Concurso Unificado: ministra confirma 6.590 vagas em 20 órgãos

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta, 29, ministra Esther Dweck fala sobre o Concurso Nacional Unificado. Veja!

Concursos Previstos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:29/09/2023 às 12:58
Atualizado em:29/09/2023 às 16:31

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou que o Concurso Nacional Unificado (CNU) terá o total de 6.590 vagas em 20 órgãos.


Os detalhes foram passados em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 29. A seguir, veja a lista de órgãos que participarão do concurso:

  • IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 895 vagas;
  • Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas): 502 vagas;
  • Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária): 742 vagas;
  • Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária): 520 vagas;
  • MTE (Ministério do Trabalho e Emprego): 900 vagas;
  • Ministério da Saúde: 220 vagas;
  • AGU (Advocacia Geral da União): 400 vagas;
  • Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar): 40 vagas;
  • Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): 40 vagas;
  • Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários): 30 vagas;
  • ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar): 35 vagas;
  • MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços): 110 vagas;
  • MCTI em partes (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação): 296 vagas;
  • MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública): 130 vagas;
  • MinC (Ministério da Cultura): 50 vagas;
  • MEC (Ministério da Educação): 70 vagas para ATPS;
  • MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania): 40 vagas;
  • MPI (Ministério dos Povos Indígenas): 30 vagas;
  • MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento): 60 vagas;
  • MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e as carreiras transversais: 1.480 vagas.

Segundo membros do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), ainda há órgãos que podem confirmar adesão até às 23h59 desta sexta, 29, prazo definido inicialmente.


São eles: Ministério da Fazenda, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Defensoria Pública da União (DPU) para carreiras Administrativas.


Apesar de não precisar de uma autorização do Executivo Federal, a DPU procurou o Ministério da Gestão para conhecer e participar do concurso unificado. A informação foi adiantada com exclusividade à Folha Dirigida por Qconcursos. Até o final do dia, a DPU deve formalizar ou não a adesão.


Conforme dados do Ministério da Gestão, até o momento, do total de órgãos que receberam autorização para preenchimento de vagas, 72% confirmaram adesão ao CNU, 27% declinaram e 1% ainda está em análise e deve ter parecer até o final do dia.


A assinatura do termo de adesão deve ocorrer na próxima semana. Segundo Esther Dweck, caso um órgão que tenha declinado volte atrás, este poderá assinar o termo também.


De acordo com a ministra Esther Dweck, o cronograma do CNU será:

  • edital: 20 de dezembro de 2023;
  • provas: até março de 2024;
  • resultado final da etapa unificada: até maio de 2024;
  • cursos de formação, quando cabível: até julho de 2024; e
  • posse dos novos servidores: até agosto de 2024.

A expectativa da ministra é que o concurso unificado ultrapasse os 3 milhões de inscritos.


Folha Dirigida por Qconcursos esteve presente na coletiva e trouxe as informações em tempo real. Assista aqui!


A estimativa do MGI é que o concurso unificado tenha outras edições e seja realizado todo ano ou a cada dois anos.

O que é o Concurso Nacional Unificado?

O Concurso Nacional Unificado é uma proposta do Governo Federal para centralizar os concursos autorizados este ano. A ideia é ter um único dia de aplicação de provas, até março de 2024, em cerca de 180 municípios espalhados pelo país. 


Com isso, o governo quer democratizar o acesso ao serviço público, já que as provas serão capilarizadas (no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio - Enem) e não apenas nas capitais dos estados.


No concurso unificado, uma pessoa, por exemplo, poderá concorrer a vagas em mais de um cargo, pagando apenas uma taxa de inscrição. 

"Alguns órgãos que receberam autorização no início do ano anunciaram provas apenas em Brasília. Mas, acreditamos que todos os cidadãos brasileiros podem ter o direito de fazer o concurso. Era necessário ampliar as cidades de aplicação de provas", disse a ministra da Gestão.

"Queremos ter uma burocracia com a cara da sociedade brasileira, em termos de gênero, raça e representação geográfica", completou Esther. 


Cada órgão ou entidade pública, com aval para preenchimento de vagas, pôde optar por aderir ou não ao formato. A participação foi voluntária.


Os custos com a realização do CNU serão rateados entre os órgãos que confirmaram adesão, inclusive para contratação da banca organizadora.


De acordo com o MGI, a banca será contratada, por meio de dispensa de licitação. O Ministério já teve conversas com algumas instituições, mas ainda não escolheu qual ficará à frente do concurso.


"Quem cuida da contratação é a área responsável, que já recebeu visitas de várias empresas. Com o termo de referência apresentado, poderá ser feita a escolha da empresa", revelou o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso, à reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos. 


Nesta sexta, 29, também foi publicado o decreto com as regras do CNU, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Veja os detalhes aqui!

Como serão distribuídas as vagas do Concurso Unificado?

A proposta do CNU, também chamado de “Enem dos Concursos” é que as vagas dos órgãos sejam distribuídas em oito blocos temáticos:

  • Administração e Finanças Públicas;
  • Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
  • Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
  • Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
  • Trabalho e Previdência;
  • Dados, Tecnologia e Informação Pública; e
  • Nível intermediário.

Após a consolidação das adesões dos órgãos ao CNU, o Governo Federal irá desenhar a divisão dos cargos por bloco temático, considerando as afinidades entre eles.


O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que ao realizar a inscrição, primeiro, o candidato deverá escolher entre um dos blocos temáticos. 


Depois, deverá indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.


Dessa forma, será possível se inscrever a mais de um cargo, desde que esteja no mesmo bloco temático.


A equipe do MGI também confirmou que será formado um cadastro de reserva (excedentes), que poderá ser utilizado durante o prazo de validade do concurso.

"Uma vez esgotada as vagas do bloco inteiro, o candidato ficará na lista de continuação, com prazo para ele concordar com a locação que foi feita, montando o cadastro de reserva a partir daí", explicou o secretário José Celso.

Outra confirmação é que o concurso terá aplicação da Lei de Cotas, com reservas de vagas por cargos e não por blocos temáticos.

Quais serão os cargos contemplados no concurso?

Os cargos do CNU serão aqueles autorizados pelo Governo Federal para cada órgão. Veja abaixo:

(Foto: Reprodução MGI)

Como serão as provas do Enem dos Concursos?

O Concurso Nacional Unificado terá somente um dia de provas. Os candidatos deverão responder a:

  • questões objetivas com matriz comum a todos os candidatos;
  • questões objetivas sobre Conhecimentos Específicos de cada bloco temático;
  • prova discursiva sobre Conhecimentos Específicos de cada bloco temático.

A aplicação das provas objetivas e discursivas ocorrerá em um único turno (com 4h30 de duração).


Segundo os membros do MGI, o conteúdo programático e as disciplinas das provas só serão divulgados no edital. Mas, a ministra Esther Dweck tranquilizou:

"Quem já estuda, vai estar preparado. Podem ficar tranquilos. Todos que já se preparam para concursos vão ter bagagem para fazer esse concurso unificado".

No entanto, há assuntos com maior probabilidade de serem cobrados, como Diversidade e Inclusão, concernentes aos servidores atuais, de acordo com o MGI.


Após as provas objetivas e discursivas, as próximas etapas serão a critério dos órgãos ou por determinação legal, podendo ser:

  • titulação acadêmica;
  • experiência profissional;
  • apresentação de memoriais; e
  • provas práticas e entre outras fases.  

Quanto à realização de entrevistas e curso de formação, o secretário José Celso Cardoso esclareceu que dependerá da previsão legal específica.


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