Especialista orienta sobre como empreender no setor de RH

Setor também sofreu os impactos da crise no mercado de trabalho, decorrente da pandemia

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Publicado em:23/06/2020 às 11:00
Atualizado em:23/06/2020 às 11:00

A crise no mercado de trabalho, provocada pela pandemia do novo Coronavírus, atingiu diversos setores, inclusive o de Gestão de Pessoas. Uma alternativa encontrada por esses profissionais para se manterem ativos no mercado tem sido empreender no setor de RH

"Essa migração já acontece na área, com muitas pessoas deixando as empresas para seguir um caminho como consultores ou headhunters independentes. Deve se tornar ainda mais comum agora", analisou Aparecida Morais, sócia da Recrutei, plataforma de recrutamento e seleção.

Aparecida listou quatro dicas para quem deseja empreender. Segundo a especialista, essas são recomendações essenciais para que a transição tenha mais chances de sucesso. Confira!

  1. Preparando a transição: elabore um cronograma e avalie as finanças
  2. Definindo um nicho: avalie sua experiência e pense em parceiros
  3. Entendendo o mercado: estude o potencial da área e escolha um modelo de negócio
  4. Abrindo as portas: considere a burocracia, os recursos e a tecnologia 
     
Empreendedora
Especialista orienta sobre como montar um empreendimento de sucesso
(Foto: Pixabay)

 

Preparando a transição: elabore um cronograma e avalie as finanças

De acordo com Aparecida, o primeiro passo ao ingressar em uma jornada empreendedora é fazer uma análise financeira a médio prazo. O futuro empreendedor deve considerar os investimentos que precisarão ser feitos para que ele possa iniciar suas atividades.

"O ideal é não depender exclusivamente da receita do novo negócio para a sobrevivência, porque pode ser necessário algum tempo até a sua maturação", recomendou Aparecida. 

Assim, se a pessoa ainda estiver trabalhando em uma empresa, por exemplo, ela pode planejar uma saída gradativa, com um período de transição de período de 3 a 6 meses. 

"Elabore um cronograma incluindo todas as etapas, desde a saída da empresa até o início efetivo das atividades no novo empreendimento."

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Definindo um nicho: avalie sua experiência e pense em parceiros

Para definir seu nicho, o futuro empreendedor deve pensar quais são suas áreas de especialidade em Gestão de Pessoas. Aparecida recomenda a quem está iniciando o próprio negócio se fazer as seguintes perguntas:

  • Isso é fundamental para que você possa definir o escopo do seu negócio?
  • Será uma consultoria? Uma empresa de terceirização? Uma parceria?

De acordo com ela, uma alternativa que vale a pena considerar é pensar em uma combinação de áreas que possam gerar uma proposta de valor atraente.

"É possível juntar recrutamento e seleção com capacitação, ou capacitação com performance, ou ainda cultura organizacional com clima. Essa é uma maneira de mitigar os riscos do novo negócio, já que em certos períodos uma área pode acabar ficando menos demandada por alguma circunstância". explicou.

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Entendendo o mercado: estude o potencial da área e escolha um modelo de negócio

Definido o nicho, é importante fazer uma pesquisa sobre o potencial de mercado para sua consultoria. Nessa etapa, o ideal é imaginar diferentes cenários e possibilidades.

"Este mapeamento pode ser realizado por meio de uma sondagem mais ampla ou até mesmo com abordagens focadas, dependendo do nível de networking que você possui", sugeriu Aparecida. 

Em paralelo a essa pesquisa, o empreendedor deve elaborar o modelo de negócios que será adotado. "Considero as parcerias complementares, em que cada empreendedor mantém um foco e conta com um parceiro para projetos mais abrangentes, muito interessantes e estratégicas", indicou.

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Abrindo as portas: considere a burocracia, os recursos e a tecnologia

Por fim, Aparecida recomenda a contratação de uma assessoria contábil e fiscal, pois ela poderá indicar com mais certeza qual é o melhor modelo jurídico para o empreendimento. 

Apesar da possibilidade de prestar serviços como pessoa física autônoma, é importante considerar a possibilidade de se ter um CNPJ, podendo ser: MEI (microempreendedor individual), uma Eireli (empresa individual) ou uma sociedade limitada.

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"A melhor opção depende da atividade escolhida. Algumas só são permitidas em certos enquadramentos jurídicos", ponderou Aparecida.

Além disso, o empreendedor deve avaliar quais recursos serão necessários para o funcionamento de sua empresa. Isso inclui: local de trabalho, equipamentos, serviços de marketing ou de outro tipo, colaboradores, parceiros. Alguns recursos podem ser otimizados com o uso da tecnologia.

"Vale a pena automatizar as tarefas que forem possíveis, usando sistemas e plataformas, de modo que o trabalho seja mais eficiente e renda mais", recomendou a especialista.