Concurso PRF: atenção ao conteúdo de Legislação de Trânsito
Professor Leandro Macedo orienta os candidatos na preparação para a disciplina de Legislação de Trânsito para o próximo concurso PRF.
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Publicado em:22/07/2020 às 04:00
Atualizado em:22/07/2020 às 04:00
Concorrência no concurso PRF deve ser grande
Um bom exemplo foi o último concurso aberto em 2018, que reuniu 129 mil inscritos na disputa por 500 vagas. Na visão do professor Leandro Macedo, que já foi policial rodoviário, para conseguir a aprovação na seleção é preciso iniciar os estudos com bastante antecedência.
A lotação dos aprovados acontecerá após o curso de formação, de acordo com as necessidades da corporação.
Historicamente, a PRF possui mais necessidade de pessoal em cidades que compõem a chamada Amazônia Legal, que abrange 52 municípios de Rondônia, 22 do Acre, 62 do Amazonas, 15 de Roraima, 144 do Pará, 16 do Amapá, 139 do Tocantins, 141 do Mato Grosso, além 181 do Maranhão.
Isso não quer dizer que, ao término do curso de formação, parte dos aprovados possa ser lotada em outras localidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba ou outras cidades do eixo Sul-Sudeste.
No entanto, a maior concentração ocorrerá em cidades da chamada Amazônia Legal. O pedido de concurso da PRF, junto ao Ministério da Economia, é para a abertura de 2.772 vagas, sendo 138 vagas de agente administrativo e 2.634 para policial rodoviário federal.
A primeira carreira exige nível médio, já a segunda, formação superior em qualquer área, além de carteira de habilitação a partir da categoria B e idade entre 18 e 65 anos.
Para agente administrativo, a remuneração é de R$4.022,77, já para policial rodoviário, R$10.357,88. Os valores já incluem R$458 de auxílio-alimentação.
Em ambos os casos, as contratações ocorrem pelo regime estatutário (garantia de estabilidade). Como o atual governo vem priorizando contratações para atividades-fim, será mais fácil a PRF receber autorização para a abertura de concurso para policial rodoviário.
Dicas de Legislação de Trânsito par ao concurso PRF
Um novo concurso para policial rodoviário federal está em pauta. Historicamente, as seleções para a PRF costumam atrair uma grande concorrência. Um bom exemplo foi o último certame, aberto em 2018, que reuniu 129 mil inscritos na disputa por 500 vagas.
E na visão do professor Leandro Macedo, que já foi policial rodoviário, para conseguir a aprovação no concurso da PRF é preciso iniciar os estudos com bastante antecedência.
“O conteúdo a enfrentar, embora de pouca complexidade, demora muito a ser digerido, em virtude da sua extensão”, disse.
Para Leandro Macedo, o edital do concurso passado, realizado em 2018, não deverá ser alterado e, por isso, deve ser a base de estudo dos interessados em ingressar na PRF.
Ele chama ainda a atenção para a importância de os futuros candidatos darem atenção à disciplina de Legislação de Trânsito.
“Não tenho dúvidas que 30% da prova deverá cobrar Legislação de Trânsito”, afirmou.
Veja na entrevista a seguir outras dicas do professor Leandro Macedo para ajudar na preparação dos futuros candidatos a uma vaga de policial rodoviário federal.
FOLHA DIRIGIDA - A DIREÇÃO DA PRF E A FENAPRF ESTÃO BASTANTE OTIMISTAS DE QUE O CONCURSO PARA POLICIAL RODOVIÁRIO SERÁ AUTORIZADO PELO MINISTÉRIO DA ECONOMIA. QUAL A IMPORTÂNCIA DE OS INTERESSADOS EM INGRESSAR NA CORPORAÇÃO INICIAREM O QUANTO ANTES A PREPARAÇÃO, ANTES MESMO DA AUTORIZAÇÃO OFICIAL?
Leandro Macedo - Faz-se necessário estudar com antecedência, pois o conteúdo a enfrentar, embora de pouca complexidade, demora muito a ser digerido, em virtude da sua extensão.
Lembrando que a aprendizagem passiva (assistir aula) é complementada com o envolvimento com questões de provas anteriores, que é a aprendizagem ativa.
FOLHA DIRIGIDA - ATÉ POR SER BASTANTE RECENTE, ACHA QUE PROGRAMA ANTERIOR SERÁ MANTIDO?
Leandro Macedo - Certamente o programa anterior será mantido, pois se trata de uma tendência nos concursos da atualidade: elaborar prova atendendo ao perfil profissional do cargo.
Por isso, não tenho dúvidas que 30% da prova deverá cobrar Legislação de Trânsito.
FOLHA DIRIGIDA - VOCÊ ACREDITA QUE A ESTRUTURA DE ETAPAS DE SELEÇÃO (OBJETIVA, DISCURSIVA, TAF, EXAME PSICOLÓGICO, AVALIAÇÃO DE TÍTULOS, INVESTIGAÇÃO SOCIAL E CURSO DE FORMAÇÃO) SERÁ MANTIDA OU ACREDITA EM ALTERAÇÕES?
Leandro Macedo - As etapas não podem ser alteradas pelo edital do concurso, uma vez que estão previstas na Lei da carreira (Lei 9654/98).
FOLHA DIRIGIDA - NO CONCURSO PASSADO, LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO TEVE UM PESO MUITO GRANDE NA PROVA. DAS 120 QUESTÕES, 40 FORAM SOBRE ESSA DISCIPLINA, OU SEJA, UM TERÇO DA AVALIAÇÃO. NA SUA VISÃO, O NOVO CONCURSO MANTERÁ ESSA PROPORÇÃO?
Leandro Macedo - Legislação de Trânsito certamente vai se repetir, mas com uma diferença, ao meu ver. Acredito em um conteúdo maior, como a inclusão do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT).
FOLHA DIRIGIDA - VOCÊ É ESPECIALISTA EM LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO. QUAIS SÃO OS ASSUNTOS QUE VOCÊ ACREDITA QUE PODERÃO SER MAIS EXPLORADOS NA PROVA DO PRÓXIMO CONCURSO E, POR ISSO, OS FUTUROS CANDIDATOS DEVEM DAR ATENÇÃO ESPECIAL?
Ao analisar provas anteriores da PRF, não encontramos uma padrão: em 2002, só caiu o Código de Trânsito Brasileiro; em 2004, tivemos 80 % de CTB e 20% de Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran); em 2008, praticamente só resoluções do Contran; em 2009, 90% de CTB; em 2013, a prova não teve Legislação de Trânsito); já em 2019, metade foi CTB e metade resoluções do Contran. A minha indicação é dominar a matéria por inteiro.
FOLHA DIRIGIDA - COMO ESTUDAR SEM TER AINDA A ORGANIZADORA DEFINIDA? ACHA QUE OS INTERESSADOS DEVEM ESTUDAR COM FOCO NO CESBRASPE, ORGANIZADOR DA SELEÇÃO ANTERIOR?
Leandro Macedo - Não há como fugir da necessidade de se fazer todas as questões de Legislação de Trânsito elaborada pela banca anterior. Muito importante essa fase do aprendizado.
FOLHA DIRIGIDA - QUAIS FALHAS OS FUTUROS CANDIDATOS NÃO PODEM COMETER DE FORMA ALGUMA AO SE PREPARAR PARA UM CONCURSO PARA POLICIAL RODOVIÁRIO?
Leandro Macedo - Acredito que as principais falhas em uma preparação são ceder espaço ao desestímulo, o que é normal acontecer, e falta de planejamento de estudo.
FOLHA DIRIGIDA - CONSIDERA TAMBÉM FUNDAMENTAL QUE, AO LONGO DOS ESTUDOS PARA AS PROVAS OBJETIVAS, OS FUTUROS CANDIDATOS TAMBÉM SE PREPAREM FISICAMENTE?
Leandro Macedo - A preparação física é muito importante para aumento de rendimento nos estudos. Ao longo da preparação, é importante manter um condicionamento mínimo, bem como uma boa alimentação.
Isso dará um tempo para treinamento após a prova. A razoabilidade faz-se necessária, já que o candidato deve passar primeiro na prova escrita, mas, certamente, ele não pode esquecer que fará uma avaliação física se for aprovado.
FOLHA DIRIGIDA - VOCÊ FOI POLICIAL RODOVIÁRIO HÁ MUITOS ANOS. O QUE MUDOU NA SUA VIDA APÓS INGRESSAR NA CORPORAÇÃO? VALE A PENA INVESTIR TEMPO E DINHEIRO, ALÉM DE ABDICAR MUITAS VEZES DO LAZER E DA FAMÍLIA, PARA ESTUDAR PARA O CONCURSO?
Leandro Macedo - Fui policial rodoviário por quase 20 anos, e confesso que foram os melhores anos da vida. Acredito que os candidatos devem viver sim seu sonho, com toda a intensidade desejada.
Como foi o último concurso PRF realizado em 2018?
No último concurso para policial rodoviário, realizado em 2018, a prova objetiva contou com 120 questões, divididas em três blocos.
O primeiro contou com 50 perguntas de Português, Raciocínio Lógico-Matemático, Informática, Noções de Física, Ética no Serviço Público, Geopolítica Brasileira e História da PRF.
O segundo teve 40 questões de Legislação de Trânsito, já no terceiro foram 30 de Direito Administrativo, Direito Constitucional, Legislação Especial, Direitos Humanos e Cidadania, Direito Penal e Direito Processual Penal.
Os candidatos fizeram ainda prova discursiva, exame de capacidade física, avaliação de saúde, avaliação psicológica, avaliação de títulos, investigação social e curso de formação.
É possível que essa estrutura seja mantida para o novo concurso. O certame foi organizado pelo Cebraspe (antigo Cespe/UnB). O último concurso para agente administrativo da PRF ocorreu em 2015 e teve a Funcab como organizadora.
Na época, os candidatos foram submetidos a duas etapas de avaliação: prova objetiva e investigação social.
A prova objetiva contou com 60 questões, sendo 24 de Conhecimentos Básicos (12 de Língua Portuguesa, seis de Ética e Conduta Pública e seis de Raciocínio Lógico) e 36 de Conhecimentos Específicos (seis de Noções de Direito Constitucional, seis de Noções de Direito Administrativo, seis de Noções de Administração, seis de Noções de Arquivologia, seis de Noções de Informática e seis de Legislação Relativa à PRF.