Concurso TSE Unificado: CCJ aprova projeto que cria 474 cargos
CCJ da Câmara dos Deputados aprova projeto para criação de 474 cargos, o que deve favorecer nomeações do concurso TSE Unificado. Confira!
Autor:Bruna Somma
Publicado em:12/11/2025 às 15:24
Atualizado em:12/11/2025 às 15:24
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira, 11, o Projeto de Lei 04/2024, que cria 474 cargos efetivos na Justiça Eleitoral, o que deve favorecer mais nomeações no concurso TSE Unificado.
O relator do projeto na CCJ, deputado Domingos Neto (PSD CE), destacou a importância da criação dos novos cargos.
“As demandas nos Tribunais Eleitorais aumentaram de forma significativa, a demonstrar a necessidade de novos cargos”, comentou.
Como tramita em caráter conclusivo, o projeto de lei deverá seguir para análise do Senado Federal. Para virar lei, a versão final do texto precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
De autoria do Tribunal Superior Eleitoral, o PL foi apresentado em 2024 para a criação de 242 cargos efetivos de técnico judiciário e 232 deanalista judiciário, para provimento por concurso público, além de 75 postos em comissão e 245 funções comissionadas.
Conforme informado pelo TSE, a proposta busca suprir a necessidade de pessoal diante do aumento do eleitorado, da quantidade de candidaturas, de processos judiciais e extrajudiciais, a cada eleição brasileira.
Além de estar associada a uma necessidade crescente de se garantir a segurança das urnas, o combate às fake news, o cumprimento de normas e orientações emanadas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
"A Justiça Eleitoral vem aperfeiçoando suas práticas de gestão, mas a sua estrutura encontra-se defasada, sendo que com a criação desses cargos efetivos, cargos em comissão e funções comissionadas esta Justiça Especializada possuirá uma estrutura mais apta ao cumprimento da sua missão institucional de administrar o processo eleitoral, promovendo o fortalecimento da democracia brasileira", justificou o TSE.
CCJ da Câmara aprova projeto para criação de cargos na Justiça Eleitoral
(Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
As despesas decorrentes da criação dos cargos correrão à conta das dotações orçamentárias do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), ficando a sua eficácia e seus efeitos financeiros condicionados aos limites orçamentários autorizados na lei de diretrizes orçamentárias e orçamentária anual.
Projeto já traz distribuição dos novos cargos por Tribunal Eleitoral
O projeto de lei já traz a distribuição dos cargos efetivos criados por tribunal. O maior quantitativo será para o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE DF), seguido pelo próprio TSE.
Veja a divisão:
Tribunal Superior Eleitoral: 26 analistas judiciários e 27 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Acre: 5 analistas judiciários e 5 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia: 9 analistas judiciários e 9 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Ceará: 8 analistas judiciários e 8 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal: 40 analistas judiciários e 49 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Goiás: 7 analistas judiciários e 7 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão: 7 analistas judiciários e 7 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais: 8 analistas judiciários e 8 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Pará: 7 analistas judiciários e 7 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba: 7 analistas judiciários e 7 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco: 8 analistas judiciários e 8 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Piauí: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro: 5 analistas judiciários e 5 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul: 8 analistas judiciários e 8 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina: 7 analistas judiciários e 7 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo: 4 analistas judiciários e 4 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins: 6 analistas judiciários e 6 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral de Roraima: 5 analistas judiciários e 5 técnicos judiciários;
Tribunal Regional Eleitoral do Amapá: 5 analistas judiciários e 5 técnicos judiciários.
Em caso de aprovação do projeto pelo Congresso Nacional, os novos cargos criados poderão ser preenchidos por aprovados no concurso TSE Unificado, desde que haja aval orçamentário.
Nos últimos meses, diversos tribunais que participaram do concurso TSE Unificado têm realizado chamadas e nomeações de aprovados. Confira aqui!
O TRE de Minas Gerais, por exemplo, já nomeou mais de 100 aprovados, superando o número de oportunidades imediatas.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 está em tramitação no Congresso Nacional e também pode contribuir para mais convocações de aprovados no concurso unificado da Justiça Eleitoral.
Isso porque o projeto traz as vagas projetadas em concursos no próximo ano em âmbito federal, tanto para nomeação de aprovados quanto para a criação de cargos.
Para o Poder Judiciário, são previstas 6.174 vagas. Dentro deste quantitativo, o destaque é a Justiça Eleitoral que reúne 2.458 vagas, sendo 1.654 para provimento e 804 para criação.
Todos os anos, a partir do Orçamento sancionado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publica uma portaria com a autorização de provimentos por tribunal.
A partir disso, cada órgão da Justiça Eleitoral pode conduzir os procedimentos de nomeação e posse dos seus novos servidores.
Para o concurso unificado da Justiça Eleitoral (TSE Unificado), os resultados finais ficam válidos, a princípio, até 2027. Por essa razão, mais nomeações, inclusive no cadastro de reserva, poderão ser realizadas.
Vale ressaltar que a presença no PLOA não garante a nomeação de aprovados, sendo apenas uma previsão orçamentária. Para ser efetivada, é preciso ter o aval e a disponibilidade de recursos.
No vídeo abaixo, saiba mais sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual e os concursos federais:
Concurso Unificado teve oferta de 412 vagas imediatas
O edital do concurso unificado da Justiça Eleitoral foi publicado em 2024 com 412 vagas imediatas mais cadastro reserva, para os cargos detécnico e analista judiciário.
As chances foram para lotação no Tribunal Superior Eleitoral e em 26 Tribunais Regionais. Somente o TRE do Tocantins não participou, realizando seu concurso individualizada.
Para ingressar nas carreiras o requisito é ter o nível superior completo. A remuneração inicial do aprovado poderá chegar aR$16.637,08,já com o vencimento básico e o auxílio-alimentação.
O número representou um percentual de 47,95% de faltosos, para os cargos de técnico e analista judiciário.
O concurso ainda teve o Teste de Aptidão Física (TAF), aplicado em fevereiro para agente da polícia judicial, além deprova de títulospara analistas.
→ Foi aprovado com a ajuda do Qconcursos? Ao contar sua história, você inspira outros concurseiros e ainda pode ganhar um brinde exclusivo. Envie aqui!