Concurso Unificado não terá Língua Portuguesa? Secretária explica

Em entrevista, secretária do MGI explica o porquê de Língua Portuguesa não ser cobrada para todos os cargos do Concurso Unificado. Veja!

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Autor:Bruna Somma
Publicado em:24/01/2024 às 08:30
Atualizado em:23/01/2024 às 18:17

A publicação dos editais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), com 6.640 vagas, pegou os interessados de surpresa. Isso porque as provas, marcadas para o dia 5 de maio, terão questões sobre Língua Portuguesa apenas para os cargos de nível médio.


No caso dos cargos de nível superior, não haverá cobrança de Língua Portuguesa na prova objetiva. Os candidatos deverão responder a questões sobre Políticas Públicas e Conhecimentos Específicos, a depender do bloco temático escolhido. 


Folha Dirigida por Qconcursos questionou a ausência de Língua Portuguesa em entrevista exclusiva com a secretária adjunta de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e coordenadora da Comissão de Governança do CPNU, Regina Camargos.


Ela explicou o porquê da decisão: 

“Não se mede o conhecimento de Língua Portuguesa por decoreba de regras gramaticais. Nós não queremos decoreba, nós queremos alguém que pense, que raciocine, que seja capaz de raciocínios complexos”, disse Regina.

De acordo com ela, o domínio do idioma será avaliado na prova discursiva. Para os cargos de nível superior, a etapa consistirá em uma questão dissertativa sobre Conhecimentos Específicos do bloco temático. 

“Para nível superior, as provas discursivas terão relação com o conteúdo do bloco temático. O candidato deve conhecer e dominar o tema que o bloco fala”, detalhou.

Prepare-se para o Concurso Nacional Unificado. Confira aqui material exclusivo e as últimas informações sobre os editais!

Provas do concurso serão aplicadas em 220 cidades pelo país

(Foto: Marcos Santos/USP Imagens)


Já para nível médio, a prova discursiva do CPNU será uma redação sobre Atualidades

“São provas de redação que vão trazer ao candidato temas da realidade brasileira contemporânea, seja na Economia, na Política, Meio Ambiente, Povos Indígenas, questões relacionadas à desigualdade. Então, se mantenha bem informado, leia os noticiários e não leiam fake news”, afirmou Regina Camargos. 

Veja detalhes sobre as provas do Concurso Unificado

O Concurso Público Nacional Unificado será composto pelas seguintes fases:

  • 1ª fase: provas objetivas e discursivas;
  • 2ª fase: perícia médica (avaliação biopsicossocial);
  • 3ª fase: procedimento de verificação da condição declarada: reserva de vagas para pessoas negras; e
  • 4ª fase: procedimento de verificação documental complementar: reserva de vagas a indígenas. 

Haverá ainda avaliação de títulos para alguns cargos.


As provas objetivas e discursivas serão realizadas no dia 5 de maio, em 220 cidades espalhadas pelo país, divididas em dois turnos. Confira:


Turno da manhã (2h30 de prova)

  • Para cargos de nível médio: provas objetivas (20 questões) + redação; e
  • para cargos de nível superior: provas objetivas de Conhecimentos Gerais (20 questões) + prova discursiva Específica do bloco.

Turno da tarde (3h30 de prova)

  • Para cargos de nível médio: provas objetivas (40 questões); e
  • para cargos de nível superior: provas objetivas de Conhecimentos Específicos (50 questões).

No caso dos cargos de nível médio, do Bloco 8, as provas objetivas serão sobre Língua Portuguesa, Noções de Direito, Matemática e Realidade Brasileira. 


Para os cargos de nível superior, as provas terão duas partes: uma de Conhecimentos Gerais, que falará sobre Políticas Públicas, e uma parte de Conhecimentos Específicos, com cinco eixos temáticos relacionados ao bloco escolhido. Confira a lista de disciplinas aqui!

Oferta do concurso é dividida por blocos temáticos

O Concurso Unificado, também chamado de Enem dos Concursos, oferece 6.640 para diferentes cargos de 21 órgãos do Poder Executivo Federal. Essas oportunidades estão agrupadas por oito blocos temáticos


A secretária Regina Camargos identificou que esses blocos temáticos representam as áreas de políticas públicas brasileiras.


Veja a divisão das vagas por bloco:

  • Bloco 1 - Infraestrutura, Exatas e Engenharias - 727 vagas;
  • Bloco 2 - Tecnologia, Dados, e Informação - 597 vagas;
  • Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas - 530 vagas;
  • Bloco 4 - Trabalho e Saúde do Servidor - 971 vagas;
  • Bloco 5- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - 1.016 vagas;
  • Bloco 6 - Setores Econômicos e Regulação - 359 vagas;
  • Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública - 1.748 vagas; e
  • Bloco 8 - Nível Intermediário - 692 vagas.

Só será possível se inscrever para um dos blocos temáticos. Veja a relação completa de cargos por bloco aqui!


Conforme informado pela secretária Regina Camargos, a vocação e a trajetória profissional devem ser levadas em consideração na hora da escolha de um dos blocos. 

“O candidato tem que se ver no bloco temático. Olhar qual é a sua trajetória profissional e trajetória acadêmica para fazer a escolha”, pontuou a secretária adjunta de Gestão de Pessoas do MGI. 

A lotação dos cargos já consta nos editais do Concurso Público Nacional Unificado, divulgados no dia 10 de janeiro. Há chances para atuação em Brasília DF, assim como em outras cidades pelo país. 

Resumo do Concurso Público Nacional Unificado

  • Instituto: mais de 20 órgãos do Executivo Federal
  • Situação atual: editais publicados
  • Banca: Fundação Cesgranrio
  • Cargos: diversos
  • Escolaridade: níveis médio e superior
  • Vagas: 6.640
  • Remuneração: até R$23.579,71
  • Inscrições: 19 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
  • Data da prova objetiva: 5 de maio

Saiba mais e comece a estudar para o concurso.

Concurso Unificado tem inscrições abertas

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 9 de fevereiro pela página do Concurso Público Nacional Unificado. Mais de 500 mil pessoas já se inscreveram.


O processo é feito por meio da conta GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata e bronze). A taxa de inscrição é de R$60 para cargos de nível médio e R$90 para cargos de nível superior. 


Com a possibilidade de concorrer a vários cargos no mesmo bloco temático, no momento da inscrição o candidato deve elencar os cargos por prioridade. É o chamado ranking de preferência. 


Confira como funciona esse ranking:

  • escolher o bloco temático;
  • escolher os cargos;
  • ordenar preferência entre os cargos; e
  • ordenar preferência das especialidades.

A pontuação do participante nas provas será considerada para todos os cargos incluídos no ranking de preferência. Desta forma, concorre-se simultaneamente a todas as oportunidades listadas. 


A secretária Regina Camargos sinalizou que a dinâmica será bem próxima a do Sistema de Seleção Unificado (SISU), em que o candidato usa nota no Enem para concorrer a vagas em diferentes universidades.

“Vamos pegar a nota final do candidato e dizer que está apto para ocupar o cargo X, Y e Z. E aí ele vai escolher. De acordo com a pontuação, o cargo vai ser apontado para o candidato. Quanto maior a nota que a pessoa tiver, mais chances ela terá de ocupar o cargo de sua preferência”, detalhou. 

Caso o candidato não tenha pontuação, de imediato, para assumir o cargo que colocou na primeira posição, ele seguirá na lista de espera. 


Quem for convocado para a segunda ou terceira opção também continuará na lista de espera dos cargos que listar com maior prioridade.


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