O Governo Federal propôs, em reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente na quarta-feira, 10, o aumento na remuneração dos servidores. Isso ocorrerá por meio do reajuste no auxílio-alimentação de R$658 para R$1 mil.
Caso a categoria aceite a proposta, o reajuste será feito de forma linear a todos os servidores ativos do Poder Executivo Federal. Porém, o aumento terá maior impacto para aqueles com as menores faixas salariais.
Estudo feito pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) indica que o aumento do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos, que são os que ganham até R$9 mil por mês.
Confira no gráfico abaixo, elaborado pelo MGI, o impacto do aumento do novo auxílio-alimentação, em cada faixa salarial:
(Gráfico elaborado pelo MGI)
Além do auxílio-alimentação, o Governo Federal propôs o reajuste de 51% no auxílio-creche e assistência à saúde complementar per capita média (auxílio-saúde).
A categoria deve dar uma resposta sobre o aumento até a próxima segunda, 15, prazo final para ser publicada a portaria reajustando os benefícios.
Sobre o reajuste nos vencimentos dos servidores federais, durante o programa 'Bom dia, ministra' na quinta-feira, 11, a titular do MGI, Esther Dweck, relembrou que o Governo Federal já concedeu, em 2023, aumento de 9% a todos os servidores federais.
Além disso, a proposta é conceder outros 9% ao longo do mandado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.
A oferta dos dois aumentos de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelos servidores e, diante disso, o governo buscou alternativas para promover o reajuste dos rendimentos dos funcionários públicos, como nos benefícios e auxílios.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última quarta-feira, 10, que este ano o reajuste não será possível pois "o orçamento já está fechado".
Já para os próximos anos, a equipe econômica está fazendo cálculos para verificar se há espaço no orçamento para efetuar o aumento para o funcionalismo.
O Governo Federal ainda se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
Atualmente são 18 mesas de negociações específicas abertas. Dez mesas já chegaram a acordos e oito estão em andamento.
Se forem aprovados, os novos auxílios e benefícios já serão válidos para os convocados por meio do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
A oferta é de 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal. As oportunidades são para cargos dos níveis médio e superior, com iniciais de até R$23,5 mil.
Os candidatos do Concurso Unificado serão avaliados por provas objetivas e discursivas no dia 5 de maio.
Os locais de aplicação estarão disponíveis para consulta a partir do dia 25 de abril, pela página oficial do concurso.
As provas serão realizadas de forma simultânea em 228 cidades pelo país.
A poucos dias do Concurso Unificado, o Qconcursos guia a sua jornada nesta reta final na Maratona CNU, com simulados gratuitos. Cadastre-se e participe!
