Mascarenhas ainda disse que o governo tem pressa para realizar este concurso e que trabalha na reestruturação da carreira para poder contratar.
As tratativas estão em vigor junto ao Ministério da Gestão e Inovação, que anunciará novidades nesta terça, 18.
As informações foram passadas pelo secretário em entrevista ao portal Convergência Digital.
“A carreira de ATI uma discussão real. A própria ministra brigou muito para o concurso sair na primeira leva, é prioridade da prioridade. E obviamente tem uma revisão que envolve o salário, como endereçar, questões de competência. Temos um diálogo franco sobre as discussões internas, jurídico, gestão de pessoas. Mas o problema está endereçado de forma real e concreta”, disse Mascarenhas.
O secretário enfatizou que o concurso já foi autorizado e que o objetivo, agora, é agilizar a proposta de mudança na carreira, de forma célere, uma vez que a demanda é grande.
“Queremos resolver [a carreira] antes do concurso sair. Temos um desenho muito da espinha dorsal trazida pela própria associação dos ATIs [Anati]. As análises foram feitas em cima dessa espinha dorsal. A procura é por transformar em uma carreira que, dentro da esfera do governo federal, seja compatível e atrativa para termos esse profissional. A nossa expectativa é já ter condições de estar empossando nos primeiros meses de 2024. Até pela demanda dos órgãos, pelas necessidades. E também trabalhamos os critérios de como a distribuição desses profissionais será feita", explica o secretário.
As informações foram passadas, em abril, pela Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (ANATI), com nomeações a partir do próximo ano.
O concurso para carreiras transversais foi autorizado pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI) no último dia 16 de junho, junto ao pacote com mais de 4 mil vagas.
Ao todo, são 600 vagas para as carreiras transversais, sendo elas: analista em Infraestrutura (AIE) e analista em Tecnologia da Informação (ATI).
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Secretário Rogério Mascarenhas fala sobre novo concurso ATI
(Foto: Washington Costa/MF)
Na época, a reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos confirmou as informações junto ao diretor presidente da ANATI, Thiago Aquino Lima.
"Sabemos da dificuldade e da situação caótica de várias outras carreiras, no entanto estamos trabalhando forte para que prospere essa reestruturação e concurso, já para o primeiro trimestre do ano de 2024. O Governo entende a importância desse cargo para sustentação das políticas públicas por meio do digital, e para sustentação dessas políticas públicas é necessário valorizar o cargo e realizar concursos", disse Thiago.
Já o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, pasta que é responsável por analisar e autorizar os concursos federais, informou que "está analisando todas as demandas por concurso público encaminhadas pelos órgãos e entidades do Executivo Federal civil visando recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas".
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Carreira de analista em TI exige nível superior
A carreira de analista em Tecnologia da Informação (ATI) é integrante do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), e foi criada por meio da Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006. O requisito é ter nível superior completo em qualquer área reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Último concurso para analista em TI ocorreu em 2013
Há dez anos, foi publicado o edital do último concurso para analista em Tecnologia da Informação (ATI). A oferta inicial foi de 51 vagas para a carreira. Posteriormente, foi autorizado o acréscimo de 149 vagas, totalizando 200 oportunidades.
Todas as chances foram para lotação em Brasília. Com organização da Funrio, o concurso foi composto por provas objetivas, discursivas e avaliação de títulos.
Na etapa objetiva, os candidatos tiveram que responder a questões sobre as seguintes disciplinas:
- Língua Portuguesa;
- Direito Administrativo;
- Direito Constitucional;
- Administração Pública;
- Governança e Gestão de Tecnologia da Informação;
- Desenvolvimento de Sistemas;
- Engenharia de software;
- Segurança da Informação;
- Infraestrutura de Tecnologia da Informação;
- Rede de Computadores;
- Banco de Dados e Gestão da Informação.
Já a prova discursiva cobrou uma questão sobre um tema associado ao conteúdo programático das disciplinas Governança e Gestão de Tecnologia da Informação, Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de software, Segurança da Informação, Infraestrutura de Tecnologia da Informação, Rede de Computadores e Banco de Dados e Gestão da Informação.
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