A extinção desses postos de trabalho é parte de um processo de modernização do Estado brasileiro, com o objetivo de adequar a estrutura da administração pública às necessidades do século XXI.
"A gente tem cargos que foram criados na década de 1970 e que já não fazem mais sentido. A gente foi detectando cargos que não têm concursos há muitos anos, cargos que a gente sabe que não vai mais precisar", afirmou a ministra.
Segundo Dweck, a medida foi tomada após a detecção de cargos que não tinham concursos há muitos anos e que já não fazem mais sentido.
Entre os cargos extintos, estão funções como
- datilógrafo;
- ascensorista; e
- motorista.
A ministra explica que esses cargos perderam relevância com a digitalização e a terceirização de serviços. Ela citou, também, o caso de auxiliar de enfermagem, um posto que não é mais contratado, sendo substituído por técnico de enfermagem, que exige nível médio/técnico.
Esther Dweck explicou que a extinção dos cargos não é um "enxugamento" do número total de funcionários, mas sim um processo de readaptação. A ideia é que, ao extinguir uma vaga, outra seja criada em um local onde o Estado precise de mais mão de obra.
"Conforme eles vão vagando, ele passa a ser um cargo amplo e não simplesmente de uma única ocupação, e você pode adequar a melhor necessidade que você tem", disse Dweck.
Essa política de reestruturação, inclusive, já resultou em uma redução do quadro de servidores federais.
Segundo a ministra, entre entradas e saídas, o governo teve uma perda líquida de mais de 70 mil servidores, enquanto o número de contratações previstas no governo atual é de 22 a 23 mil pessoas.
Dweck citou o exemplo do IBGE, que antes contratava datilógrafos para digitar dados de pesquisas manuais. Com a transformação digital, hoje as pesquisas são feitas em tablets, o que reduziu a necessidade de um grande número de funcionários para a tarefa.
Além da extinção, o governo trabalha com a "transversalização" de cargos, principalmente na área da educação. Conforme os postos vagarem, eles se transformarão em cargos mais amplos, que podem ser adequados a diferentes necessidades do serviço público.
A ministra usou como exemplo a transformação de cargos obsoletos na área da Saúde para a abertura de vagas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"A partir de cargos vagos da área da saúde foi possível fazer um remanejamento e abrir novas posições na Anvisa. Era uma área que tinham muitos cargos a serem transformados", disse Esther.
Apesar da tendência de redução no número de servidores, a ministra reforçou que a necessidade por profissionais qualificados no serviço público continua, e que a abertura de concursos federais continuará a ser uma prioridade.
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Ministra confirma extinção de cargos considerados "obsoletos" em concursos federais
(Foto: Kelly Fersan/Governo Federal)
Ministra prevê mais de 20 mil contratações até 2026
Apesar da extinção de cargos considerados obsoletos, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, reforçou que os concursos federais seguem no radar do governo.
Em entrevista ao Correio Braziliense, ela confirmou que até o fim de 2026 estão previstas mais de 20 mil novas contratações.
Segundo a ministra, o quantitativo supera os 18 mil postos estimados no início da atual gestão e representa uma renovação importante, já que os aprovados apresentam idade média entre 30 e 40 anos, trazendo experiência tanto do setor público quanto do privado.
"Até o fim de 2026, deve-se cumprir uma entrada de mais 20 mil pessoas. E o interessante é que a entrada tem sido de uma idade não tão jovem, mas bem abaixo da idade média atual, de 30 e poucos, 40 anos. Ou seja, são pessoas que têm experiência, já trabalharam seja no setor público, seja no setor privado", destacou.
Com a proximidade das eleições de 2026, as nomeações deverão ocorrer até o meio do próximo ano. A previsão é contemplar aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2025, além de excedentes de editais ainda em vigor, incluindo a primeira edição do CNU, realizada em 2024.
Dweck destacou que os procedimentos para as nomeações já estão em andamento, com expectativa de publicação dos normativos ainda em setembro.
"Neste ano, vamos soltar um chamamento de alguns concursos. E, no ano que vem, mais um pouco. A nossa previsão é de que, para todos esses concursos que estão em aberto, as chamadas devem ser até o meio do ano. Estamos precisando de gente, então, quanto mais rápido conseguirmos chamar, melhor", afirmou a ministra.
Na entrevista ao Globo News nesta sexta, 19, a ministra confirmou que irá autorizar o provimento de excedentes do concurso Banco Central, realizado em 2024.
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Provas do CNU 2025 serão em outubro
O Governo Federal realiza a segunda edição do Concurso Nacional Unificado este ano. A oferta é de 3.652 vagas para cargos dos níveis médio, técnico e superior.
As chances são para 36 órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal e estão divididas por nove blocos temáticos, que correspondem às áreas de atuação do governo. As remunerações chegam a R$18,7 mil.
As etapas do Concurso Nacional Unificado 2025 já têm datas definidas. A prova objetiva será aplicada no dia 5 de outubro, enquanto a discursiva ocorrerá em 7 de dezembro, apenas para os habilitados na primeira fase.
A prova objetiva terá 90 questões de múltipla escolha, sendo 30 de Conhecimentos Gerais e 60 de Conhecimentos Específicos.
Já a etapa discursiva será diferente conforme o cargo: os candidatos de nível superior responderão a duas questões dissertativas, enquanto os de nível médio deverão elaborar uma redação.
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