Exclusivo! Diretor do Ibama fala sobre novo concurso em 2023

Em entrevista exclusiva, diretor do Ibama explica sobre o novo concurso, convocação de excedentes e priorização de carreiras de nível superior. Veja!

Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:21/06/2023 às 16:15
Atualizado em:31/07/2023 às 04:30

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis apresenta, atualmente, quase 50% dos cargos efetivos vagos. Para reverter o déficit de pessoal, a autarquia busca autorização para um novo concurso Ibama, com 2.400 vagas. 


Em entrevista exclusiva à Folha Dirigida por Qconcursos, em Brasília, o diretor de Planejamento, Administração e Logística do Ibama, Gustavo Henrique Moreira Alvares da Silva, falou sobre a chance de concurso em 2023 e o que precisa ser feito para que o próximo edital seja publicado. 


De acordo com o diretor, para o novo concurso, foram priorizadas carreiras de nível superior. Das 2.400 vagas solicitadas ao Governo Federal, 900 são para analista administrativo e 1.500 para analista ambiental. 


Ambas exigem graduação em qualquer área e oferecem salários iniciais de R$10 mil mais benefícios. O diretor explicou porque os cargos de nível médio não foram incluídos no pedido. 

"Fizemos uma solicitação agora para cargos de nível superior, porque no concurso passado foram abertas mais de 400 vagas para técnico ambiental, de nível médio, e eles vêm nos ajudando de forma muito importante. Então, cremos que agora vamos fortalecer as vagas de nível superior", disse.

Questionado sobre a possibilidade do novo concurso Ibama ocorrer ainda em 2023, o diretor ressaltou que há uma agenda a ser cumprida.


A primeira delas é a convocação de 257 excedentes da última seleção, aberta em 2021, sendo 24 analistas administrativos, 100 analistas ambientais e 133 técnicos ambientais.

"A legislação é clara: só pode fazer um novo concurso se não existirem aprovados na seleção anterior. A ideia é chamar os 257 excedentes para, depois, seguir na agenda do novo concurso". 

Assista a entrevista na íntegra com o diretor do Ibama sobre o concurso!

Transformação de cargos no Ibama também está em pauta

Outro ponto solicitado pelo Ibama é a transformação de 1.174 cargos vagos de técnico administrativo (nível médio) em 379 cargos de analista administrativo (nível superior) e 159 cargos de analista ambiental (nível superior), sem que isso represente aumento de recursos. 


Somente com a transformação desses cargos, mediante decreto presidencial e da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, um novo concurso poderá ser feito. 


"A gente está buscando dar uma reformulada nesse quantitativo de vagas, para poder chegar nessas 2.400 vagas de analista", esclareceu o diretor de Planejamento, Administração e Logística do Ibama.


Dessa forma, segundo o diretor, é preciso primeiro convocar os excedentes da seleção de 2021, transformar os cargos para, depois, realizar o novo concurso. 


Porém, como o Governo Federal tem uma preocupação grande com a área Ambiental, a expectativa é que esses processos ocorram no curto espaço de tempo, ainda em 2023.


O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já falou por diversas vezes sobre a necessidade de concurso e mais servidores no Ibama.


Segundo o diretor, já existe uma comissão interna no Ibama trabalhando no conteúdo programático das provas e também na alocação da força de trabalho. Isto é, em quais áreas há maior necessidade de servidores. 

“O concurso será nacional, com possibilidade de trabalho nas 27 unidades da federação. Lembrando que temos uma carência grande na Amazônia, precisamos de pessoas trabalhando na região. Mas isso não significa que os estados de outras regiões não serão contemplados. Muito pelo contrário. Hoje, no Ibama, temos uma carência grande em todas as unidades da federação”, disse Gustavo.

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Diretor do Ibama explica sobre novo concurso e chamada de excedentes

(Foto: Ramiro Lucena)

Leia os principais trechos da entrevista com o diretor do Ibama

Folha Dirigida por Qconcursos: O presidente Lula já anunciou um novo concurso para o Ibama. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também já afirmou que um novo concurso Ibama será autorizado. Porém, oficialmente, o Ibama não foi incluído no primeiro pacote de autorizações de concursos federais. Diante disso, como estão os preparativos para o concurso? O Governo Federal já indicou um sinal verde para a seleção? 


Gustavo Henrique: A gente já esperava que o Ibama não fosse anunciado nesta autorização porque tem um concurso, realizado em 2021, ainda vigente. Então, a gente tem aprovados nesse concurso e a legislação é clara: só pode fazer um novo concurso se não existirem aprovados na seleção anterior. A ideia é chamar os 257 excedentes (24 analistas administrativos, 100 analistas ambientais, 133 técnicos ambientais) para, depois, seguir na agenda do novo concurso. 


FD por QC: A estimativa é que a convocação dos excedentes possa ocorrer ainda em 2023?


GH: Sim, em 2023. Para isso existe um trabalho do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e da ministra Marina Silva junto ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), para que a gente possa chamar essas pessoas. E, assim, liberar a agenda do próximo concurso de 2.400 vagas. 


Legalmente, a gente só pode abrir um concurso quando não tiver nenhum aprovado no concurso vigente. Esse concurso tem a data de vigência até 2023. A ideia é que a gente consiga esgotar essa agenda para partir para o próximo concurso.


FD por QC: Quantas vagas foram solicitadas ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos este ano? E para quais cargos?


GH: Foram solicitadas 2.400 vagas, sendo 900 para analista administrativo e 1.500 vagas para analista ambiental. Fizemos uma solicitação agora para cargos de nível superior porque no concurso passado, foram abertas mais de 400 vagas para técnico ambiental, de nível médio, e eles vêm nos ajudando de forma muito importante. Então, cremos que agora vamos fortalecer as vagas de nível superior.


FD por QC: A ministra da Gestão, Esther Dweck, já afirmou que o governo deve priorizar as vagas de nível superior. No caso do Ibama, há perspectiva de vagas também para os cargos de técnico, de nível médio, ou a oferta será apenas para nível superior? Por quê?


GH: A gente valoriza as carreiras de nível médio e de nível superior. Os técnicos no Ibama têm papel fundamental, prestam apoio tanto técnico-administrativo, quanto técnico-ambiental. Só que, como a gente já teve o preenchimento dessas vagas, no concurso de 2021, a gente vê que é o momento de fortalecer e preencher os quadros de nível superior. 


FD por QC: Dentro das 2.400 vagas solicitadas, quais áreas serão contempladas?


GH: Na carreira de analista administrativo, a gente vai trabalhar com os conhecimentos administrativos de gestão de pessoas, de gestão administrativa, gestão de Tecnologia da Informação, na parte de licitações, contratos, na gestão e execução das ações administrativas. 


E a gente também tem a área mais específica do Ibama, existe uma comissão trabalhando nas temáticas do que será solicitado. Mas, não foge muito da atividade finalística do Ibama, como proteção ambiental, fiscalização, qualidade, monitoramento, uso sustentável dos recursos ambientais. Também temos questões ligadas ao licenciamento. 


Para se candidatar aos cargos de analista do Ibama é preciso ter nível superior em qualquer área. Porém, nas provas do concurso serão cobradas questões ligadas à atividade de suporte e administrativas.


FD por QC: O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, informou que já existe uma comissão trabalhando nos preparativos do novo concurso. O que já tem sido feito para o próximo edital?


GH: Nesse edital, a gente estuda basicamente o que será solicitado (nas provas), os temas que são mais importantes, mais modernos, que exigem mais da nossa força de trabalho, que são importantes para sociedade. É interessante a gente trazer pessoas com o perfil que a sociedade está precisando e isso muda de tempos em tempos. Há uma evolução de conteúdos. Então tem uma equipe com conhecimento finalístico do órgão muito grande trabalhando isso. 


E, obviamente, a gente também estuda questões de alocação de força de trabalho, como essas vagas serão distribuídas no Brasil. Lembrando que o concurso será nacional, com possibilidade de trabalho nas 27 unidades da federação. As vagas devem ser regionalizadas, mas isso ainda está sendo fechado. 


Lembrando que temos uma carência grande na Amazônia, a gente precisa de pessoas trabalhando na região. Mas isso não significa que os estados de outras regiões não serão contemplados. Muito pelo contrário. Hoje, no Ibama, temos uma carência grande em todas as unidades da federação.


FD por QC: Outro ponto discutido no Ibama é a transformação de 1.174 cargos vagos de técnico administrativo (nível médio) em 379 cargos de analista administrativo (nível superior) e 159 cargos de analista ambiental (nível superior), sem que isso represente aumento de recursos. Como está esse processo? O novo concurso só será realizado após a transformação desses cargos?


GH: A legislação da carreira do Ibama permite que cargos sejam transformados de acordo com a necessidade. Essas transformações são feitas por decreto e não pelo Legislativo. A gente está buscando dar uma reformulada nesse quantitativo de vagas para poder chegar nessas 2.400 vagas de analista.


FD: Há uma estimativa de quanto o novo edital será publicado? E as provas quando devem acontecer?


GH por QC: A gente ainda depende de algumas etapas, como fechar a questão dos excedentes, transformar os cargos e fazer o concurso. É lógico que a gente está buscando viabilizar essa agenda com a maior rapidez, porque é uma prioridade do governo. Mas, eu acho que as pessoas acompanhando essa agenda, chamou os excedentes, zerou a fila do concurso passado, naturalmente é uma agenda de fortalecimento do Ibama. Então, a gente vai conseguir sentir essas datas à medida que esses processos forem se concretizando.


FD: A presidência do Ibama vem sinalizando que há “meio Ibama atualmente”. Apenas 53% dos cargos estão preenchidos. É possível informar o total do déficit do instituto por cargo?


GH: A gente tem em torno de 2.600 cargos vagos, quase 50% dos cargos vagos. Então é necessário investir em força de trabalho. 


FD por QC: Que mensagem deixa a todos os profissionais interessados em ingressar nos quadros do Ibama por meio de concurso público?


GH: Venha para o Ibama. É uma atividade essencial para o nosso país. A gente tem vaga para o Brasil todo, a gente precisa de servidores que vistam a camisa do Ibama para ajudar tanto em áreas Administrativas como finalísticas. Então se você gosta e é um apaixonado pelo meio ambiente, estude e venha trabalhar aqui no Ibama.


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