A expectativa pela convocação de mais excedentes do último concurso PRF é grande, mas isso pode não acontecer. O tema foi abordado pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, na manhã desta quarta-feira, 1º de outubro.
Durante o programa "Bom Dia, Ministra", ela comentou sobre a chamada de aprovados em concursos federais ainda válidos, incluindo o da Polícia Rodoviária Federal.
Apesar de ter se mostrado otimista em relação a outros órgãos — chegando a afirmar que diversas áreas devem receber aval para nomear candidatos em cadastro de reserva —, a chefe do MGI não sinalizou novas convocações para a PRF.
“A Polícia Rodoviária Federal já chamou muita gente. É um concurso mais antigo, que já teve vários provimentos adicionais, excepcionais. Não deve ser tão breve, não”, disse Dweck.
Com essa fala, entende-se que a PRF não será priorizada nessa rodada de autorizações, o que significa o fim das convocações.
Isso porque o concurso terá validade até 21 de dezembro de 2025, prazo considerado insuficiente para a realização de um novo curso de formação, que tem duração de 14 semanas.
Veja o trecho da entrevista em que a ministra fala dos excedentes do concurso PRF:
Recentemente, a corporação enviou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública um pedido urgente para convocar 263 candidatos excedentes. O documento já foi encaminhado ao MGI.
A PRF argumentou que a formação precisaria ocorrer entre setembro e dezembro, justamente pelo tempo necessário para a conclusão do curso. Esse prazo foi considerado pela corporação como o limite para garantir a nomeação dos excedentes.
Como o aval não foi concedido em setembro e a ministra sinalizou que não há previsão imediata, a PRF dificilmente terá novas convocações até o encerramento da validade.
Em 2025, a PRF já recebeu autorização para chamar 544 excedentes do concurso de 2021. Ainda restam cerca de 415 aprovados no cadastro de reserva, que só poderão ser nomeados até dezembro, caso haja nova autorização.
Em paralelo ao pedido de convocação de excedentes, a Polícia Rodoviária Federal também encaminhou neste ano uma solicitação para a realização de um novo concurso público. O quantitativo requisitado foi o mesmo: 263 vagas para policial rodoviário federal.
Na época do pedido, esse era exatamente o número de cargos vagos existentes no quadro da corporação.
Atualmente, porém, a PRF já contabiliza mais de 700 vacâncias, sendo 343 apenas para policial rodoviário federal — cargos que não poderão mais ser preenchidos com aprovados do último concurso, cujo prazo de validade expira em dezembro.
Em julho, a corporação informou que espera receber a autorização para um novo concurso ainda este ano, com a previsão de nomeações a partir de 2026.
Segundo a PRF, o objetivo do novo edital é garantir o efetivo legal de 13.098 policiais rodoviários federais, com a posse dos aprovados prevista para julho de 2026, caso haja aval do governo.
Além da área policial, também foi solicitada a abertura de 248 vagas para agente administrativo, cargo de nível médio que integra o quadro de apoio da corporação.
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Perto de encerrar a validade do concurso, PRF não deve chamar mais aprovados
(Foto: Governo Federal)
O Qconcursos Folha Dirigida teve acesso à documentação enviada pela Polícia Rodoviária Federal junto ao pedido de autorização para abertura de novos concursos.
Em um dos ofícios encaminhados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a corporação apresentou um cronograma preliminar, condicionando as datas à concessão do aval governamental.
Segundo o documento, a publicação do edital estava prevista para setembro de 2025, em data não confirmada oficialmente. A PRF ressalta, porém, que o calendário pode ser ajustado conforme a autorização do (MGI).
De acordo com o planejamento da corporação, considerando que o edital fosse publicado em setembro (o que não ocorreu), o processo seletivo seria dividido em duas fases:
► Primeira etapa – novembro de 2025 a março de 2026
► Segunda etapa – março a junho de 2026
Conforme o documento, os aprovados no CFP seriam nomeados e empossados ainda em junho de 2026, o que demonstra a pressa da corporação em recompor seu efetivo.
