Para quem é o mercado financeiro?

Carreira Dirigida: o mercado financeiro é para todos

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Publicado em:16/09/2020 às 12:30
Atualizado em:16/09/2020 às 12:30

Ouvir falar em mercado financeiro pode causar medo em alguns ou até mesmo algum pensamento do tipo “isso não é para mim”. Mas está enganado quem pensa assim. O mercado financeiro é para todos!

Seja para quem tem vontade de começar a investir, seja para quem quer trabalhar com investimentos. E é fato que a preocupação com a saúde financeira própria é cada vez maior no Brasil.

“Às vezes a gente fica só trabalhando e não cuida do dinheiro. Uma hora pode fazer toda diferença no futuro”, afirma Bianca Juliano, head da Xpeed School Pro, a escola de finanças da XP. O importante, segundo segundo a especialista em finanças, é realizar um trabalho em conjunto: “você e seu dinheiro trabalhando por ti”.

Você tem vontade de trabalhar no mercado financeiro, de começar a investir ou os dois?

Como começar a trabalhar no mercado financeiro?

Aqui também vale o que foi afirmado no início: o mercado financeiro é para todos! No entanto, Bianca Juliano dá algumas dicas que podem ajudar a passar mais credibilidade para o cliente e na sua própria trajetória.

Por exemplo, para ter o certificado da Ancord, a entidade que reúne corretoras, distribuidoras e agente autônomos de investimentos, não é necessário ensino superior. Mas a especialista indica que a pessoa interessada em trabalhar no mercado financeiro corra atrás de uma graduação. Principalmente no Brasil, em que a educação formal ainda é muito levada a sério.

“A gente vai lidar com o dinheiro das pessoas, já é um ponto sensível. Saúde e bolso são pontos muito sensíveis”, destaca a profissional.

 

Bianca Juliano, head da Xpeed School Pro, destaca as soft skills
para quem inicia no mercado financeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

Ter o certificado de uma graduação foi muito importante para Bianca Juliana no início da carreira. Ajudou com que ela fosse levada a sério no mercado, principalmente por ser uma mulher atuando com algo novo, fora do tradicional, e em um ambiente que ainda é prioritariamente masculino, na mesma proporção que trabalhar com intensidade e dedicação.

Para quem ainda não entrou na graduação, ela indica os cursos de Administração, Economia ou alguma das Engenharias. Mas fique atento! O mais importante para quem está começando não são os conhecimentos formais, as hard skills, e sim as soft skills. Ou seja: antes de tudo, de entender de mercado financeiro, cálculos ou contas é preciso ser um apaixonado por finanças.

“Quando a gente vai observar quem são nossos assessores e brokers de maior sucesso, o ponto de partida em comum é a paixão por esse mercado”, enfatiza Bianca Juliano. Médicos, administradores, engenheiros, profissionais de TI… o mercado financeiro tem gente de diversas profissões.

Até mesmo pessoas da área de Humanas, que a princípio podem achar que a profissão não tem nada a ver com elas, podem se dar bem no ramo. 

“Se gosta de pessoas, sabe ouvir, sabe dar atenção ao outro, pode sim. Mas claro, vai ter que estudar um pouquinho e entender o mercado financeiro”, explica a profissional. “O  mais importante é saber fazer a conexão do que faz sentido para cada um. O que rende ou não, é o sistema que faz.”

Para quem deseja trabalhar na XP, existem dois caminhos. Ser um assessor de investimentos de forma autônoma ou ser um funcionário da empresa. 

Aqui, para os que que vão participar de um processo seletivo, vale novamente destacar que mais importante que a técnica é ter um match cultural com os três pilares principais da empresa: mente aberta, espírito empreendedor e sonho grande.

Como começar a investir?

Segundo Bianca Juliano, o passo mais difícil para a maioria das pessoas é o primeiro: começar. Isso se dá pela característica cultural do brasileiro de deixar o dinheiro na poupança dos bancos tradicionais.

“O ponto que eu acredito fortemente é que começar o movimento que pode deixar as pessoas travadas. Desfaça isso e dê o primeiro passo. Dado esse primeiro passo, o medo vai se dissolvendo”, aconselha a especialista.

Depois de decidir investir, a primeira etapa é poupar. Saber os seus:

  • Custos fixos;
  • Custo de vida;
  • Quanto ganha;
  • Quanto sobra.

Ter conhecimento da própria vida financeira pode ajudar até mesmo a definir quanto você quer que sobre por mês. Subir esses degraus das finanças pessoais ajudará a construir sua reserva de emergência, para ser colocada em uma parte mais conservadora dos investimentos e que possa ser retirada, conforme o próprio nome diz: em casos de emergência.

Se essa reserva é o suficiente para viver por três ou seis meses, por exemplo, vai depender de como é a vida e necessidades de cada um. Autoconhecimento aqui é a palavra-chave.

Quando se fala em investimentos, também é muito importante fazer um teste para saber qual é o seu perfil de investidor. É ele que vai definir se você prefere se arriscar e fazer investimentos mais ousados, ou tem um perfil mais conservador e se sente melhor e mais seguro em investimentos de renda fixa.

A primeira coisa que um bom assessor pode fazer por você é te encaminhar um teste para saber o seu perfil para conseguir te aconselhar melhor. Mas também é possível trilhar o caminho dos investimentos sozinho. Para isso, Bianca Juliano indica fazer cursos e ler livros.

A própria Xpeed School tem um curso de nível mais introdutório gratuito. Ela também indica algumas leituras como:

  • Pai Rico, Pai Pobre - Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter;
  • Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Eker;
  • Dinheiro: os segredos de quem tem - Gustavo Cerbas; e
  • Investimentos - Mauro Halfeld.

Além de se informar sobre o assunto, estar nas mãos de um bom especialista pode ser de grande ajuda. A especialista em finanças sintetiza: “é que nem ir em um médico bom: a gente se sente bem, seguro”.

+ Saiba mais: Carreira Dirigida: O Mercado financeiro é para TODXS!