A previsão é que seja enviado ao Congresso Nacional nas próximas semanas. O texto foi elaborado em conjunto pelos Ministérios da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI); Igualdade Racial; e Justiça e Segurança Pública.
Folha Dirigida por Qconcursos já tinha adiantado sobre o novo percentual de reserva para negros, em agosto, após ter acesso à minuta do Projeto de Lei (PL). O texto ainda torna obrigatória cotas para indígenas e quilombolas, com 3% e 1% das vagas, respectivamente.
Em caso de aprovação, a Lei será aplicada aos órgãos da Administração Federal Direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.
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Renovação da Lei de Cotas está em estudo pelo Governo Federal
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
A reserva de vagas para negros, indígenas e quilombolas será aplicada sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público ou no processo seletivo simplificado for igual ou superior a dois.
No caso específico dos concursos para o Ministério dos Povos Indígenas e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a proposta é que a reserva seja de 30% das vagas para indígenas e quilombolas.
Vale destacar que o PL de Cotas não inclui as pessoas com deficiências (PcDs), cuja reserva é de até 20%, conforme a legislação vigente.
Atual Lei de Cotas não atingiu resultado esperado
Em resposta ao jornal O Globo, a diretora de ações afirmativas do Ministério da Igualdade Racial, Anna Venturini, explicou que os 20% para cota de negros na lei atual não provocou o efeito esperado. Uma vez que ainda há pouca inserção de negros no serviço público desde então.
Ela justificou a situação diante do reduzido número de concursos públicos nos últimos anos, impedindo a aplicação efetiva da medida.
“A gente pensou em avançar na questão da abrangência, ampliar o percentual de reserva. Vimos que, nos últimos anos da lei de cotas, não conseguimos implementar na forma como gostaríamos por uma série de fatores. Um deles é que tivemos uma oferta de concursos muito baixa. Tivemos uma oferta de concursos menor do que era esperada quando a lei foi aprovada. Um dos motivos foi o teto de gastos”, disse Anna.
Segundo a diretora, a quantidade de funcionários negros em cargos da administração direta ou indireta é de somente 36% hoje, bem abaixo da representação desses grupos na população brasileira, pouco acima de 50%.
Ministra Esther confirma envio do PL de Cotas
Apesar de outras pastas participarem do processo, a renovação da lei de cotas é de responsabilidade do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). A titular da pasta, Esther Dweck, já confirmou que o projeto de lei será enviado ao Congresso Nacional em breve.
De acordo com Esther, o ministério já tem as suas propostas e avalia como levá-las aos parlamentares.
Em resposta à Folha Dirigida por Qconcursos, no dia 18 de julho, a ministra explicou que um setor do MGI trabalha no tema das cotas, a fim de "resolver" a reserva de vagas nos concursos federais.
"Já fizemos a análise da lei de cotas no setor público para concursos, tanto para pensar o novo PL mas também para melhorar a aplicação já nestes concursos autorizados. Criamos um comitê para isso", disse.
A elaboração de um Projeto de Lei (PL) para cotas está entre as medidas institucionais e normativas do Plano Plurianual (PPA) de 2024 a 2027.
O objetivo é que o PL renove dispositivos da atual Lei 12.990/2014. Além de trazer inovações e ampliação do público-alvo das cotas, com a previsão de reserva para pessoas indígenas e quilombolas.
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