Concurso MPU tem banca definida e provas previstas para este ano

Fundação Getulio Vargas (FGV) é escolhida como a banca organizadora do novo concurso MPU. Edital e provas previstas para 2024!

Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:30/09/2024 às 16:55
Atualizado em:01/10/2024 às 09:47

Com o término da validade do último edital, os preparativos do novo concurso MPU começaram a avançar. Nesta segunda-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV) foi confirmada como a banca organizadora da seleção.


O nome da FGV foi publicado no Portal Nacional de Contratações Públicas. Veja abaixo:


Como banca, a Fundação Getulio Vargas ficará responsável por receber as inscrições do concurso, além de aplicar as provas aos candidatos.


A escolha da FGV surpreende tendo em vista que o Cebraspe foi contratado nos últimos seis concursos do MPU, realizados no período de 1999 a 2018. Desta forma, a forma de cobrança dos conteúdos será diferente nas próximas provas.


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Concurso MPU tem edital e provas previstos para 2024

Além da confirmação da FGV como banca do novo concurso, também foi divulgado o projeto básico do edital.


O documento reúne informações importantes, como cargos, áreas, estrutura de provas e cronograma previsto.


De acordo com o projeto básico, o edital está previsto para divulgação em outubro e as provas devem ser aplicadas ainda este ano:

Como visto acima, as provas estão estimadas para o mês de novembro. Porém, o órgão deve seguir a norma de aplicar as avaliações somente 60 dias após a publicação do edital.


Desta forma, com a divulgação do edital em outubro, as provas só poderão acontecer em dezembro.


Em ofício, a secretária-geral do MPU, Eliana Torelly, já tinha adiantado sobre a previsão de edital em outubro e provas em dezembro.


O ofício em questão foi enviado por Eliana ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, no início de setembro e a reportagem do Qconcursos Folha Dirigida teve acesso.


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Veja proposta da FGV para as provas do concurso MPU

Em sua proposta de prestação de serviços, a Fundação Getulio Vargas detalha quais serão as etapas do concurso. Veja:


As provas serão aplicadas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.


A Fundação Getulio Vargas ainda lista como serão as provas objetivas e discursivas por cargo. Confira:


Técnico do MPU (todas as especialidades):

  • prova objetiva: 80 questões, sendo 30 questões de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos; e
  • prova escrita: redação de até 30 linhas.

Analista do MPU (todas as especialidades):

  • prova objetiva: 80 questões, sendo 30 questões de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos; e
  • prova escrita: redação de até 30 linhas.

As disciplinas de Conhecimentos Gerais e Específicos ainda não foram reveladas.


Para o cargo de técnico - Segurança Institucional (policial do MPU), o Teste de Aptidão Física (TAF) consistirá nos exercícios de barra fixa, flexão de braço, flexão abdominal e corrida. A aplicação será nas 26 capitais e no Distrito Federal.


O prazo de validade do último concurso MPU, aberto em 2018, encerrou no dia 27 de setembro.

Primeiros cargos do concurso MPU estão confirmados

O novo concurso já conta com os dois primeiros cargos confirmados. A secretária-geral Eliana Torelly afirmou que haverá vagas para:

  • técnico do MPU/Administração; e
  • policial do MPU (antigo técnico do MPU/Segurança Institucional).

Os cargos foram citados no mesmo ofício enviado por Eliana ao procurador-geral da República.


Há ainda a informação que o novo concurso incluirá todos os cargos que compõem as carreiras de servidores do MPU. O número de vagas ainda não foi divulgado.


Hoje, o Ministério Público da União dispõe dos seguintes cargos e especialidades em sua estrutura:


Técnico do MPU nas especialidades de:

  • Administração;
  • Controle Interno;
  • Edificação;
  • Enfermagem;
  • Laboratório;
  • Orçamento;
  • Saúde;
  • Saúde Bucal;
  • Segurança Institucional e Transporte (atualmente Policia Institucional do MPU); e
  • Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Analista do MPU nas especialidades de:

  • Arquivologia;
  • Atuarial;
  • Biblioteconomia;
  • Cardiologia;
  • Clínica Médica;
  • Comunicação Social;
  • Dermatologia;
  • Desenvolvimento de Sistemas;
  • Direito;
  • Educação;
  • Endocrinologia;
  • Enfermagem;
  • Estatística;
  • Farmácia/Bioquímica;
  • Gestão Pública;
  • Ginecologia;
  • Nutrição;
  • Odontologia;
  • Oftalmologia;
  • Pediatria;
  • Perito em Antropologia;
  • Perito em Arqueologia;
  • Perito em Arquitetura;
  • Perito em Biologia;
  • Perito em Contabilidade;
  • Perito em Economia;
  • Perito em Engenharias;
  • Perito em Geografia;
  • Perito em Geologia;
  • Perito em Medicina do Trabalho;
  • Perito em Oceanografia;
  • Perito em Tecnologia da Informação e Comunicação;
  • Planejamento e Orçamento;
  • Psicologia;
  • Psiquiatria;
  • Serviço Social; e
  • Suporte e Infraestrutura.

Conforme o posicionamento do MPU, qualquer uma das especialidades listadas acima poderá ser contemplada no próximo edital.


Atualmente, os cargos de técnico e analista do MPU têm como requisito o nível superior. Já as remunerações iniciais são de:

  • técnicos do MPU: R$8.529,64, sendo R$3.554,02 de vencimento básico e R$4.975,64 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU); e
  • analistas do MPU: R$13.994,76, sendo R$5.831,15 de vencimento básico e R$8.163,61 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU).

A previsão é que o concurso atraia 340 mil inscritos, sendo 210 mil para os cargos de técnico do MPU e 130 mil para os cargos de analista do MPU. 

Clique e saiba mais

PGR questiona nível superior para cargo de técnico do MPU

Os cargos de técnico e de analista do Ministério Público da União, conforme a atual legislação, têm como requisito o nível superior completo. 


Em dezembro do ano passado, após a derrubada do veto pelo Congresso Nacional, o presidente Lula sancionou a Lei 14.591/2023, que determina a graduação para os cargos de técnico do MPU e não mais o nível médio. 


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ajuizou, no final de agosto deste ano, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questiona a lei que alterou a escolaridade do cargo de técnico.


Para Gonet, a lei deveria ter sido proposta pelo chefe do Ministério Público da União. No entanto, a mudança do requisito foi proposta por parlamentares, durante a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional.


O que, na perspectiva do procurador-geral da República, se configura como uma inconstitucionalidade, um vício de iniciativa. Além disso, Gonet pontua que o projeto de lei que resultou na alteração da escolaridade não tratava inicialmente do assunto.


A proposição era para a transformação de cargos vagos de analista em procurador de Justiça Militar, promotor de Justiça Militar e em comissão. Não havia nenhum item sobre requisitos ou a natureza dos cargos do MPU.


Desta forma, o procurador-geral da República pede a concessão de medida cautelar de suspensão da eficácia dos dispositivos impugnados.


Paulo Gonet, inclusive, cita a iminência do novo concurso MPU, previsto para outubro, para que a ADI seja julgada o quanto antes e para que seja assegurado o nível médio para o cargo de técnico.


Entenda o processo!



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