“Nas provas gerais, vamos perguntar sobre realidade brasileira, sobre a ética pública. Para as pessoas entenderem que elas estão vindo para tratar do Brasil, cuidar dos problemas brasileiros. Elas vão ser servidores, vão servir a população brasileira”, detalhou.
Ela também frisou que os inscritos deverão fazer as provas específicas, incluindo discursivas, sobre o bloco temático que escolherem.
“Dentro de cada área, vão ter questões específicas. Para ver o conhecimento da pessoa naquela área para qual ela está fazendo o concurso também. Estamos preocupados em captar pessoas que tenham vocação com conhecimento amplo e específico na sua área, que é algo muito importante”.
Em outubro, o secretário de Gestão e Inovação do Governo Federal, Roberto Pojo, adiantou sobre a intenção de ter provas menos focadas na memorização e "decoreba" de conteúdos.
Pojo explicou que nos concursos atuais, questões específicas de leis costumam ser cobradas boa parte das vezes. No entanto, nem sempre esse conhecimento é usado no dia a dia de trabalho.
"A orientação é modificar esse 'decoreba' para algo que seja capaz de capturar outras habilidades, capacidade cognitiva, e muito mais do que o ferramental", disse o secretário à Folha de São Paulo.
Fique por dentro dos concursos!
Ministra Esther Dweck confirma estrutura de provas do concurso unificado
(Foto: Folha Dirigida por Qconcursos)
As provas do Concurso Nacional Unificado serão aplicadas em um único dia, até março de 2024, simultaneamente em cerca de 180 municípios pelo país. A operação será próxima a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Por esse motivo, o CPNU vem sendo chamado de “Enem dos Concursos”. Diante da capilaridade na aplicação das provas, o governo espera recrutar pessoas ‘com a cara do Brasil’.
“Esperamos conseguir ter pessoas de todas as regiões brasileiras, de todos os estados”, falou a ministra Esther.
Em resumo, como serão as provas do concurso unificado?
Os candidatos serão submetidos a:
- provas objetivas de aplicação comum a todos os candidatos e candidatas; e
- provas objetivas e dissertativas específicas por blocos temáticos.
Todas as provas serão realizadas em um mesmo dia, em um domingo, em dois turnos. Na parte da manhã serão aplicadas as provas objetivas gerais a todos os candidatos.
No período da tarde será a vez das provas objetivas e dissertativas específicas por blocos temáticos.
Além de ethos públicos, realidade brasileira e relação das políticas públicas e o desenvolvimento nacional, disciplinas como Língua Portuguesa e Raciocínio-Lógico Quantitativo são recomendadas pelo Guia Referencial para concursos públicos, desenvolvido pelo Enap (Escola Nacional de Administração Pública), e também devem ser cobradas.
A lista completa com todas as disciplinas do concurso unificado só será divulgada com a publicação do edital.
Edital do concurso unificado deve sair em dezembro
De acordo com o cronograma do Governo Federal, o edital do Concurso Nacional Unificado deve ser publicado ainda em dezembro, entre os dias 20 e 22. As outras datas previstas são:
- provas: até março de 2024;
- resultado final da etapa unificada: até maio de 2024;
- curso de formação, quando cabível: até julho de 2024;
- posse dos novos servidores: até agosto de 2024.
A Fundação Cesgranrio foi a banca contratada para organizar o concurso. Ela ficará responsável por receber as inscrições e aplicar as provas.
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Resumo do Concurso Público Nacional Unificado
- Instituto: mais de 20 órgãos do Executivo Federal;
- Situação atual: banca contratada;
- Banca: Fundação Cesgranrio;
- Cargos: diversos;
- Escolaridade: níveis médio e superior;
- Vagas: 6.640;
- Remuneração: até R$23.579,71;
- Inscrições: a definir;
- Data da prova objetiva: a definir.
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Enem dos concursos terá oferta de 6.640 vagas
A seleção terá a oferta de 6.640 vagas, para cargos dos níveis médio e superior, com salários que chegam a R$23.579,71 (no caso de auditor-fiscal do trabalho).
Todos os órgãos federais que receberam autorização para concursos em 2023 foram convidados a participar do concurso unificado. A adesão foi voluntária.
A seguir, veja a lista dos órgãos que aderiram ao CNU e as vagas de cada um:
- IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 895 vagas;
- Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas): 502 vagas;
- Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária): 742 vagas;
- Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária): 440 vagas;
- Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia): 80 vagas;
- MTE (Ministério do Trabalho e Emprego): 900 vagas;
- Ministério da Saúde: 220 vagas;
- AGU (Advocacia Geral da União): 400 vagas;
- Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar): 40 vagas;
- Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): 40 vagas;
- Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários): 30 vagas;
- ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar): 35 vagas;
- MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços): 110 vagas;
- MCTI em partes (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação): 296 vagas;
- MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública): 130 vagas;
- MinC (Ministério da Cultura): 50 vagas;
- MEC (Ministério da Educação): 70 vagas para ATPS;
- MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania): 40 vagas;
- MPI (Ministério dos Povos Indígenas): 30 vagas;
- MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento): 60 vagas;
- MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e as carreiras transversais: 1.480 vagas;
- Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira): 50 vagas.
As reservas de vagas para negros e pessoas com deficiência serão asseguradas. Inclusive, o Governo Federal deseja que no concurso unificado haja uma efetiva aplicação da Lei de Cotas.
No caso específico da Funai haverá uma reserva de 30% das vagas para indígenas.
Vagas serão divididas entre oito blocos temáticos
O Governo Federal já confirmou que as vagas do Concurso Nacional Unificado serão divididas entre oito blocos temáticos:
- Administração e Finanças Públicas;
- Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
- Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
- Trabalho e Previdência;
- Dados, Tecnologia e Informação Pública; e
- Nível intermediário.
As vagas serão agrupadas nos blocos a depender de suas afinidades temáticas. Cada bloco terá diferentes órgãos e carreiras.
Com isso, uma mesma pessoa poderá concorrer a diferentes oportunidades, pagando apenas uma taxa de inscrição.
Será permitido fazer a inscrição para apenas um dos blocos temáticos. Primeiro, o candidato deverá escolher o bloco e, em seguida, elencar as carreiras que deseja concorrer por ordem de prioridade, desde que tenha os requisitos necessários.
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