Agências Reguladoras pedem mais efetivo e apontam déficit de 65%
Sem concurso para todos os cargos, as agências reguladoras enviaram uma nota conjunta apontando quantitativo insuficiente de pessoal.
Política e Concursos
Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:03/06/2024 às 08:19
Atualizado em:03/06/2024 às 08:49
Com baixo orçamento e sem concurso para todos os cargos, as Agências Reguladoras evidenciam que há grande necessidade de reposição de pessoal em seus quadros. O déficit já chegou a mais de 65% dos cargos vagos.
Em nota conjunta, as 11 autarquias expuseram suas contribuições no tocante à Economia, Políticas Públicas e, principalmente, a regulação.
"Ao longo de mais de duas décadas de existência das Agências Reguladoras, muito se desenvolveu na prestação de serviços e produtos pelas empresas reguladas, de maneira que nossa sociedade passou a poder usufruir das vantagens de um mercado regulado, com previsibilidade, participação social e equilíbrio entre os atores, o que, no fim, favorece o desenvolvimento econômico e sustentável do país", diz um trecho da nota.
No entanto, as agências informam que foram surpreendidas recentemente com um corte orçamentário de cerca de 20%. O que, segundo as autarquias, inviabiliza as ações necessárias para uma boa regulação.
Além deste corte, as agências ainda pontuam que vêm sofrendo com um alto déficit de pessoal em seus quadros.
As vacâncias ocorrem em virtude de aposentadorias, exonerações e falecimento de servidores. Entretanto, não há reposição por meio de novos concursos públicos.
"(...) o número de vagas autorizadas para a realização do concurso não é suficiente para recompor nem a metade desses cargos vagos", disseram.
Na nota, elas afirmam, ainda, que o quantitativo de pessoal previsto já era insuficiente, principalmente com o crescimento do mercado e das novas tecnologias, mas tem ficado ainda mais complexo exercer as atividades sem esse tipo de investimento.
Todos os órgãos federais tiveram até 31 de maio para encaminharem os seus novos pedidos de concurso ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI), para o ano de 2025.