Com impasse nas negociações, a Federação Interestadual que representa os empregados dos Correios solicitou o apoio do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Uma das cobranças é, justamente, a realização imediata do concurso Correios.
A Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect), por meio da sua vice-presidente, encaminhou um ofício ao ministro Marinho solicitando o apoio nas negociações coletivas junto à direção da empresa.
Vale lembrar que os trabalhadores dos Correios estão em greve desde o dia 8 de agosto e cobram da empresa diversas melhorias.
No ofício encaminhado ao ministro, a federação manifesta suas insatisfações após as assembleias realizadas e diz que as propostas apresentadas pelos Correios não atendem às expectativas mínimas da categoria.
O grupo voltou a cobrar, também, a realização do novo concurso para agente e analista, de níveis médio e superior, respectivamente.
"Essa postura, que desconsidera o esforço e a dedicação dos trabalhadores, poderá gerar um impacto significativo nas condições de trabalho e na moral da categoria, que está adoecida pela falta de condições adequadas de trabalho e pela ausência de reposição das vagas dos últimos Planos de Dispensa Voluntária, bem como pela falta de realização de concurso público desde 2011", disse a Findect no ofício.
O Ministério do Trabalho não se manifestou se vai atuar nas negociações.
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Embora a categoria tenha informado que a greve dos trabalhadores ganhou uma grande repercussão, tendo adesão de cerca de 70% dos trabalhadores nos estados, os Correios se posicionaram oficialmente e alegam normalidade.
Em nota publicada, a empresa garante que as agências estão abertas e as entregas estão sendo realizadas normalmente. Os Correios afirmam que cerca de 92% do seu atual efetivo está trabalhando.
De acordo com a empresa, foram adotadas medidas de remanejamento de profissionais, inclusive a realização de horas extras, para cobrir as ausências devido à paralisação.
Sobre o novo concurso Correios, a empresa confirma que a seleção será realizada.
"Além disso, os Correios estão com concurso público aberto para vagas da área de Medicina e Segurança do Trabalho e em processo para realização do concurso público nacional para vagas de nível médio e superior, com início das contratações previsto para dezembro", disse os Correios.
Na semana passada, a empresa propôs um aumento de 6,05% a partir de janeiro de 2025.
“Reafirmamos nossa disposição ao diálogo para a construção de um Acordo Coletivo de Trabalho que seja benéfico para todas as partes envolvidas, mantendo nosso posicionamento firme e convicto de que a mesa de negociação é a melhor saída para todas e todos”, disse o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.
Por outro lado, as negociações entre os Correios e as federações avançaram em diversos pontos no campo social.
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Na cobrança por concurso Correios, sindicato pede apoio ao ministro nas negociações
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
O mês de agosto pode ser decisivo para o novo concurso Correios. Isso porque a empresa estabeleceu que a contratação da banca organizadora será feita ainda este mês.
Na primeira licitação, que foi revogada, o Idecan despontou na frente e pode ser um dos favoritos. No entanto, o processo será reiniciado e um novo projeto básico está em elaboração.
O Qconcursos Folha Dirigida apurou na última quarta-feira, 14, que o documento ainda não foi entregue às bancas para que enviem suas propostas novamente.
Além da previsão de banca em agosto, o cronograma divulgado pela empresa prevê edital em setembro e contratações em dezembro.
Na primeira licitação, os Correios confirmaram que 11 bancas entraram na disputa:
Ainda não se sabe se todas as instituições acima permanecerão na disputa após o novo projeto básico ser entregue. No entanto, já deixa em aberto que houve o interesse por parte de muitas organizadoras.
A realização do concurso público é um dos compromissos assumidos pela atual gestão e resulta do esforço conjunto da empresa e das representações sindicais dos Correios.
O próximo concurso dos Correios contará com 3,2 mil vagas, com destaque para o cargo de carteiro.
A informação foi confirmada pelo presidente da empresa, Fabiano Silva, que ressaltou o foco na área Operacional para a próxima seleção.
Segundo Fabiano, a maior parte das vagas será destinada ao cargo de carteiro, essencial para fortalecer a rede de entregas dos Correios.
Além das oportunidades operacionais, também estão previstas vagas para cargos de nível superior, como advogado, arquiteto e engenheiro, atendendo à necessidade de profissionais especializados.
O presidente dos Correios destacou que, atualmente, há uma carência de 4 a 5 mil funcionários, indicando a necessidade urgente de novas contratações para suprir essa demanda.
Os cargos já confirmados para o concurso incluem funções de nível médio, como o agente de Correios, que oferece uma remuneração inicial de R$2.256,18, podendo chegar a R$7.459,67 ao final da carreira.
Para o nível superior, a carreira de analista de Correios, que abrange diversos cargos, tem salário inicial de R$6.557,11, com possibilidade de alcançar até R$26 mil ao longo da carreira.
A expectativa é grande entre os candidatos, especialmente para o cargo de carteiro, que será o principal foco do concurso.
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