Concurso PF em 2025? Ministro cobra efetivo e confirma POF

Ministro Lewandowski revela que um concurso PF pode sair em 2025 e confirma as mudanças a partir da PEC. Entre elas, o surgimento da POF. Veja!

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Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:31/10/2024 às 17:25
Atualizado em:31/10/2024 às 17:37

Nesta quinta-feira, 31, o ministro Ricardo Lewandowsk confirmou que um novo concurso PF pode sair em 2025. Além disso, o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública confirmou que a PRF pode mudar de nome e virar POF.


Durante reunião com governadores e o presidente Lula, ele afirmou que o desejo é chegar a 15 mil policiais federais novamente.


A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, também está presente no encontro e o ministro aproveitou para cobrar a realização de concurso na corporação, após um pedido do diretor-geral da corporação.

"Hoje nós estamos com cerca de 13 mil homens, menos até, considerados os administrativos, e o concurso não abre. Aqui vou até veicular uma queixa do Andrei Rodrigues (diretor-geral da PF). Só para o ano que vem. Nós não queremos nada, queremos só chegar de volta aos 15 mil. Precisamos de gente! A Polícia Rodoviária já teve um efetivo maior, então doutora Esther Dweck, nós queremos concursos, queremos gente para enfrentar a criminalidade", disse Lewandowski.

Em 2024, a PF encaminhou um pedido de concurso que totaliza 2.599 vagas, sendo 1.810 na área Policial e 789 para cargos administrativos.


O diretor-geral, inclusive, já confirmou que o concurso da área Administrativa será realizado e só falta a publicação da portaria autorizativa.


Embora a corporação tenha solicitado mais de 700 vagas, o aval deve contemplar apenas 185 cargos. Fonte ligada ao Governo Federal confirmou ao Qconcursos Folha Dirigida que os trânites da autorização estão avançados.


PRF virará POF, confirma ministro

Ao detalhar a PEC da Segurança Pública, o ministro Ricardo Lewandowski confirmou a transformação da Polícia Rodoviária Federal em Polícia Ostensiva Federal (POF).


Ele também destacou que não há previsão de criação de novos cargos.

"Os novos cargos da POF serão criados a partir dos já existentes", diz Lewandowski.

Confira na imagem a seguir a mudança da nomenclatura de PRF para POF:


Ministro cobra efetivo na PRF

O ministro Ricardo Lewandowski também citou o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando, e pontuou que o efetivo tem reduzido. Segundo ele, a PEC não criará novos cargos e a futura Polícia Ostensiva Federal precisará de reposição.


No mês passado, a Polícia Rodoviária Federal informou que a sua defasagem chegou a quase 30% no seu quadro de servidores, somando policiais e administrativos.


Vale lembrar que a corporação possui concurso vigente para a área Policial até dezembro de 2025. Por essa razão, solicitou ao MGI autorização para convocar excedentes e reforçar o efetivo.


A convocação adicional da PRF prevê a chamada de 473 aprovados no último concurso. No entanto, o MGI ainda não confirmou se autorizará essas nomeações.


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Caso a PRF receba autorização para convocar os excedentes, o efetivo da corporação alcançará o total de 13.098 policiais rodoviários federais, conforme previsto em Lei.


Ainda assim, a PRF considera que necessita de um contingente maior, buscando expandir o quadro para 18 mil policiais, algo que só será viável com a criação de novos cargos.


Para atingir esse número, a corporação já solicitou um novo concurso com 4.902 vagas para policial rodoviário federal.


Para isso, é necessário que a PRF primeiro avance com a Medida Provisória (MP) que cria esses novos cargos, seguida pela autorização do concurso junto ao MGI.


Quanto à área Administrativa, o pedido de novo concurso foi negado pela pasta. A Polícia Rodoviária Federal havia solicitado um edital com 235 vagas para sua carreira de nível médio.

O que é a PEC da Segurança Pública? Ministro esclarece!

Em outubro, Lewandowski fez suas primeiras declarações públicas sobre a PEC da Segurança Pública, abordando os possíveis impactos que essa proposta pode trazer à Polícia Federal (PF) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF).


A proposta de emenda foi elaborada pelo próprio ministro e passou a ser discutida em julho.


Atualmente em análise, o texto visa promover mudanças significativas nas atribuições da PF e PRF, visando, segundo Lewandowski, atribuir à União a responsabilidade de coordenar o sistema de segurança e definir diretrizes gerais, englobando também a Defesa Civil e o sistema penitenciário.


O ministro destacou a importância de um trabalho conjunto entre os diferentes níveis de governo, com diretrizes integradas, mas ressaltou que a PEC não interfere nas competências das polícias militares, civis ou das guardas municipais.


Nesse contexto, Lewandowski expôs os motivos para a ampliação das funções da Polícia Federal.

"Nós estamos sugerindo um aumento um pouco das atribuições da Polícia Federal para que ela possa agora, explicitamente, atuar nas matas, florestas e áreas de preservação ambiental e também que possa, de forma explícita na Constituição, ter a função de combater o crime organizado e as milícias privadas, que, em geral, são locais", disse.

Dessa forma, a PF também passaria a combater as milícias privadas, especialmente em casos de grande repercussão.


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