O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) publicou nesta sexta-feira, 3 de outubro, a Portaria nº 8.521, que regulamenta a aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025) em data extraordinária.
A medida, de caráter preventivo, estabelece critérios para situações em que um evento excepcional e imprevisível comprometa a infraestrutura logística e inviabilize a aplicação do exame em determinada localidade.
As provas do CNU seguem confirmadas para este domingo, 5 de outubro, em todo o país. Veja orientações e o que levar!
Segundo a portaria, a aplicação extraordinária só poderá ocorrer em situações excepcionais e imprevisíveis que inviabilizem a realização das provas em determinada localidade.
Para que isso aconteça, é necessário que o evento atinja, pelo menos, 0,5% do total de inscritos no concurso.
Além disso, caberá à banca organizadora solicitar formalmente ao MGI a autorização da nova data, apresentando a justificativa e a relação das áreas impactadas.
A aplicação será restrita somente aos candidatos já inscritos que tenham sido diretamente prejudicados. Esses concorrentes disputarão vagas suplementares, criadas especialmente para a prova extra, desde que haja cargos vagos disponíveis e orçamento autorizado.
Outro ponto importante é que a decisão de autorizar ou não a prova extraordinária será exclusiva da Administração Pública Federal. Isso significa que o candidato não tem direito adquirido a exigir a aplicação em nova data, cabendo ao governo avaliar cada situação.
As oportunidades criadas para a prova extraordinária serão adicionais às do edital original. O número de vagas suplementares será definido de forma a manter a mesma proporção candidato/vaga prevista inicialmente para cada bloco temático do CNU.
As regras de cotas (negros, indígenas, PcDs) também deverão ser respeitadas.
Um edital específico será publicado pelo MGI caso seja necessária a realização de provas em nova data.
► Veja aqui a portaria que autoriza a aplicação extraordinária!
MGI publica decreto que autoriza provas do CNU em data extraordinária em casos de eventos imprevisíveis
(Foto: Bruna Somma/Qconcursos Folha Dirigida)
Essa mesma portaria já havia sido publicada em 2024, quando a primeira edição do Concurso Nacional Unificado precisou ter suas provas adiadas por conta das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul.
Na ocasião, a aplicação estava prevista para 5 de maio, mas, diante da gravidade da situação, o adiamento foi estendido para todo o país. As provas só ocorreram em agosto, após a definição de um novo cronograma pelo MGI.
Quando comunicou o adiamento da aplicação das provas do CNU 2024, a ministra da Gestão, Esther Dweck, reforçou que seria "impossível aplicar as provas no estado".
"A conclusão que a gente teve hoje é que seria impossível realizar as provas no Rio Grande do Sul, seja pelos locais de prova afetados, seja pela impossibilidade de segurança na realização das provas, seja pelo risco de vida das pessoas que estariam envolvidas nesse processo", afirmou Dweck.
Na coletiva de adiamento das provas, a ministra destacou que a intenção é de que todos os candidatos possam realizar as provas nas mesmas condições.
A experiência levou o governo a regulamentar oficialmente a possibilidade de uma aplicação extraordinária, garantindo segurança jurídica e logística para casos considerados imprevisíveis e de grande impacto.
As provas da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado estão confirmada para este final de semana, com mais de 76m mil inscritos em todo o país. A aplicação será de responsabilidade da FGV.
Diferentemente do ano passado, o CNU 2025 terá provas objetivas e discursivas em momentos diferentes. A primeira ocorrerá já neste domingo, dia 5 de outubro, em quase 1,3 mil locais.
Para cargos de nível médio, as provas objetivas contarão com 68 questões. Enquanto para os de nível superior serão 90 perguntas, sendo 30 de Conhecimentos Gerais e 60 de Conhecimentos Específicos.
Somente os classificados, em até nove vezes o número de vagas por cargo, serão convocados para a prova discursiva.
Diferentemente da primeira edição, desta vez os candidatos farão a prova discursiva em um segundo momento, no dia 7 de dezembro.
A etapa discursiva dos cargos de nível superior será composta por duas questões discursivas. Para os cargos de nível médio, o exame consistirá em uma redação dissertativa-argumentativa.
A segunda edição do Concurso Nacional Unificado oferece, no total, 3.652 vagas para cargos dos níveis médio, técnico e superior, com remunerações de até R$18,7 mil.
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No CNU, o cálculo da nota não é algo simples e direto. Para os blocos de nível superior, cada cargo tem pesos diferentes para as disciplinas de Conhecimentos Específicos, por exemplo.
Para simplificar esse processo, o Qconcursos lança a CALCULADORA DO CNU. A ferramenta ficará disponível para ajudar os candidatos a calcularem as notas da prova objetiva e saberem se estão habilitados na etapa ou não.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgará os gabaritos oficiais preliminares das provas na segunda, 6.
Antes disso, os professores do Qconcursos realizam a correção extraoficial das provas AO VIVO, no próprio domingo, 5.
Confira e já ative as notificações para ser avisado quando a transmissão começar:
