De acordo com as informações publicadas, a entidade firmou, no Núcleo Central de Conciliação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um acordo judicial para garantir a continuidade da seleção.
Devido ao compromisso assumido pelo MGI, 32.260 novos candidatos foram reintegrados e considerados habilitados para a correção da prova discursiva.
Segundo dados do governo, desse total, 4.325 são candidatos que tiveram a possibilidade de identificação do tipo prova no cartão-reposta mesmo não tendo preenchido o tipo de prova ou escrito a frase de segurança.
O restante desses novos candidatos habilitados à correção das provas discursivas e redações concorrem às vagas para pessoas negras, em cumprimento à Instrução Normativa nº 23.
Os resultados das provas objetivas, para os candidatos incluídos, serão divulgados no dia 25 de novembro.
As notas preliminares das provas discursivas e das redações serão divulgadas no dia 9 de dezembro.
Anteriormente previsto para ser divulgado nesta quinta-feira, 21, o resultado final agora está previsto para o dia 11 de fevereiro de 2025.
Confira o cronograma completo abaixo:
Divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos incluídos: 25 de novembro de 2024
Envio de títulos: 4 e 5 de dezembro de 2024
Análise de títulos: 6 de dezembro de 2024 até 10 de janeiro de 2025
Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações: 9 de dezembro de 2024
Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas das provas discursiva e redações: 9 e 10 de dezembro de 2024
Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações: 20 de dezembro de 2024
Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros: 23 de dezembro de 2024
Perícia médica (avaliação biopsicossocial) dos candidatos que se declararem com deficiência: 6 a 10 de janeiro de 2024
Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas: 11 e 12 de janeiro
Resultado preliminar da avaliação de título: 15 de janeiro de 2025
Prazo para interposição de eventuais recursos quanto ao resultado preliminar da avaliação de títulos: 15 e 16 de janeiro de 2025
Divulgação dos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência: 17 de janeiro de 2025
Prazo para interposição de eventuais recursos quanto aos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência: 17 e 18 de janeiro
Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da avaliação de títulos: 11 de fevereiro
Previsão de divulgação dos resultados finais: 11 de fevereiro.
Em coletiva realizada na manhã desta quinta, 21, o coordenador-geral de Logística do CNU, Alexandre Retamal, informou que a retificação do cronograma terá impacto de 3,5% (cerca de R$4,5 milhões) no valor total da seleção (R$130 milhões).
Qconcursos Folha Dirigida acompanhou a coletiva do MGI. Veja os detalhes no vídeo abaixo:
Entenda a polêmica do CNU
A polêmica em torno da eliminação ou não dos candidatos, chamados nas redes de "sem bolinhas", iniciou após a aplicação das provas do CNU.
Por meio das mídias sociais, diversos inscritos alegaram o despreparo de fiscais, que, pela falta de informações no dia das provas, levaram candidatos a não marcarem corretamente os gabaritos e/ou a transcrição da frase do caderno de questões.
Tais candidatos foram, em um primeiro momento, eliminados do CNU.
Conforme indicado no portal do MGI, o acordo pela continuidade da seleção contou com a participação de membros do Ministério Público Federal, membros da Advocacia-Geral da União, membros da consultoria jurídica junto ao MGI, além da Fundação Cesgranrio.
O acordo foi submetido e homologado pelo desembargador Carlos Pires Brantão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Pontos do acordo
De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação, o acordo envolveu não apenas o retorno de candidatos que deixaram de transcrever o número do gabarito e a frase constante na capa do caderno de questões, mas também os seguintes aspectos:
garantir a correção, em quantidade equivalente à dos candidatos de ampla concorrência, nos termos do item 7.1.2.2.1 do Edital e da Instrução Normativa MGI nº 23/2023, das provas discursivas e redações de candidatos concorrendo a vagas reservadas para negros que atingiram a nota mínima; e
proceder à retificação dos editais dos Blocos 4 e 5 do CPNU para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS), de modo a incluir a prova de títulos como etapa classificatória, nos termos exigidos pelo art. 4º da Lei nº 12.094, de 19 de novembro de 2009, garantindo a equivalência com os pesos previstos na Tabela 1 do edital do Bloco 2 para o mesmo cargo.
De acordo com o Ministério da Gestão, a maior parte dos 32 mil candidatos reintegrados ao CNU está relacionada à controvérsia sobre o número de provas discursivas corrigidas, para candidatos de cotas raciais, inferior ao previsto no edital e na Instrução Normativa MGI nº 23/2023.
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Resultado final do CNU será divulgado em 11 de fevereiro de 2025
(Foto: Ramiro Lucena/Folha Dirigida por Qconcursos)
De acordo com documento encaminhado pela pasta da Gestão, os órgãos deveriam manifestar interesse em participar da nova edição até o dia 8 de novembro.
A realização de um novo Concurso Nacional Unificado é um desejo do MGI.
De acordo com a ministra da Gestão, Esther Dweck, o órgão tem realizado uma avaliação detalhada sobre os pontos positivos e o custo-benefício de uma nova seleção unificada.
Retificação do cronograma atrapalha novo CNU?
A coletiva desta quinta-feira, dia 21, também contou com a presença da consultora Jurídica do Concurso Nacional Unificado, Karoline Busato.
Segundo ela, a retificação do cronograma da primeira edição do CNU não interfere na realização de uma nova edição do Concurso Nacional Unificado, prevista para 2025.
"Esse acordo em nada atrapalha uma segunda edição. Ele apenas nos traz aprendizados, amadurecimento e, certamente, auxiliará, inclusive, nas opções que a Gestão deverá tomar para uma segunda edição, com ainda mais segurança", reforçou.
Retamal confirmou a consulta aos órgãos e informou que, até o momento, não há uma data definida para a decisão acerca de uma possível nova edição do CNU.
De acordo com o coordenador-geral de Logística do CNU, o MGI deverá divulgar em breve informações sobre a realização do Concurso Nacional Unificado de 2025.
"Foi feita uma consulta aos órgãos, os dados estão consolidados, e há também a questão orçamentária a ser avaliada, até que possamos chegar a uma definição sobre quando e como será o próximo Concurso Público Nacional Unificado", informou Retamal.
De acordo com fontes ligadas ao Governo Federal, consultadas pelo Qconcursos Folha Dirigida, a definição sobre o CNU 2025 deverá sair no mês de dezembro.
Primeira edição do CNU ofertou mais de 6 mil vagas
Sob a organização da Fundação Cesgranrio, o edital da primeira edição do Concurso Nacional Unificado foi destinado ao provimento de 6 mil oportunidades em diversos órgãos federais, tais como Previc, AGU, Ministério da Justiça, IBGE, entre outros, com salário que poderiam passar dos R$20 mil.
As vagas da seleção foram divididas em oito blocos temáticos:
Bloco 1 - Infraestrutura, Exatas e Engenharias - 727 vagas;
Bloco 2 - Tecnologia, Dados, e Informação - 597 vagas;
Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas - 530 vagas;
Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor - 971 vagas;
Bloco 5- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - 1.016 vagas;
Bloco 6 - Setores Econômicos e Regulação - 359 vagas;
Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública - 1.748 vagas; e
Todos os candidatos do CNU foram avaliados por meio de provas objetivas e discursivas. Os exames ocorreram nos turnos da manhã e da tarde, no dia 18 de agosto.
Pela manhã, os concorrentes nos blocos de nível superior (1 a 7) responderam a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Para obloco de nível médio (8), os inscritos responderam a 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
Já na parte da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), foram cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Já os candidatos no bloco de nível médio (8) realizaram mais 40 questões objetivas.