Concurso Unificado: ministra explica escolha da data das provas
Ministra Esther Dweck conta o porquê da remarcação das provas do Concurso Unificado para 18 de agosto e os bastidores do adiamento. Veja!
Autor:Bruna Somma
Publicado em:24/05/2024 às 16:05
Atualizado em:24/05/2024 às 16:18
O Concurso Nacional Unificado (CNU) teve provas remarcadas para o dia 18 de agosto. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou nesta sexta-feira, 24, o porquê da escolha da data.
De acordo com ela, três fatores foram considerados para a decisão:
o tempo mínimo para reconstrução do Rio Grande do Sul;
um período do ano com menor incidência de chuvas; e
um domingo sem grandes provas de concursos marcadas.
"18 de agosto é um tempo suficiente para a situação do Rio Grande do Sul estar mais estabilizada e a gente conseguir ver o espaço de provas lá e, ao mesmo tempo, do ponto de vista hidrológico no Brasil, o mês de agosto é o de menor incidência hidrológica no Brasil inteiro. Maio é baixo, mas é muito superior a agosto. E também 18 de agosto não tinha nenhum grande concurso sendo feito no Brasil", detalhou a ministra em entrevista coletiva concedida à mídia alternativa e coordenada pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão do Itararé.
Segundo a ministra Esther Dweck, com a divulgação da nova data, os candidatos podem ficar tranquilos e terão tempo de se preparar para as provas.
Ministra Esther Dweck explica porque 18 de agosto foi escolhido para o CNU
(Foto: Folha Dirigida por Qconcursos)
As provas do CNU estavam marcadas para 5 de maio, porém foram adiadas em todo o país no dia 3. A decisão foi tomada pelo agravamento das chuvas e do estado de calamidade pública no Rio de Grande do Sul.
Ministra conta os bastidores do adiamento das provas
"Estávamos totalmente mobilizados para 5 de maio. E na quarta-feira, dia 1º, que foi um dia que as chuvas estavam mais fortes, a gente começou a pensar no que faria naquele momento. Na quinta, 2 de maio, era um cenário em que os locais das provas no Rio Grande do Sul ainda estavam relativamente intactos, tirando um em Santa Maria, mas que tinha um espaço para realocar. E a gente pensava que tinham 2 milhões de pessoas se preparando para fazer a prova no domingo. A nossa primeira tentativa foi viabilizar as provas", contou Dweck.
Com o agravamento das chuvas no dia 3 de maio e as enchentes na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, o governo considerou o adiamento das provas.
"Na sexta, quando a gente viu que a situação tinha se agravado em Porto Alegre, e metade das pessoas do Rio Grande do Sul fariam as provas em Porto Alegre, aí a gente viu que era inviável".
A ministra relembrou que duas opções estavam dispostas: adiar as provas apenas no Rio Grande do Sul ou em todo o país.
"Então teve uma discussão jurídica e a gente fez essa construção coletiva de que a melhor decisão, para todo mundo, era o adiamento completo. Se fosse só para o Rio Grande do Sul, poderia levar a uma discussão jurídica enorme depois se as provas seriam ou não equivalentes", afirmou Esther Dweck.
Logo depois da decisão do adiamento, os malotes de provas foram recolhidos em todo o país e guardados em um local seguro. Segundo a ministra Esther, as provas estão com vigilância 24 horas por dia para garantir a segurança.
Candidatos devem verificar locais de prova em 7 de agosto
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, organizador do Concurso Unificado, informou que está trabalhando para que os locais de aplicação sejam mantidos.
No entanto, há situações em que os locais podem ser alterados. Como, por exemplo, no Rio Grande do Sul, estado atingido por fortes chuvas e enchentes, desde o final de abril.
O MGI informou à Folha Dirigida por Qconcursos que, "em razão da situação atípica enfrentada pelo Rio Grande do Sul, alguns locais de prova podem mudar no estado".
Com a chance de mudança nos locais de prova, o governo orienta que os candidatos acessem a página do concurso no dia 7 de agosto, para consultar o novo Cartão de Confirmação de Inscrição (CCI).
O novo cartão trará as informações atualizadas sobre o local de realização das provas, com os horários e sala em que o candidato deverá comparecer.
Os candidatos não poderão alterar a cidade de aplicação das provas. Será mantida a escolha feita no ato da inscrição.
Ao todo, o concurso será realizado em 228 cidades espalhadas por todo o país.
Inscrições não serão reabertas e não haverá devolução da taxa
Após a remarcação das provas, o Ministério da Gestão reafirmou a posição de que os candidatos não poderão solicitar a devolução da taxa.
falta de energia elétrica, que prejudique a visibilidade por ausência de luz natural; ou
desastres naturais, que comprometam a infraestrutura do local de realização das provas.
O Ministério ainda acrescentou que qualquer mudança nessa orientação será anunciada pela pasta.
Também não está prevista a reabertura das inscrições.
"Não será aberto um novo prazo de inscrição. Todos 2.144.435 milhões de candidatos estão mantidos e poderão fazer as provas", afirmou o MGI.
Concurso Unificado terá provas aplicadas em dois turnos
O Concurso Nacional Unificado será composto por provas objetivas e discursivas. A aplicação será nos turnos da manhã e da tarde, nos seguintes horários:
Turno da manhã
Abertura dos portões: 7h30
Fechamento dos portões: 8h30
Início da aplicação: 9h
Término da aplicação: 11h30
Término da aplicação para candidatos que necessitem de tempo adicional para realização das provas e tenham solicitado no ato da inscrição: 12h30
Duração da prova: 2h30
Turno da tarde
Abertura dos portões: 13h
Fechamento dos portões: 14h
Início da aplicação: 14h30
Término da aplicação: 18h
Término da aplicação para candidatos que necessitem de tempo adicional para realização das provas e tenham solicitado no ato da inscrição: 19h.
Duração da prova: 3h30
No turno da manhã, os inscritos nos blocos de nível superior (1 a 7) responderão a 20 questões objetivas de Conhecimentos Gerais e a uma questão dissertativa de Conhecimento Específico.
Para obloco de nível médio (8), os participantes farão 20 questões de múltipla escolha e uma redação.
No período da tarde, para os blocos de nível superior (1 a 7), serão cobradas 50 questões objetivas de Conhecimentos Específicos.
Já os candidatos no bloco de nível médio (8) farão mais 40 questões objetivas.
Será eliminado quem obtiver aproveitamento inferior a 40% da pontuação nas provas objetivas de Conhecimentos Gerais e Específicos ou nota zero na prova discursiva.
A oferta será de 6.640 vagas em cargos dos níveis médio e superior, com salários que podem ultrapassar os R$20 mil. As oportunidades estão distribuídas por 21 órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.
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