No documento, o Mapa pede o provimento adicional de 110 vagas, sendo:
- 50 para auditor fiscal federal agropecuário;
- 25 para agente de atividades agropecuárias;
- 25 para agente de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal; e
- 10 para técnico de laboratório.
Veja a seguir:

Na mesma Nota Técnica, o Mapa sugeriu um cronograma para a nomeação desses excedentes.
A programação previa a publicação do edital de convocação em agosto, com a nomeação dos aprovados em setembro e a posse em outubro. No entanto, o cumprimento desses prazos depende da autorização do MGI.

É importante destacar que todos os órgãos federais podem solicitar ao MGI o provimento de até 25% dos excedentes, considerando o total de vagas imediatas do concurso, desde que haja aprovados no cadastro de reserva.
Esse limite está previsto no artigo 28 do Decreto nº 9.739/2019, que estabelece medidas de eficiência organizacional para a Administração Pública Federal e define regras para a realização de concursos públicos no âmbito do Executivo.
De acordo com o decreto, a autorização para convocar excedentes pode ocorrer somente durante o prazo de validade do concurso.
O percentual representa o limite máximo permitido, não sendo uma obrigação do governo. A decisão final cabe ao MGI, que pode deferir ou não a solicitação após análise da demanda apresentada pelo órgão interessado.
MGI prepara aval para a chamada de excedentes
Conforme apurado pela reportagem do Qconcursos Folha Dirigida, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos já prepara uma nova rodada de autorizações para a convocação de excedentes, que deve ser anunciada ainda neste mês.
A lista completa dos órgãos contemplados ainda não foi confirmada, mas diversas instituições, além do Mapa, já encaminharam seus pedidos à pasta.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas, por exemplo, solicitou autorização para o provimento de mais 502 vagas do concurso Funai — o dobro das oportunidades preenchidas inicialmente. Essas vagas também foram oferecidas por meio do CNU, em 2024.
No entanto, o pedido da Funai não deve ser atendido em sua totalidade, pois ultrapassa o limite de 25% de excedentes previsto em decreto. Para obter um aval acima desse percentual, seria necessária a edição de um decreto presidencial.
Essa medida costuma ser adotada quando o órgão demonstra a necessidade de convocar todos os aprovados, e o Governo Federal aceita o pleito com base nas justificativas apresentadas.
Casos recentes ocorreram em concursos da área de Segurança Pública, como os da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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Após concurso, Mapa quer a chamada de mais aprovados e sindicato aponta déficit
(Foto: Agência Brasil)
Sindicato aponta déficit e pede mais aprovados do concurso Mapa
Embora o órgão tenha anunciado que as nomeações ocorreriam em junho, a posse dos 440 aprovados no concurso do Mapa só foi efetivada em julho, após a publicação da portaria no Diário Oficial da União.
Os nomeados tiveram 30 dias, contados a partir da publicação da portaria, para a posse.
Apesar do reforço com a chegada dos novos servidores, o número não supre as necessidades do órgão. Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o quantitativo está "aquém da demanda do setor".
A entidade defende a convocação dos 600 candidatos que permanecem no cadastro de reserva, ressaltando que o quadro atual conta com cerca de 2.300 auditores, dos quais 20% já têm condições de se aposentar.
Além disso, existem 1.350 vagas em aberto, resultado de aposentadorias não repostas nos últimos anos.
“No início dos anos 2000, havia mais de 4 mil profissionais em atividade, mesmo com uma demanda do agronegócio muito menor que a atual”, destacou o Anffa Sindical.
O presidente da entidade, Janus Pablo Macedo, reforçou a necessidade de recomposição urgente da carreira para assegurar a segurança sanitária e preservar a credibilidade do agronegócio brasileiro no mercado externo.
“A chegada dos novos profissionais é positiva, mas insuficiente para suprir o déficit. É fundamental convocar os aprovados do cadastro de reserva para atender às demandas crescentes do setor”, afirmou.
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Concurso Mapa ofertou 520 vagas
O Ministério da Agricultura ofertou mais de 500 vagas por meio do Concurso Público Nacional Unificado de 2024. O aval concedido à pasta contemplou cargos de níveis médio/técnico e superior.
As oportunidades do Mapa foram agrupadas em 5 dos 8 blocos temáticos disponíveis, de acordo com afinidades dos cargos e temas de atuação.
Foram 440 vagas destinadas ao Ministério da Agricultura e 80 ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Confira a seguir confira como ficou a distribuição por bloco dos cargos do concurso Mapa de 2024:
Veja as vagas da Mapa por bloco temático:
Bloco 1: Infraestrutura, Exatas e Engenharias (duas vagas)
- analista em ciência e tecnologia - Engenharia Elétrica ou Eletrônica: duas vagas
Bloco 2: Tecnologia, Dados e Informação (20 vagas)
- analista em ciência e tecnologia - Tecnologia da Informação: 20 vagas;
Bloco 3: Trabalho e Saúde do Servidor (240 vagas)
- auditor-fiscal federal agropecuário - Engenheiro Agrônomo (com registro no Conselho de Classe): 116 vagas;
- auditor-fiscal federal agropecuário - Médico Veterinário (com registro no Conselho de Classe): 55 vagas;
- auditor-fiscal federal agropecuário - Químico (com registro no Conselho de Classe): 12 vagas;
- auditor-fiscal federal agropecuário - Farmácia: 11 vagas;
- auditor-fiscal federal agropecuário - Zootecnista (com registro no Conselho de Classe): 6 vagas;
- tecnologista - Meteorologista ou Ciências Atmosféricas: 40 vagas.
Bloco 7: Gestão Governamental e Administração Pública (18 vagas)
- analista em Ciência e Tecnologia - qualquer área de conhecimento: 18 vagas
Bloco 8: Nível intermediário (240 vagas)
- agente de atividades agropecuárias - Curso Técnico Agrícola com registro Conselho de Classe: 100 vagas;
- agente de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal - Curso Técnico Agrícola com registro Conselho de Classe - 100 vagas;
- técnico de laboratório - Curso Técnico em Biotecnologia, Análise Clínicas, Metrologia, Química, Agroindústria, Alimentos, Farmácia, Viticultura e Enologia, com registro em Conselho de Classe: 40 vagas.
No bloco intermediário, a exigência foi o curso de nível médio/técnico, enquanto os demais exigem o nível superior. Para a carreira de analista em ciência e tecnologia, foi aceita a graduação em qualquer área.
