Concurso Unificado: Governo orienta por onde começar os estudos
Com provas marcadas para maio de 2024, Governo Federal publica vídeo com dicas de como iniciar a preparação para o Concurso Unificado. Veja!
Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:22/12/2023 às 09:57
Atualizado em:22/12/2023 às 10:11
As provas objetivas e discursivas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) estão previstas para o dia 5 de maio de 2024. A lista completa com todas as disciplinas que serão cobradas será disponibilizada junto com o edital, no dia 10 de janeiro.
Porém, a recomendação de especialistas é não esperar o edital para iniciar os estudos. O próprio Governo Federal, em vídeo publicado no CanalGov, no Youtube, deu dicas de como começar a preparação para as provas do CPNU.
A primeira dica é a leitura do Guia Referencial para Concursos Públicos. Desenvolvido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), ele traz os conteúdos básicos e transversais que poderão ser cobrados na prova.
Segundo o Guia Referencial, as provas devem ser divididas em três eixos de conhecimento: básico, transversal e específico. No eixo básico, a sugestão é cobrar disciplinas como Língua Portuguesa e Raciocínio Lógico-Quantitativo.
Já no eixo transversal, a recomendação do Guia Referencial é que as questões abordem as seguintes áreas do conhecimento:
resolução de problemas com base em dados;
foco nos resultados para os cidadãos;
mentalidade digital;
comunicação;
trabalho em equipe;
orientação por valores éticos;
visão sistêmica;
diversidade, inclusão e direitos humanos;
Ethos público, o compromisso com o interesse público;
conhecimento sobre a realidade brasileira, políticas públicas e desenvolvimento nacional.
O eixo específico, por sua vez, deve trazer questões relacionadas à área de atuação da determinada vaga.
Para as discursivas, a orientação é ficar atualizado sobre as principais informações sobre a área e órgão que deseja concorrer.
“Se quer fazer concurso da Funai, dá uma olhada no site da Funai, vê o que está acontecendo. Porque a discursiva vai trazer o conhecimento prático, a aplicação do seu conhecimento das diversas disciplinas na aplicação de um estudo de caso, por exemplo. Saber o que está acontecendo na área que você escolheu para o CNU é uma dica fundamental”, disse Rosi Alves, servidora federal e idealizadora do PodConcurseiro.
Confira o vídeo completo do Governo Federal a seguir:
Qual a estrutura das provas do Concurso Unificado?
Conforme informações do Governo, os candidatos do Concurso Público Nacional Unificado serão submetidos a:
provas objetivas de aplicação comum a todos os candidatos e candidatas; e
provas objetivas e dissertativas específicas por blocos temáticos.
Todas as provas serão realizadas em um mesmo dia, em um domingo, em dois turnos. Na parte da manhã serão aplicadas as provas objetivas gerais a todos os candidatos.
No período da tarde será a vez das provas objetivas e dissertativas específicas por blocos temáticos. A Fundação Cesgranrio foi contratada como banca organizadora e será a responsável por elaborar as questões.
“Nas provas gerais, vamos perguntar sobre realidade brasileira, sobre a ética pública. Para as pessoas entenderem que elas estão vindo para tratar do Brasil, cuidar dos problemas brasileiros. Elas vão ser servidores, vão servir a população brasileira”, detalhou.
Ela também frisou que os inscritos deverão fazer as provas específicas, incluindo discursivas, sobre o bloco temático que escolherem.
“Dentro de cada área, vão ter questões específicas. Para ver o conhecimento da pessoa naquela área para qual ela está fazendo o concurso também. Estamos preocupados em captar pessoas que tenham vocação com conhecimento amplo e específico na sua área, que é algo muito importante”.
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Confira o cronograma previsto para o CPNU
Aguardado para dezembro, o edital do Concurso Unificado ficou para o dia 10 de janeiro de 2024. O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou um novo cronograma para execução das etapas.
As provas, por exemplo, serão aplicadas no dia 5 de maio, em 217 municípios espalhados pelo país. A operação será próxima a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Por esse motivo, o CPNU vem sendo chamado de “Enem dos Concursos”. Diante da capilaridade na aplicação das provas, o governo espera recrutar pessoas ‘com a cara do Brasil’.
“Esperamos conseguir ter pessoas de todas as regiões brasileiras, de todos os estados”, falou a ministra Esther.
Veja o cronograma do concurso:
10 de janeiro de 2024 – publicação do edital
19 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024 – inscrições
29 de fevereiro de 2024 – divulgação dos dados finais de inscrições
29 de abril de 2024 – divulgação dos cartões de confirmação
5 de maio de 2024 – aplicação das provas
3 de junho de 2024 – divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e de redação
30 de julho de 2024 – divulgação final dos resultados
5 de agosto de 2024 – início da convocação para posse e cursos de formação
Resumo do Concurso Público Nacional Unificado
Instituto: mais de 20 órgãos do Executivo Federal;
Situação atual: banca contratada;
Banca: Fundação Cesgranrio;
Cargos: diversos;
Escolaridade: níveis médio e superior;
Vagas: 6.640;
Remuneração: até R$23.579,71;
Inscrições: 19 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
A seleção disponibilizará 6.640 vagas, para cargos dos níveis médio e superior, com salários que chegam a R$23.579,71 (no caso de auditor-fiscal do trabalho).
Todos os órgãos federais que receberam autorização para concursos em 2023 foram convidados a participar do concurso unificado. A adesão foi voluntária.
A seguir, confira a lista dos órgãos que aderiram ao CPNU e as vagas de cada um:
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 895 vagas;
Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas): 502 vagas;
Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária): 742 vagas;
Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária): 440 vagas;
Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia): 80 vagas;
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego): 900 vagas;
Ministério da Saúde: 220 vagas;
AGU (Advocacia Geral da União): 400 vagas;
Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar): 40 vagas;
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): 40 vagas;
Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários): 30 vagas;
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar): 35 vagas;
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços): 110 vagas;
MCTI em partes (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação): 296 vagas;
MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública): 130 vagas;
MinC (Ministério da Cultura): 50 vagas;
MEC (Ministério da Educação): 70 vagas para ATPS;
MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania): 40 vagas;
MPI (Ministério dos Povos Indígenas): 30 vagas;
MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento): 60 vagas;
MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e as carreiras transversais: 1.480 vagas;
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira): 50 vagas.
As reservas de vagas para negros e pessoas com deficiência serão asseguradas. Inclusive, o Governo Federal deseja que no concurso unificado haja uma efetiva aplicação da Lei de Cotas.
No caso específico da Funai haverá uma reserva de 30% das vagas para indígenas.
Vagas serão distribuídas entre oito blocos temáticos
O Governo Federal já confirmou que as vagas do Concurso Nacional Unificado serão divididas entre oito blocos temáticos:
Administração e Finanças Públicas;
Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
Trabalho e Previdência;
Dados, Tecnologia e Informação Pública; e
Nível intermediário.
As vagas serão agrupadas nos blocos a depender de suas afinidades temáticas. Cada bloco terá diferentes órgãos e carreiras.
Com isso, uma mesma pessoa poderá concorrer a diferentes oportunidades, pagando apenas uma taxa de inscrição.
Será permitido fazer a inscrição para apenas um dos blocos temáticos. Primeiro, o candidato deverá escolher o bloco e, em seguida, elencar as carreiras que deseja concorrer por ordem de prioridade, desde que tenha os requisitos necessários.
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