publicado em:10/10/2019 às 15:03
Atualizado em:10/10/2019 às 15:03
Após a realização de constantes estudos internos para o novo concurso da Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro (SMF-Rio), o órgão já identificou quantitativos de pessoal com potencial de aposentadoria em um futuro próximo. O passo seguinte será a formação da comissão organizadora.
Segundo a Assessoria de Imprensa da SMF-Rio, a comissão ainda será definida. Procurado pela reportagem da FOLHA DIRIGIDA o departamento informou que ainda são necessários alguns procedimentos internos referentes ao concurso.
Entretanto não foram informados detalhes sobre do que se tratam esses procedimentos. A assessoria voltou a afirmar que mais detalhes sobre a seleção serão divulgados oportunamente em meios de comunicação oficial.
A boa notícia é que o concurso para ingresso de novos servidores está confirmado para 2020. Além das futuras vacâncias que surgirão em breve, os esforços para aumentar a arrecadação no município reforçam a necessidade do concurso.
O presidente do Sindicato Carioca dos Fiscais de Renda do Rio de Janeiro (Sincaf-Rio), Luiz Antonio Barreto, enxerga o novo concurso SMF-Rio como "um alívio para a cidade".
"A cada dia sem o ingresso de novos servidores, a situação tende a ficar mais crítica. A falta de fiscais prejudica a arrecadação. Esperamos que o novo concurso seja aberto o mais breve possível, ainda mais porque as provas são complexas. Então, levará tempo até que os aprovados entrem", defendeu.
A própria prefeitura já reconheceu a necessidade de esforços na área fiscal do município. Em maio, a SMF-Rio apresentou iniciativas, como o uso de ferramentas de inteligência artificial e a formação de uma equipe especial, para atuar na cobrança de devedores.
Em julho, o secretário municipal de fazenda, Cesar Barbiero, explicou o déficit nas contas públicas do município, que chegam a 2,8 bilhões, valor decorrente da crise enfrentada pelo município desde 2014. A ideia é recuperar o valor até dezembro de 2020, quando encerra o mandato da atual gestão.
Para alcançar a meta, será necessário aumentar a arrecadação no município. Desse modo, a secretaria precisará de novos fiscais trabalhando na aplicação de estratégias para a melhoria da arrecadação.
Cargo de fiscal de rendas é um dos mais aguardados
A SMF-Rio ainda não confirmou o quantitativo de vagas e os cargos que serão oferecidos nesse concurso. No entanto, a expectativa pela função de fiscal de renda, que tem como requisito o nível superior, é alta. Atualmente, a remuneração inicial para a carreira é de R$23.876,91.
O valor é composto pelo vencimento básico de R$1.740,51, a gratificação de produtividade fiscal, de R$18.532,80 e a gratificação complementar de R$3.603,60. A remuneração ainda pode chegar a R$40.413,80, após mais de dez anos de tempo de serviço.
Também há expectativa pelo cargo de agente de fazenda. A exigência para a função é o nível médio completo. A remuneração é de R$9.214,54, já contando o vencimento básico, de R$1.492,54; a gratificação de desempenho fazendário, de R$6.177,60; e a gratificação complementar de R$1.544,40.
Por fim, espera-se que sejam ofertadas vagas para agente de trabalhos de engenharia, cujo requisito é o nível médio/técnico em Edificações e registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). A remuneração inicial é de R$1.199,24, somando o vencimento básico de R$1.021,04 e o auxílio-transporte de R$178,20.
SMF-Rio realizou último concurso em 2010
As três funções mencionadas foram oferecidas no concurso de 2010, cuja oferta foi de 95 vagas. A distribuição foi feita da seguinte forma: fiscal de rendas (38), agente de trabalhos de engenharia (38) e agente de fazenda (19).
A empresa responsável por organizar a seleção foi a Esaf. Os candidatos foram submetidos à realização de provas objetiva e discursiva.
A prova objetiva de agente de fazenda e agente de trabalhos de engenharia, que exigiam o nível médio e técnico, respectivamente foi composta por itens de
Língua Portuguesa;
Raciocínio Lógico;
Informática;
Conhecimentos Básicos de Direito Administrativo;
Conhecimentos Básicos de Direito Constitucional;
Legislação Específica;
Ética do Servidor na Administração Pública.
Já para fiscal de renda cuja exigência é o nível superior, a prova teve itens de:
Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico-Quantitativo
Conhecimentos Básicos de Informática
Conhecimentos Básicos de Direito Administrativo
Conhecimentos Básicos de Direito Constitucional
Conhecimentos Básicos de Direito Tributário
Processo Administrativo
Ética do Servidor na Administração Pública
Processo Administrativo Tributário
Na prova discursiva, apenas para fiscal de renda, os candidatos deveriam desenvolver o tema apresentado, em no mínimo 40 linhas e no máximo 60.