"Ainda tem a previsão do novo CNU. A quantidade de vagas vai depender do que for aprovado no Orçamento, mas a decisão só vai sair mais para o final do ano", disse a ministra.
Além disso, o novo CNU depende também da adesão dos órgãos, ministérios e autarquias que receberam autorização para concursos públicos.
Segundo a ministra, o governo já fez um primeiro contato com os órgãos para verificar quais desejam aderir ao próximo concurso unificado. Esther, porém, não adiantou quais deram um sinal positivo para participação.
Mesmo com corte de gastos, ministra mantém previsão de novo CNU
(Foto: Qconcursos Folha Dirigida)
Na última semana, por força de um acordo judicial, o resultado final da primeira edição do CNU foi adiado para fevereiro.
No dia 21 de novembro, o então coordenador-geral de logística da seleção, Alexandre Retamal, destacou que o adiamento não impactaria na realização de uma próxima edição do concurso.
Ainda segundo Retamal, os aprendizados da primeira edição permitirão um novo concurso CNU mais consolidado.
"Os aprendizados permitirão que a gente faça uma próxima edição muito melhor, tanto em termos de editais, contratação e também tem os avanços que queremos trazer para que a Segurança continue existindo".
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Como funciona o Concurso Nacional Unificado?
O CNU é um modelo inédito de recrutamento de servidores para o Poder Executivo Federal. A primeira edição disponibilizou 6.640 vagas em mais de 20 órgãos e autarquias.
Nesse modelo, o candidato realiza uma inscrição e uma única prova para disputar vagas em diversas carreiras e órgãos.
O Concurso Unificado também é pioneiro ao ser aplicado em 228 cidades de todo o país. Antes, os concursos federais eram feitos apenas em Brasília DF ou se restringiam às capitais dos estados.
O resultado final do concurso estava previsto para sair no dia 21 de novembro, mas foi adiado em função de um acordo judicial que culminou na reintegração de 32.260 candidatos ao CNU. Entenda aqui!
Órgãos já sinalizam adesão ao Concurso Unificado
Dos órgãos que foram contatados para participar da segunda edição do CNU, dois já confirmaram oficialmente a adesão. Um deles é a Fundação Biblioteca Nacional, que tem autorização para 14 vagas de nível superior.
Em resposta ao Qconcursos Folha Dirigida, a FBN informou que recebeu o convite do Ministério da Gestão e Inovação e decidiu realizar o provimento das vagas por meio do edital unificado.
De acordo com o órgão, todos os detalhes e avanços relacionados ao concurso da Biblioteca Nacional estarão subordinados às decisões que ainda serão tomadas pelo MGI.
"Desta forma, todas as etapas e informações a respeito do concurso da FBN estarão vinculadas aos procedimentos a serem adotados pelo Governo Federal, relacionados ao Concurso Público Nacional Unificado (CPNU)", disse a Biblioteca Nacional.
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com aval para 20 vagas de nível superior, também já manifestou interesse em aderir à segunda edição do CNU.
Em despacho acessado pelo Qconcursos Folha Dirigida, a diretora de Planejamento e Administração da Fundaj, Aida Maria Monteiro, confirmou a informação:
"Informamos que a Fundaj irá participar do Concurso Nacional Unificado em 2025", disse a diretora.
Por sua vez, o Ministério da Saúde disse que avalia a possibilidade de participar da edição do CNU em 2025. A pasta tem autorização para preencher 319 vagas efetivas.
Por outro lado, órgãos como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Agência Nacional de Mineração (ANM) não participarão do CNU por já terem divulgado seus próprios editais.
Ibama e ICMBio também não devem aderir por já estarem em processo avançado de contratação da banca.
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Entenda corte de gastos em concursos federais
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira, 27, o pacote de corte de gastos do Governo Federal. Uma das medidas afeta os concursos públicos.
O governo estima uma economia de, pelo menos, R$1 bilhão em 2025, em relação ao faseamento de provimentos e concursos públicos no próximo ano.
Em resposta a jornalistas nesta quinta, 28, a ministra Esther Dweck explicou que o Projeto de Lei Orçamentário (PLOA) para 2025 prevê um valor de R$5 bilhões para provimentos.
Uma parte desse recurso seria destinado para provimento dos servidores para o Executivo Federal, advindo de concursos que já estão em andamento, o que inclui o Concurso Público Nacional Unificado e outra parte para provimentos adicionais ou para abertura de novos concursos.
A ideia do governo é retirar do valor aproximadamente R$1 bilhão, destinado ao provimento adicional e abertura de novos concursos.
Uma vez definido o valor na LOA, após a tramitação no Congresso, o governo irá discutir internamento o que desse orçamento irá para provimento adicional e o que irá para novos concursos.
"Já para o ano que vem, tinha um valor de R$5 bilhões para novos provimentos. Uma parte é para concursos que já estão em andamento e outra parte para provimentos adicionais ou novos concursos. O que nós estamos tirando, obviamente, é de provimentos adicionais e novos concursos, em torno de R$1 bilhão. Isso vai reduzir um pouco o espaço para novas contratações", disse Esther, em resposta a jornalistas.