A estimativa é de que os retornos sobre a adesão sejam enviados até o início de novembro. De acordo com fontes do Governo Federal, a maioria dos órgãos está disposta a participar.
Porém, até o final do ano, mais de mil vagas ainda serão autorizadas. A intenção é que os órgãos que receberão aval também sejam convidados a aderir à segunda edição do Concurso Unificado.
Desta forma, a definição final sobre o concurso só poderá ser feita em dezembro. Além disso, o governo também realiza um estudo sobre a efetividade da primeira edição, realizada este ano, para entender se terá um segundo concurso em 2025 ou não.
"O mais importante para a gente tomar a decisão final é fazer uma boa análise de tudo o que deu certo, do que precisa aprimorar", disse a ministra da Gestão, Esther Dweck, em entrevista ao jornal Jota.
Segunda edição do CNU está em análise pelo Governo Federal
(Foto: Agência Senado)
O CNU é um modelo inédito de seleção de servidores para o Poder Executivo Federal. A primeira edição disponibilizou 6.640 vagas em mais de 20 órgãos e autarquias.
Nesse modelo, o candidato realiza uma inscrição e uma única prova para disputar vagas em diversas carreiras e órgãos.
O Concurso Unificado também é pioneiro ao ser realizado em 228 cidades de todo o país. Antes, os concursos federais eram feitos apenas em Brasília DF ou se restringiam às capitais dos estados.
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Ibama, ICMBio e outros órgãos não devem participar do CNU 2025
Para viabilizar essa nova edição, o governo precisa ter a adesão mínima de órgãos com autorização para provimento de vagas.
Alguns desses órgãos já iniciaram os trâmites, como, por exemplo, a escolha da banca organizadora. É o caso do Ibama e do ICMBio, por exemplo.
Veja a lista completa dos que não devem aderir ao CNU 2025:
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama);
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio);
- Agência Nacional de Mineração (ANM);
- Superintendência de Seguros Privados (Susep);
- Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
- Agência Espacial Brasileira (AEB).
Todas as entidades citadas acima já estão na etapa de escolha da banca para organização de seus concursos de forma independente. No caso da Agência Nacional de Mineração, o Cebraspe já até foi contratado.
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) também já informou, em ofício enviado ao MGI, que não tem interesse em participar do novo concurso. Isso por já estar em etapa avançada para a contratação da banca.
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já publicaram seus editais, portanto, também não estarão no CNU.
Saiba quais órgãos poderão aderir ao novo CNU
Além dos órgãos citados acima, o Governo Federal já autorizou concursos para outras entidades, como:
Nesse caso, é possível que os órgãos, autarquias e ministérios possam aderir ao CNU.
A Fundação Joaquim Nabuco, por sua vez, já manifestou interesse em participar da segunda edição do CNU.
Em despacho acessado pelo Qconcursos Folha Dirigida, a diretora de Planejamento e Administração da Fundaj, Aida Maria Monteiro, confirmou a informação:
"Informamos que a Fundaj irá participar do Concurso Nacional Unificado em 2025", disse a diretora.
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Mais de 1,7 mil vagas ainda devem ser autorizadas este ano
O Governo também espera autorizar mais 1.704 vagas em concursos federais até o final deste ano, segundo apurado pela reportagem do Qconcursos Folha Dirigida.
Órgãos da Cultura, a área Administrativa da Polícia Federal, além dos Ministérios das Relações Exteriores, Ministério da Saúde, Ministério da Fazenda e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos devem contar com avais.
Por isso, ainda há muitos órgãos que podem aderir à proposta de um novo Concurso Nacional Unificado.
Saiba como foi a primeira edição do CNU
Os editais da primeira edição do CNU foram destinados ao provimento de 6.640 em diversos órgãos federais, tais como Previc, AGU, Ministério da Justiça, IBGE, entre outros, com salário de até R$20 mil.
As oportunidades foram agrupadas em oito blocos temáticos, sendo eles:
- Bloco 1 - Infraestrutura, Exatas e Engenharias - 727 vagas;
- Bloco 2 - Tecnologia, Dados, e Informação - 597 vagas;
- Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas - 530 vagas;
- Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor - 971 vagas;
- Bloco 5- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - 1.016 vagas;
- Bloco 6 - Setores Econômicos e Regulação - 359 vagas;
- Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública - 1.748 vagas; e
- Bloco 8 - Nível Intermediário - 692 vagas.
Ao todo, o CNU reuniu 2.114.145 inscritos, conforme indicado na última atualização do MGI.
Com organização da Fundação Cesgranrio, todos os candidatos do CNU foram avaliados por meio de provas objetivas e discursivas. Os exames ocorreram nos turnos da manhã e da tarde, no dia 18 de agosto.
Pela manhã, os concorrentes nos blocos de nível superior (1 a 7) responderam a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Para o bloco de nível médio (8), os inscritos responderam a 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
Já na parte da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), foram cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Já os candidatos no bloco de nível médio (8) realizaram mais 40 questões objetivas. Os resultados da primeira edição do CNU já foram divulgados.