Em entrevista à Folha Dirigida por Qconcursos, a secretária adjunta de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e coordenadora da Comissão de Governança do CPNU, Regina Camargos, falou sobre a descentralização das vagas.
“Alguns órgãos têm servidores espalhados por todo país, como o Incra, o Ministério da Agricultura, o IBGE e a Funai”, elencou a secretária.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 895 vagas, é o órgão mais capilarizado.
Estão previstas vagas para todas as capitais brasileiras, com o local de exercício para os cargos de analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas (275 vagas) e estatísticas e de tecnologista em informações geográficas e estatísticas (312 vagas).
As outras 300 vagas previstas para técnico em informações geográficas e estatísticas do IBGE contemplam dezenas de cidades brasileiras, espalhadas por todas as cinco macrorregiões, incluindo cidades bem distantes da capital e mesmo municípios na faixa de fronteira.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com 742 oportunidades, é outro órgão presente em todas as capitais do Brasil, além de Santarém e Marabá, ambas no interior do Pará.
Todas as capitais são locais de exercício para as vagas abertas para analista administrativo (137 vagas), analista em reforma e desenvolvimento agrário (446 vagas) e engenheiro agrônomo (159 vagas).
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Concurso Unificado tem vagas para Brasília e outras cidades
(Foto: Ramiro Lucena/Folha Dirigida por Qconcursos)
Há diversos outros órgãos com vagas para exercício em âmbito nacional, como o Mistério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e a Advocacia-Geral da União (AGU).
O concurso também traz 900 vagas para auditor-fiscal do trabalho (AFT), que tem como local de exercício dezenas de cidades espalhadas por todo o país.
Acesse a lista completa de locais de exercício, organizada por órgão e carreira.
Como funcionará a lotação do aprovado no CPNU?
No caso de cargos em que há mais de um possível polo de trabalho, a definição ocorrerá no momento da convocação para posse. Isso conforme a necessidade do órgão e o interesse do candidato.
A secretária Regina Camargos orientou que as pessoas leiam os editais com detalhe na questão da lotação.
“Veja para onde o órgão que está prestando o concurso vai te direcionar. É o caso dos auditores-fiscais do trabalho que atuam em todo o território nacional”, disse.
Também em entrevista à Folha Dirigida por Qconcursos, o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, disse que a proposta é que os aprovados escolham sua lotação conforme a ordem de classificação.
Isso significa que, pelo menos no caso do IBGE, quem estiver em primeiro lugar terá prioridade na escolha.
“A ideia é tentar atender o interesse do IBGE em lotar essas pessoas nas áreas que a gente tem necessidade, mas também atender ao interesse do candidato de acordo, claro, com a sua colocação no concurso, para que ele vá para a localidade que ele tenha maior interesse”, detalhou o coordenador.
No caso das 300 vagas para cargos de nível médio, a lotação será direcionada para as agências que compõem a rede de coleta do IBGE.
“São as nossas agências que compõem a nossa rede de coleta e a grande maioria desses futuros servidores que vão entrar nas vagas de nível médio serão os responsáveis por essas agências. São eles que estarão lá na ponta, fazendo com que a gente capte da melhor forma possível os dados e informações estatísticas e geocientíficas para que elas possam ser trabalhadas, disse Bruno Malheiros.
Concurso Unificado já alcança 1,7 milhão de inscritos
As inscrições ficam abertas somente até sexta-feira, 9 de fevereiro. O processo é feito pela página do Concurso Público Nacional Unificado.
Para acessar, é preciso usar a conta GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata e bronze). A taxa de inscrição é de R$60, para cargos de nível médio, e de R$90, para cargos de nível superior.
Na quarta, 7, o concurso chegou à marca de 1,7 milhão de inscritos.
Com isso, de acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o concurso já é o maior da história em número de inscrições, superando o do Banco do Brasil, aberto em 2021 e com 1,6 milhão de candidatos.
O MGI, responsável pela organização do Concurso Unificado, não deixou claro se o número divulgado já é o de inscrições confirmadas, ou seja, com o pagamento da taxa de inscrição ou isenção aceita. Ou se o quantitativo é referente aos preenchimentos de formulários sem a quitação da taxa.
Vagas do concurso estão agrupadas em blocos temáticos
O Concurso Unificado disponibiliza o total de 6.640 vagas para diferentes cargos de 21 órgãos do Poder Executivo Federal.
Essas oportunidades estão agrupadas por 8 blocos temáticos, que representam as áreas de políticas públicas brasileiras.
Confira a divisão das vagas por bloco:
- Bloco 1 - Infraestrutura, Exatas e Engenharias - 727 vagas;
- Bloco 2 - Tecnologia, Dados, e Informação - 597 vagas;
- Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas - 530 vagas;
- Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor - 971 vagas;
- Bloco 5- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - 1.016 vagas;
- Bloco 6 - Setores Econômicos e Regulação - 359 vagas;
- Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública - 1.748 vagas; e
- Bloco 8 - Nível Intermediário - 692 vagas.
Só será possível se candidatar para um dos blocos temáticos. Veja a relação completa de cargos por bloco aqui!
Dentro do mesmo bloco, é permitido se inscrever a mais de um cargo, desde que tenha os requisitos necessários.
Resumo do Concurso Público Nacional Unificado
- Instituto: mais de 20 órgãos do Executivo Federal
- Situação atual: editais publicados
- Banca: Fundação Cesgranrio
- Cargos: diversos
- Escolaridade: níveis médio e superior
- Vagas: 6.640
- Remuneração: até R$23.579,71
- Inscrições: 19 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
- Data da prova objetiva: 5 de maio
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Candidatos devem fazer um ranking de preferência
Com a chance de concorrer a vários cargos no mesmo bloco temático, no momento da inscrição o candidato deve elencar os cargos por prioridade. É o chamado ranking de preferência, que funciona da seguinte forma:
- escolher o bloco temático;
- escolher os cargos;
- ordenar preferência entre os cargos; e
- ordenar preferência das especialidades.
A pontuação do participante nas provas será considerada para todos os cargos incluídos no ranking de preferência. Desta forma, concorre-se simultaneamente a todas as oportunidades listadas.
Em entrevista à Folha Dirigida por Qconcursos, a secretária adjunta de Gestão de Pessoas do MGI, Regina Camargos, falou sobre o processo.
Ela sinalizou que a dinâmica será bem próxima a do Sistema de Seleção Unificado (SISU), em que o candidato usa nota no Enem para concorrer a vagas em diferentes universidades.
“Vamos pegar a nota final do candidato e dizer que está apto para ocupar o cargo X, Y e Z. E aí ele vai escolher. De acordo com a pontuação, o cargo vai ser apontado para o candidato. Quanto maior a nota que a pessoa tiver, mais chances ela terá de ocupar o cargo de sua preferência”, detalhou.
Caso o candidato não tenha pontuação, de imediato, para assumir o cargo que colocou na primeira posição, ele seguirá na lista de espera.
Quem for convocado para a segunda ou terceira opção também continuará na lista de espera dos cargos que listar com maior prioridade.
Veja detalhes sobre as provas do Concurso Unificado
O Concurso Público Nacional Unificado será composto pelas seguintes fases:
- 1ª fase: provas objetivas e discursivas;
- 2ª fase: perícia médica (avaliação biopsicossocial);
- 3ª fase: procedimento de verificação da condição declarada: reserva de vagas para pessoas negras; e
- 4ª fase: procedimento de verificação documental complementar: reserva de vagas a indígenas.
Haverá ainda avaliação de títulos para alguns cargos.
As provas objetivas e discursivas serão realizadas no dia 5 de maio, em 220 cidades espalhadas pelo país, divididas em dois turnos. Confira:
Turno da manhã (2h30 de prova)
- Para cargos de nível médio: provas objetivas (20 questões) + redação; e
- para cargos de nível superior: provas objetivas de Conhecimentos Gerais (20 questões) + prova discursiva Específica do bloco.
Turno da tarde (3h30 de prova)
- Para cargos de nível médio: provas objetivas (40 questões); e
- para cargos de nível superior: provas objetivas de Conhecimentos Específicos (50 questões).
Para os cargos de nível médio, do Bloco 8, as provas objetivas terão questões de Língua Portuguesa, Noções de Direito, Matemática e Realidade Brasileira. Nesse caso, a discursiva será uma redação.
Já para os cargos de nível superior, na parte objetiva, os concorrentes deverão responder a questões sobre Políticas Públicas e Conhecimentos Específicos, a depender do bloco temático escolhido. Na discursiva, será cobrada uma questão sobre Conhecimentos Específicos.
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