A divulgação do edital e a abertura das inscrições do Concurso Nacional Unificado (CNU) em 2025 estão previstas para junho. O prazo foi passado ao Qconcursos Folha Dirigida por fontes do Governo Federal ligadas à organização do processo.
Ainda de acordo com as fontes, o CNU terá vagas para Agências Reguladoras que não foram contempladas na última edição, como a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também contará com oferta de vagas. Os cargos e escolaridades não foram revelados.
A Ancine, ANP e Iphan ainda não contam com autorização de novos concursos. As portarias autorizativas devem sair nos próximos dias.
CNU 2025 deve ter edital e inscrições no mês de junho
(Foto: Agência Senado)
Na quarta-feira, 23, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já tinha adiantado que a segunda edição do CNU contaria com cargos que ainda não tinham autorização publicada, mas que estão no radar do governo.
A estimativa, segundo a ministra, é que a oferta total do Concurso Unificado seja de 3 mil vagas.
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A ministra Esther Dweck já confirmou que o novo Concurso Unificado trará vagas, por exemplo, para as duas novas carreiras transversais do Poder Executivo, criadas no final do ano passado. São elas:
Ambas as carreiras exigem o nível superior e ainda precisam de autorização de concurso por parte do governo.
Elas são consideradas transversais por terem um exercício descentralizado, isto é, podem atuar em diferentes órgãos da Administração Pública Federal Direta, a depender da necessidade.
Ainda de acordo com a ministra, outras áreas, como Saúde e a Administrativa, também serão contempladas no próximo Concurso Unificado.
Alguns órgãos que já contam com aval adiantaram a intenção de participar do CNU 2025:
O Ministério da Saúde, por sua vez, revelou que avalia a chance de participar da edição do CNU. A pasta tem aval para preencher 319 vagas efetivas.
Questionadas pela reportagem, fontes do Governo Federal afirmaram que o novo CNU deve contar com vagas para cargos de nível médio, mas em pouca quantidade.
Até o final deste mês de abril, está prevista a divulgação do termo de referência do concurso, que será usado para a escolha da banca organizadora. Segundo a ministra Esther Dweck, o documento já está pronto.
O termo de referência, também chamado de projeto básico ou projeto de edital, reúne dados importantes do concurso, como vagas, cargos, órgãos participantes e estrutura de provas.
"Acabei de saber que o Termo de Referência está pronto, e a gente está com a expectativa de publicá-lo ainda esta semana ou, no máximo, no início da semana que vem. Lá estarão previstos o número e quais serão as vagas, algumas, inclusive, que ainda não tiveram autorização", informou a ministra, em participação no CNN Talks na quarta, 23.
Com o documento concluído, será iniciado o processo de escolha da banca organizadora. Grandes instituições brasileiras receberão o projeto para que possam compreender a estrutura e propor valores para organizar o Concurso Unificado.
Na primeira edição do Concurso Unificado, realizada no ano passado, a Fundação Cesgranrio foi a escolhida como a organizadora. Uma nova chamada pública não tira a banca da disputa.
A Fundação Cesgranrio ainda poderá ser contratada, mas terá a concorrência de outras grandes bancas interessadas no processo. A banca definida será responsável por receber as inscrições do concurso, elaborar e aplicar as provas em mais de 200 municípios espalhados por todo o país.
Com a contratação da banca, o cronograma do concurso poderá ser concluído e o edital publicado. A estimativa, segundo a ministra Esther Dweck, é para que as provas aconteçam em setembro ou outubro.
A divisão das vagas por blocos temáticos será mantida. Porém, o Ministério da Gestão e Inovação já confirmou que o CNU 2025 terá apenas um edital para todos os blocos.
Na primeira edição do concurso, em 2024, foram divulgados oito editais separados.
O governo prepara outras mudanças e ajustes baseados nos aprendizados do primeiro CNU. A reportagem do Qconcursos Folha Dirigida listou todas as alterações já anunciadas. Confira aqui!
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Por mais que não tenha uma autorização formal, o Instituto Nacional do Seguro Social já trabalha nos preparativos para um novo concurso INSS. Conforme a autarquia, há o interesse em participar do próximo Concurso Nacional Unificado.
A informação foi passada pela Assessoria de Comunicação Social do INSS no dia 11 de abril.
"Sim, o INSS estuda a possibilidade de adesão ao Concurso Público Nacional Unificado, mas ainda não há confirmação", disse o INSS, em resposta à reportagem.
Vale pontuar que, em janeiro, o ministro Carlos Lupi manifestou o desejo de lançar um novo edital do concurso INSS com mil vagas para o cargo de analista do seguro social.
Segundo o ministro, a próxima seleção deverá contemplar oportunidades para todos os cargos de nível superior.
Ainda não há uma confirmação se o concurso INSS será autorizado e se as vagas serão incluídas no edital unificado.
Já a Polícia Federal, que conta com vagas autorizadas para novos concursos PF nas áreas Administrativa e Policial, confirmou que não estará no CNU 2025. A corporação prepara seus editais de forma própria e já escolheu o Cebraspe como organizador.
O CNU consiste em uma iniciativa do Governo Federal para o recrutamento de novos servidores do Poder Executivo.
Nesse modelo, é possível se candidatar a diversas carreiras dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma taxa de inscrição.
Outra inovação é na ampliação dos locais de prova. Os exames do CNU são aplicados em mais de 200 cidades do país, em todas as regiões.
Antes, a maioria dos concursos federais era feita apenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília DF.
A primeira edição, aberta em 2024, ofereceu 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.
A convocação dos primeiros aprovados está prevista para o mês de maio. No total, 4.335 aprovados nas carreiras que não têm curso de formação serão chamados.
