A comissão segue nos preparativos para o edital, mas sem um cronograma definido. O número de vagas do concurso ainda não foi revelado.
O Ministério Público do Tocantins (MP TO), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), instaurou nesta terça-feira, 3, um Procedimento Administrativo (PA) para investigar a falta de policiais civis no estado.
A meta é avaliar se há necessidade de um novo concurso PC TO, para os cargos de delegado, agente, escrivão e perito.
“O novo contingente da Polícia Militar, com a posse de novos 958 policiais militares, elevou consideravelmente o número de procedimentos levados às unidades da Polícia Civil, que não contam com efetivo à altura da demanda”, cita o procedimento instaurado pelo MP TO.
O Procedimento Administrativo menciona ainda que, de acordo com informações de sindicatos, há hoje um déficit que gira em torno de 1.250 servidores e de 270 delegados na Polícia Civil do Tocantins.
O Ministério Público deu um prazo de 15 dias para que a Delegacia-Geral de Polícia Civil forneça informações atualizadas sobre o número de vagas do quadro de servidores efetivos, a quantidade de baixas nos últimos cinco anos e a oferta de postos no último edital.
Além do número de efetivos necessários para regularização do serviço prestado à população, o atual déficit de pessoal (com detalhamento de todos os cargos), a relação de delegacias sem delegados titulares e a disponibilidade financeira para novas admissões em 2023.
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Polícia Civil do Tocantins tem aval para novo concurso
(Foto: Divulgação)
Conforme o procedimento, o último concurso para a Polícia Civil do Tocantins foi realizado em 2014, com 397 vagas para posse imediata e outras 118 de cadastro reserva que, na época, de acordo com o Ministério Público, “sequer contemplavam a totalidade de déficit da instituição”.
O MPTO aponta também que a Portaria da Secretaria de Segurança Pública n. 308, de 2021, criou a Comissão para Concurso da Polícia Civil, mas até o momento, não há nenhuma definição concreta sobre o certame.
Secretário afirma que etapas para novo concurso já foram vencidas
Em junho, o secretário de Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Costa Mota Oliveira, revelou que algumas etapas para a publicação do edital da Polícia Civil do Estado tinham sido vencidas.
“O concurso da Polícia Civil está em andamento, já vencemos algumas etapas, está no grupo gestor e estou, inclusive em mãos, com o ofício para despachar com o governador para acelerar o processo para diversos cargos dentro da Polícia Civil. Já está no grupo gestor e vou despachar com o governador essa questão hoje ainda”, disse.
As informações foram passadas em audiência pública no Ministério Público do Estado. A fala do secretário, porém, não deixou claro quais etapas preparatórias do concurso PC TO foram vencidas.
Assim como não há certeza sobre o teor do ofício despachado junto ao governador.
Para que o edital seja disponibilizado, o governo ainda deve cumprir algumas etapas ainda não concluídas. Como, por exemplo, a definição da banca organizadora.
Uma instituição será contratada para receber as inscrições do concurso e aplicar as provas. Na última seleção para ingresso na Polícia Civil do Tocantins, a Fundação Aroeira foi a banca escolhida.
Último concurso PC TO foi realizado em 2014
O último concurso para a Polícia Civil do Tocantins teve edital divulgado em 2014. A oferta total foi de 515 vagas para carreiras de nível superior, sendo elas:
- delegado: 131 vagas (97 imediatas, 29 para cadastro e 5 para pessoas com deficiência);
- médico Legista: 12 vagas (9 imediatas e três para cadastro);
- peritos: 74 vagas (56 imediatas e 18 para cadastro);
- agente de necrotomia: 26 vagas (19 imediatas, 6 cadastro e 1 PcD);
- papiloscopista: 13 vagas (9 imediatas, 3 cadastro e 1 PcD);
- escrivão: 210 vagas (153 imediatas, 48 cadastro e 9 PcD);
- agente de polícia: 49 vagas (35 imediatas, 11 cadastro e 3 PcD).
O cargo de delegado exigiu o bacharelado em Direito. Os agentes, escrivães e papiloscopistas tiveram como requisito a graduação em qualquer área.
Já para agente de necrotomia era necessário ser graduado em Enfermagem. O perito legista deveria ter formação superior em Medicina, enquanto o cargo de perito criminal exigiu a graduação na área de atuação da vaga.
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também foi um requisito para todos os cargos. As remunerações, na ocasião, chegaram a R$10.735,28, com possibilidade de reajuste.
Os candidatos foram avaliados por provas objetivas e discursivas, exames médico e psicológico, teste de aptidão física e avaliação de títulos, além de um curso de formação.
O concurso foi homologado em 2017, com o resultado ficando válido por dois anos e sendo prorrogado, em 2019, por igual período.
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